Um brinde as más garotas.

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Passamos alguns minutos conversando sobre a França e bebendo até que Arthur se levanta e veste sua boina. 

-Tenho que ir. Você deveria vir a noite Ashley, as sextas esse lugar lota. -diz enquanto veste seu sobretudo 

-Talvez... -digo passando meu dedo indicador sobre a borda de meu copo semi vazio de whisky. 

-Imagino que você esteja bem cansada da viagem. -John que estava sentado a minha frente do outro lado da mesa analisando sua boina, diz com um tom desafiador.

-Eu sou francesa, John. -arqueio uma sobrancelha e sorrio fraco. -Não me canso fácil. -Arthur ri e se direciona até a porta. 

-Leva ela pra casa John. -ameaça sair mas olha mais uma vez para trás. -Pra casa de apostas, não pra sua. -eu reviro os olhos e ele sai rindo e batendo a porta. 

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Passamos o caminho todo praticamente em silêncio, aproveitei para observar a cidade. Aparentava ser bem pacata e tranquila, todos que passavam cumprimentava John e davam uma boa olhada para mim. 

-Por que todo mundo me olha como um animal em exposição? -digo encarando um par de senhoras que passavam e cochichavam entre si olhando em minha direção. 

-Você é uma mulher bonita, tá usando um vestido caro e está acompanhada de um Shelby. -me olha pelo de canto de seus olhos e sorri lateralmente. -Precisa de mais motivos? 

Ia responder mas fui interrompida por 2 crianças que chegam repentinamente em nossa frente, me dando um grande susto que me faz dar um passo para trás e levar a mão ao peito. 

-Pai! -a criança menor, uma menina, se abraça às pernas do mesmo que se abaixa para ficar na altura da garotinha. 

-Ei garotinha... -arruma uma mecha do cabelo da garota que estava caído sobre seus olhos. -O que vocês estão fazendo aqui? 

-Tia Polly pediu para acharmos você, ela disse para você falar para o tio Arthur se juntar a nós hoje a noite em um jantar de família. -diz o garoto que era visivelmente mais velho que a menina, era incrível sua semelhança com John.  

-Jantar de família... -diz John olhando em minha direção com um sorriso nos lábios. -Acho que você despertou o lado mãe da Polly. -ri e se levanta. -Espero que não acabe em facas dessa vez. 

-O que? -digo claramente chocada mas no fundo sabendo que isso era extremamente possível vindo dessa família. 

-É brincadeira. -John diz óbvio enquanto se vira para as crianças. -Tudo bem, agora vão para casa, logo estarei lá. -ele diz e as crianças saem pela rua tagarelando. John Shelby pai, quem diria. 

-Então você tem filhos... quem diria! -digo cruzando os braços e sorrindo divertida em sua direção.

-Quatro. -pela minha expressão ele ri e completa. -É, é um porre. 

-Por um lado é bom saber que não vou ser a única mulher por perto. -digo me referindo a sua esposa.

-Não... -ele muda seu olhar imediatamente para o chão. -Ela faleceu. -diz arrumando sua boina que estava meio torta para a esquerda, droga, parece q eu toquei em um assunto delicado.

-Ah... -também evito o contato visual e olho para minhas mãos. -Eu não sabia.

-Tudo bem. Chegamos. -diz frio apontando com a cabeça para a porta que supostamente era a entrada da casa de apostas, nela havia alguns homens em pé em uma espécie de fila. 

Adentramos o local que era composto por pequenas salas nas laterais como escritórios e no centro algumas mesas com dinheiro, fichas de apostas e algumas outras coisas. Haviam vários homens circulando de um lado para o outro. Caralho, isso reacendeu meu fogo de abrir um casino um dia.

Daddy Issues- John ShelbyOnde histórias criam vida. Descubra agora