Estava tudo apagado, provavelmente Grose já tinha ido dormir. Tentei não fazer muito barulho, entrei no meu quarto de fininho e tranquei a porta.
Para minha desgraça dei de cara com aquele manequim nada assustador e soltei um grito fino e bem alto, pela altura do timbre deve ter passado som para fora do quarto.
Fiquei quieta por alguns segundos, nada. Me senti aliviada... Levei aquele troço para o quarto de costura e o tranquei.
Olhei sobre minha cama, lá estava todas as minha malas exatamente como Grose havia deixado.
Abri uma delas, peguei uma roupa confortável e fui me trocar no banheiro. Depois de tirar todas as malas de cima da cama estava finalmente pronta para deitar, quando derrepente... escuto passos no andar debaixo.
Abro a porta e sigo na ponta dos pés.
Imaginei ter sido Flora então desço até o andar de baixo para checar... não havia ninguém.
Notei que a luz de um dos quartos tinha se acendido e subi rapidamente.
A luz se apaga novamente...- Alguém está brincando de esconde esconde comigo. - Pensei.
Entro no lugar e tento ascender a luz... Não acho o interruptor.
Depois de uns segundos ali dentro não estava mais tão escuro, a luz do luar que passava pelo vidro da janela agora iluminava o quarto, vendo melhor percebi que nunca havia entrado naquele cômodo.
Vejo uma sombra se formar a minha frente e me assusto.
Alguém tapa a minha boca com a mão.
- Shiiii quietinha. - Diz uma voz baixa e calma. Meus batimentos aceleram.
Tento me livrar de quem quer que seja mas me dei conta de que ele me havia colocado contra a parede. Agarro seu pulso magro e gelado em uma tentativa de sair.
- Calma, eu não vou te machucar... te solto se você prometer que não irá gritar de novo. - Disse ele.
- Hum rum. - Eu estava tão apavorada que não tive outra escolha... fiz que sim com a cabeça.
Ele me soltou e eu tentei achar o interruptor.
A luz se ascende.
Olho para um garoto alto e magro, braços cumpridos, os olhos e cabelos bem escuros e bem, bem pálido. Observo o lugar... Típico quarto adolescente.
- Me desculpe, não queria te assustar, me chamo Miles. - Disse ele sorrindo e estendendo sua mão.
- Não estou assustada. - Eu tava era apavorada!!
Ele ri.
O olho como quem não entendeu nada, me viro e tento abrir a porta mas estava trancada.
- Será que você pode abrir a porta? - Pergunto.
- Se não o que? - Ela me pergunta dando um sorriso malicioso, se senta na cama e gira um pequeno molho de chaves no indicador.
- Se não eu vou ficar aqui ué? - Falei irritada.
- Pode ficar... É sempre bom ter companhia. - Indagou sorrindo novamente.
Revirei os olhos e dei uma risada de indignação.
- Ousadinho você.
Ele dá de ombros.
Me aproximo dele, pego a chave e abro a porta, já fora do quarto eu a jogo em seu colo, lhe dou um tchauzinho com uma das mãos e digo:
- Boa noitee!
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Os Órfãos
Любовные романыA jovem Kate descobre segredos perturbadores ao ser contratada para cuidar de dois órfãos, filhos de um casal de milionários que morreu recentemente. O que ela não sabe é que a conexão entre os vivos e os mortos pode ser mais intensa do que todos im...