Daddy Issues- John Shelby

Dejavus.

Oi gente boa noite para de me xingar nos comentários.

Brincadeiras a parte me desculpem a demora! Eu não gostei muito do último capítulo que escrevi pois sinto que não dei o melhor de mim, tentei me redimir neste.

Espero que gostem!

Música: Do I Wanna Know- Arctic Monkeys (clássica né mores)

E quando você menos espera, a vida te da um puta soco na cara. Ela é realmente como uma montanha russa, o problema, é que só percebemos que estávamos no alto quando damos de cara com o chão. E eu só percebi que estava no alto antes, agora que já estava jogada após uma trágica queda. 

Meu corpo estava coberto de sangue, e eu já nem sabia mais distinguir qual me pertencia e qual não. Pelo chão haviam posas vermelhas brilhantes que refletiam as luxuosas luzes do teto, nas paredes, espirradas como obras conceituais feitas por um pintor futurista. 
Minha visão era turva e minha audição fraca, como se estivesse presa abaixo da água, ouvia um alto e desconfortável zumbido dentro de meus tímpanos. Os vultos rodavam em câmera lenta ao meu redor, eu estava imóvel olhando em lugar algum. 

Sinto meu corpo ser chacoalhado algumas vezes mas não ouço nada além do som de meu coração ecoando pelo interior de meu corpo, ele estava tão rápido quanto eu nunca havia o visto antes. Viro a cabeça lentamente eu direção do que chacoalhava meu corpo, tenho tempo apenas de tentar me segurar no braço de quem seja que estava ao meu lado e então aos poucos vejo tudo apagar, e em segundos tudo vira um universo, sem estrelas, apenas o vazio. 

       Horas antes. 

         John on 

-Fica atrás de mim... -digo abrindo a porta lentamente vendo a bagunça que estava o salão, ela como sempre, parece não me escutar e toma a frente olhando atentamente pelo cômodo agitado. -Ashley porra! Tá me ouvindo? -caminho a passos lentos e cuidadosos atrás da loira que apontava a arma para todas as direções, posso notar suas mãos levemente trêmulas. 

-Cadê o Arthur merda... -diz baixo para si mesma ainda me ignorando. Jesus, como essa mulher é teimosa.  

Passo meus olhos rapidamente pelo salão, não vejo nem sinal de meus irmãos, onde esses putos se meteram? 

-Você acha que foi uma bomba? Não pareceu ser um tiro... -paramos em frente a ponta da escada ainda apontando as armas para todos os lados e levemente agachados na lateral da mesma. 

-Talvez. -na real eu não fazia ideia do que estava acontecendo, mas tento transmitir tranquilidade para ela. Posso ouvi-la suspirar fundo e olho em sua direção, ela estava com os cabelos meio bagunçados e mordia o lábio inferior apertando cada vez mais a arma em suas mãos enquanto as pessoas corriam de um lado para o outro na direção das saídas, ao contrário do que eu imaginava, seu semblante não era de medo. Ele tinha uma mistura de preocupação com algo que para mim era indecifrável nesse momento. -Ashley! -finalmente seu olhar caramelo esverdeado se encontra com o meu. -O som pareceu ter vindo da direção das salas ao outro lado do salão. -olho para o local que havia acabado de mencionar e posso notar uma fraca movimentação. 

-Vamos nos separar. -pelo canto dos olhos posso vê-la se levantar ainda com sua arma em mãos a mirando em alguma direção. 

-Que? Ta maluca mulher? -a puxo pelo antebraço a fazendo agachar ao meu lado. Essa garota ainda vai me matar do coração qualquer dia.  -Você vem comigo. 

-Acho que não. -ela solta seu braço e coloca sua mão esquerda em meu rosto me puxando para perto de si selando nossos lábios levemente, seus toques eram mágicos. E antes que eu pudesse notar ela já corria pela escada na direção do andar superior com sua arma apontada para frente e seus saltos batendo fortemente contra a madeira da escada. Sinto algo extremamente forte, como a porra de um dejavu, tia Polly sempre nos falava sobre isso, em como dejavus podem ser realmente vagas lembranças de vidas passadas. Mas nesse momento, vendo seus cabelos loiros balançarem enquanto corria, e seu bracelete refletir a luz dos lustres, sinto como nunca a sensação que iria novamente perder algo.