19, violin.

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-Está melhor? - Brittany acariciou as costas de Luna, que chorava em seu ombro.

Ela a colocou sentada em um banco na praça em que estavam, e ela assentiu fraco.

-Quer que eu compre algo? Um doce ou um sorvete? - ela perguntou, se sentando ao seu lado.

Luna negou com a cabeça e ela suspirou. Ela foi uma idiota de deixá-la com Artie, principalmente quando ele não sabia nada sobre a garota. E também foi uma idiota por colocar sua vida amorosa acima da sua família... por menor que essa seja.

-Aqui. – Brittany falou e entregou a caixinha do spray para ela. - Leve isso com você para qualquer lugar que for, ok? Assim você não vai ter uma crise tão forte como essa.

Ela concordou com a cabeça mais uma vez e pegou a caixinha, guardando na bolsinha rosa que ela havia comprado para ela no dia anterior.

-Você está brava comigo? - ela fez um biquinho e ela negou com a cabeça.

-É só que... Eu perdi o show da Sant, e eu prometi que estaria lá.

Brittany riu e beijou seus cabelos loiros.

-Ela vai entender.

-Acha mesmo? - ela a olhou.

-Eu tenho certeza. - ela sorriu.

-Brittany! - uma voz familiar soou atrás delas e Brittany encolheu os ombros.

-Ela vai me matar, não vai? - ela perguntou para Luna.

Ela concordou, e alguns segundos depois Brittany sentiu sua orelha sendo puxada.

-Ai, ai, ai, pare com isso. - ela protestou, se encolhendo. - Você não é minha mãe.

-Mamãe disse que era para eu cuidar de você nessas férias, e, além do mais, eu sou sua irmã mais velha. Agora venha. - Kitty falou e a puxou, a arrastando para fora do parque.

Luna soltou uma risada alta atrás delas.

-Luna! - Kitty gritou e a garota pulou para fora do banco.

-Já estou indo! - ela correu atrás das duas, ainda rindo.

.............

Brittany hesitou um pouco quando ia entrar no quarto de Santana - duas horas depois do show ter acabado -, ouvindo o som que vinha de lá de dentro. Ela sorriu e se encostou na porta, fechando os olhos e escutando a melodia conforme o tom da música aumentava. Era algo cheio de emoções, como se o coração de Santana estivesse tentando dizer algo, e era realmente bonito, fazia Brittany querer escutar mais e mais.

Quando o som cessou, Brittany sorriu e abriu a porta do quarto hesitante, vendo Santana com os olhos fechados e a testa franzida, segurando seu violino como se ainda fosse tocar, mas estivesse dando só uma pausa. Algumas lágrimas escorriam por seu rosto, e Brittany teve certeza que ela estava tocando com seu coração.

Santana ainda não havia notado sua presença ali, então Brittany decidiu não fazer barulho quando ela voltou a tocar, apenas ficou observando a facilidade com que o arco passava pelas cordas nas mãos de Santana, e o jeito que seu corpo se balançava levemente, seguindo a melodia.

Sua testa permanecia franzida e sua expressão era séria demais, de um jeito de Brittany nunca vira antes, era como se ela estivesse tentando expulsar toda a dor que sentia em silêncio, tudo o que já passara de ruim.

Um vento forte passou e acabou derrubando um papel na prateleira acima da cama, e Santana abriu os olhos, encontrando os de Brittany a olhando admirada. Ela corou violentamente e colocou o violino na cama, limpando suas lágrimas.

-Eu estava só, ahn... - ela deixou a frase morrer quando Brittany suspirou e foi até ela, a abraçando forte.

Santana retribuiu o abraço um pouco surpresa e encostou seu rosto no peito de Brittany.

-Pode chorar, San. - Brittany sussurrou contra os cabelos da menor.

Santana odiava chorar em frente a alguém, ainda mais alguém que ela tinha algum tipo de carinho, como Brittany. Ela odiava que as pessoas pensassem que ela era fraca.

-Não quero. - ela respondeu, mas já estava molhando toda a sua camiseta.

-Shhh, só chore, amor. - Brittany respondeu, acariciando seus cabelos.

Santana a olhou.

-Você me chamou do quê?

Brittany corou e deu uma risadinha.

-Eu não vou repetir.

-Por favor. - ela fez um biquinho.

A maior roubou um beijo dela e suspirou.

-Amor... Amor, amor, amor. - ela riu, enxugando as lágrimas de Santana e dando alguns passos para trás com ela, a fazendo se deitar na cama.

-Meu violino! - ela protestou quando quase deitou em cima do seu violino.

-Desculpe. - Brittany sorriu e o tirou de baixo de Santana, o colocando em cima da mesinha ao lado da cama.

-Obrigada. - Santana deu um meio sorriso e se deitou na cama, puxando Brittany consigo e envolvendo seus braços em seu pescoço.

Brittany olhou em seus olhos por um bom tempo, completamente perdida neles, antes de enterrar seu rosto no pescoço da mais velha, que acariciou seu cabelo.

-Vamos para a América amanhã. - Santana falou.

-Qual América? - Brittany perguntou, distribuindo beijinhos suaves por seu pescoço, a fazendo murmurar em aprovação.

-Primeiro a do Sul, depois a Central e por último a do Norte. Depois voltamos para a Europa, para os show na Rússia, Irlanda, Holanda, França e etc.

-Não seria o contrário? - Brittany franziu a testa.

Santana deu de ombros.

-Nunca discuta com Will.

Brittany riu e beijou seu maxilar, subindo e subindo até os lábios de Santana. Eles eram tão macios e carnudos que Brittany queria beijá-la sempre, e Santana amava beijar Brittany.

-Podemos... Podemos fazer uma coisa hoje? - a menor perguntou quando o beijo foi quebrado, ainda com os olhos fechados.

-O que você quiser, princesa. – Brittany deitou a cabeça em seu ombro e a olhou, reparando em cada detalhe do seu rosto.

-Podemos, er... – Santana corou. - Transar sem tanta agressividade? Ew, isso soou estranho, mas espero que tenha entendido. É um fetiche meio doido que tenho mas... não sei, só queria fazer isso.

Brittany riu e acariciou sua bochecha.

-Você quer fazer amor, então?

O rubor de Santana aumentou quando ela ouviu aquelas palavras da boca de Brittany, e aquelas malditas e irritantes borboletas em seu estômago explodiram, a fazendo sentir uma sensação boa e ruim ao mesmo tempo, como uma corrente elétrica desde os pés até a cabeça.

Ela assentiu timidamente, e Brittany sorriu, beijando sua bochecha e mexendo na barra da sua blusa.

-S-Se você quiser, é claro. - Santana a olhou.

Brittany deu outro sorrisinho, mas não respondeu. Tudo o que ela mais queria era amar Santana, amar seu corpo, deixá-lo ser consumido pelo prazer e pela luxúria de forma lenta, sem aquela pressa de uma noite normal.

Ela só subiu em cima de Santana de forma dominadora, tirando sua camiseta e a beijando lentamente, sugando seus lábios enquanto rebolava em cima da menor. Santana queria que ela a amasse, não era mesmo?

Então ela iria amá-la até a deixar sem forças, até que ela suplicasse por Brittany.

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