Dry Martini.

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Cabaré abriu cedo hoje hein? Kkkkkk espero que gostem pessoal.

Musica do capítulo: Coolio- Gangsta's Paradise



Som alto, bebidas e companhias erradas são o caminho para a perdição. Eu sempre soube, mas caralho!, como era difícil me livrar disso. 

-Meu Deus eu só queria um Dry Martini igual os de Londres. -digo jogando a cabeça para trás observando os detalhes do teto. Aquele lugar remetia a luxúria, o paraíso dos pecados capitais. 

-Um o que? -diz John franzindo o cenho enquanto me acompanhava com os olhos escorado no balcão. 

-Tá brincando! Vocês nunca tomaram? -digo surpresa me virando na direção de Arthur que se servia novamente com mais uma dose de whisky. 

-Martinis são fracos. -Tommy comenta enquanto passava seus olhos pelo salão. -É bebida de mulher. -completa me olhando e sorrindo fraco, ele sabia que seu comentário iria me estressar. 

-Diz isso porque nunca tomou o meu martini! -digo dando ênfase no "meu" e o olhando através do meu ombro. Tommy iria responder algo mas nossa atenção é atraída por Arthur que abre espaço no balcão com as mãos, fazendo alguns copos caírem no chão causando um grande barulho de vidro se estilhaçando. 

-Então por que não mostra pra gente? -estende sua mão em minha direção. Eu sorrio e a seguro, ele rapidamente me auxilia a subir no balcão. 

-Mas só se fingirmos estar em Londres! -brinco enquanto passo para o outro lado do balcão, agora eu estava dentro do bar, passo os olhos pelas prateleiras inferiores em busca de gim e vermute branco. -Ok, acho que vou ter que improvisar. 

Encho um grande copo com gelo até a borda, coloco um lance de vermute e mecho com uma típica colher de drinks, coloco duas doses de gim e pego quatro taças martini. Divido o líquido entre elas e coloco uma cereja em cada copo. 

-Tive que improvisar com cereja. -digo mordendo uma cereja e arrancando seu cabo. Isso saiu meio sexy mesmo contra minha vontade, pelo menos é o que eu deduzo pela cara dos rapazes. Arthur ri baixo levando sua taça até a boca, Tommy me lança um olhar misterioso como se soubesse tudo sobre mim e quisesse saber mais ao mesmo tempo, John estava com aquele sorriso de filha da puta que vai foder seu psicológico característico do mesmo, pega sua taça e a vira de uma vez. 

-Caralho, isso é bom pra caralho! -Arthur diz bebendo mais um gole de sua taça, eu dou risada de seu comentário enquanto levo minha taça lentamente até meus lábios que mancham a borda da mesma, me debruço sobre o balcão, coloco minha taça de lado e tomo um impulso, logo estou do outro lado novamente. 

E foi aí que tudo começou a desandar, tudo logo após meu Dry Martini londrino. 

Eu contaria quantas taças de quantas bebidas diferentes nós tomamos se ao menos eu me lembrasse. 

-{...} sim o Tommy fez isso. -diz Arthur enquanto arrumava perfeitamente uma carreira sobre o balcão, nessa altura do campeonato tudo que eu fazia era rir. 

Eu estava sentada sobre o balcão bem ao lado de onde Arthur fazia nevar, Tommy e John estavam sentados em uma mesa a nossa frente com algumas mulheres ao lado e em seus colos. O lugar estava lotado e tocava uma musica bem alta. 

-Esse lugar é assim sempre? Acho que eu subestimei essa cidade. -digo bebendo mais um gole de minha taça enquanto passava os olhos sobre meus companheiros. 

-As vezes. O que foi? A francesa tá com saudade das grandes casas noturnas que ia? -Arthur diz olhando em minha direção com tom de deboche. 

-Cala boca seu merda! -brinco dando um empurrão no mesmo com a perna e quase caindo do balcão. 

Daddy Issues- John ShelbyOnde histórias criam vida. Descubra agora