Meu assassino Bilionário

Capítulo I

Com o amor, o mundo muda. Mas até você conhecer seu amor, quem vai mudar será você.

Acordei com uma vontade enorme de escrever, pra ser sincera, acho que isso virou uma rotina.

Faz quase 3 meses que me mudei, minha cidade antiga não tinha mais lugar pra mim. Meus pais não me aguentavam mais em casa, eles queriam que eu curtisse a vida, saísse da bolha e conhecesse o mundo, assim como eles viveram por muitos anos, até meu nascimento.

Estou sentada na minha mesa de jantar. Meu apartamento não é muito grande, mas confortável até certo ponto, se o teto não fosse tão baixo, acho que seria um ligar perfeito pra mim, afinal, uma jornalista não ganha milhões por ano...

Com as minhas pernas nuas, sinto uma leve brisa tocar a minha pele, me fazendo arrepiar, deveria ter vestido a minha calça, mas o cara ainda está lá. Adormecido como um bebê.

Nunca curti muito o sexo casual, mas como mulher, tenho lá as minhas vontades de vez em quando, não me orgulho muito disso, mas o que mais eu poderia fazer? Uma noite na boate próxima, um copo de whisky, e um pequeno breu perfura a minha mente. Acho que bebi demais, mas não faz mal, extravasar é normal.

Sim, estou tentando achar desculpas para a grande merda que eu cometi ontem.

Eu nem me lembro do nome dele, pra ser sincera, acho que ele nem me disse. Nós apenas nos beijamos, e eu o levei pra cá, pra satisfazer as minhas vontades.

Eu não me lembro de muita coisa, mas sei que ele é mais ou menos, não é das melhores transas que eu tive, mas serviu, apenas pra uma noite, logo irei tentar acorda-lo e ver se ele decide meter o pé e me esquecer.

Termino de escrever, e caminho até o meu quarto, ele não é nem um pouco elegante dormindo nessa posição, de barriga pra baixo, com a boca levemente aberta no meu travesseiro branco. Eca!

Eu tento sacudir o seu ombro, na esperança dele acordar e ir embora, mas ele nem mesmo se mexe. Droga, preciso ir trabalhar em menos de 1 hora.

Bom, não gosto dele, mal o conheço. Uma pegadinha não fará mal a ele, então pego um balde e encho de água fria.

Volto e jorro a água pra cima dele, ele acorda com um susto, e uma expressão de pura surpresa, meio confuso com o que acabou de acontecer, por essa, eu já esperava.

- Qual é o seu problema?

Excelente pergunta, deve ser porque preciso trabalhar, e vejo um cara quase desconhecido babando as minhas cobertas.

- Preciso trabalhar em 1 hora, então levante, te faço um café e deixo você ir embora.

Ele me olha com um certo menosprezo, ele ainda não me perdoou pela maneira delicada de ter acordado.

- Esquece, vou me vestir e ir embora. Parece que a noite de ontem não significou nada né?

- Eu não me lembro o que aconteceu.

Ele me observa, e levanta, quando percebo, vejo que está nu, e por isso viro o rosto para a janela. Não preciso disso a essa hora da manhã.

- Acho que você já me viu assim ontem .

- Talvez, mas como já tinha dito, não me lembro de muita coisa.

Ele faz uma cara indiferente, mas conhecendo os homens, sei que quebrou só em ouvir essa frase. Aiai, os homens e sua masculinidade frágil, ser dispensado por uma mulher é o maior terror deles. Sei bem como é isso, já presenciei algumas cenas assim.

Ele enfim se veste, e pede uma aspirina, a ressaca deve ter batido com tudo. Por sorte, não aconteceu comigo, uma vez na vida, dei sorte.

- Claro.