Capítulo 14

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(Marina)

Chego a minha casa e meu pai está no sofá assistindo TV, assim que me vê ele se levanta e com um sorriso no rosto.

— Aí sim! Tá com um cheirinho bom.
— A pizza de lá é muito boa.
— Os Fontana precisam fazer algo bom né?

O clima fica um pouco pesado, meu pai se senta para comer, ainda com o seu sorriso no rosto, eu já não me seguro e senti que tinha que perguntar.

— Pai por que você nutre esse ódio pelos Fontana? Desde que eu conheci o Rafael você demostra esse sentimento de repulsa a eles.
— Filha... Tem coisas que infelizmente não dá para explicar.
— Entendo.

*Bzz* *Bzz*

Meu celular vibra discretamente, pego ele e vejo que é uma ligação de um número restrito.

— Alô?
— Olá Marina! Espero que não tenha esquecido do nosso combinado.
— O que você quer?
— Apenas me encontrar com você, e espero que você apareça, até porque faltam apenas vinte minutos.
— Tá bom, tá bom.... Eu vou.
— Ok te espero aqui. E lembra do nosso combinado, ninguém deve saber, e se souberem... Quem vai perder é você.
— Espera!
— ....

A ligação se encerra antes de eu poder pensar em contestar. Meu pai está me olhando de um jeito estranho, aparentemente intrigado com essa ligação tarde da noite, mas ele nem imagina o que está acontecendo.

— Quem era filha?
— Era o...

Pensa Marina, você não pode simplesmente falar que era um louco que estava te ameaçando.

— Fala filha.
— Era o Rafael, ele disse que estava fechando o caixa e viu que eu esqueci de pegar o troco, eu vou lá buscar.
— Ah sim... Mas não é melhor ele te entregar amanhã não filha?

E agora? Eu preciso ir logo, e já sei a desculpa perfeita.

— Ele já tá me enchendo de mensagens, e do jeito que ele é cheio de toques, é melhor eu ir logo.
— Então tá.

Pego as chaves que estão em cima da mesa e vou em direção à possível armadilha, e enquanto eu dirijo a minha mente vagueia através das inúmeras coisas que isso pode levar.

*****

(Anaya)

As duas últimas semanas foram bem interessantes, eu acabei ligando para o número de Rubens, e... O que eu posso dizer? O inevitável aconteceu.
Nós nos vimos todos os dias da semana, e sem perceber eu já estava beijando aqueles lábios cor de mel naquela pequena barraca, e na sua casa às vezes.
E inclusive estou em sua casa fazendo isso nesse exato momento, o beijo começa a esquentar, as suas mãos percorrem o meu corpo até encontrar a minha bunda. Seus lábios descem até o meu pescoço e o meu ar vai se perdendo aos poucos.

— Rubens, espera.

Ele interrompe os beijos e coloca as mãos em minha cintura, os seus olhos vão de encontro aos meus.

— O que foi?
— Acho que a gente tem que se acalmar, bom... Acho que isso tá ficando meio recorrente.

Ele se afasta de mim e vai até ao freezer onde ficam as bebidas da barraca, onde afunda a sua cabeça a procura de algo e enquanto ele fazia isso ele falava comigo.

— Eu não vejo problema. Você é solteira, eu sou solteiro e também somos maiores de idade.
— Sim, mas... Você não acha que estamos muito apegados?

Ele levanta a cabeça e tira duas garrafas d'água de dentro do freezer, uma ele joga para mim e eu pego.

— Obrigada.
— Nada. Eu não tô entendendo Anaya. Você quer que a gente pare de se encontrar?
— Não, não é isso.
— Então o que é? Pode falar comigo.

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⏰ Última atualização: Dec 12, 2020 ⏰

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