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..⃗. Lia Kristen Bennett

8:00 da AM

Acordo com uma puta dor no corpo, lembro da noite passada e fico com vontade de chorar. Levanto rapidamente e verifico se a porta do closet está aberta e estava, suspiro aliviada e saio, o quarto estava vazio agradeço mentalmente por Thomas já ter ido trabalhar.

Vou até a porta do quarto e puxo a maçaneta na esperança da porta estar aberta mas estava trancada.. droga. Olho para cama e avisto uma bandeja com pão, Nutella e suco de laranja com uvas verdes, vou rapidamente em direção a refeição e começo a comer, estava faminta pois Thomas me deixou sem jantar. Termino de comer e pego um papel que estava do lado, era uma "carta".

"Bom dia amor
Me desculpa por ontem mas ainda estou decepcionado com você, espero que tenha gostado do café da manhã, é tudo que gosta, mais tarde a Marta entra com seu almoço.
Te amo.
Thomas."

Amasso o papel e jogo em um canto qualquer, tiro minha roupa ali mesmo e entro nua no banheiro, vejo meu corpo no espelho..meus braços estão machucados e com as marcas dos dedos que Thomas deixou. Ligo o chuveiro,entro no mesmo e me sento no chão abraçando minhas pernas.


..⃗. Thomas Sanchez.

12:45 da AM

— senti tanta saudade de você baby. — minha amante acaricia meu rosto e sentada em meu colo.

Olho para ela e a ignoro, volto minha atenção para a  tela do computador para ver se chegaram mais armas para vendermos, suspiro baixo e me pego pensando em Lia, capaz que essa hora Marta já deve ter levado o almoço pra ela. Eu jamais ia deixá-la passar fome, por mais que merecesse isso. Preciso ir vê-la.

— Sai. — digo sem olhar para a mulher.

— Mas baby.. — me olha triste.

Tiro ela do meu colo e me levanto, pego meu paletó e saio do meu escritório deixando a loira. Ando até o elevador e sou parado por Jean meu amigo.

— Cara, sem querer ser atirado mas.. você tem sorte em ter essa mulher. — sorri para mim me fazendo o olhar sem entender.

— O que? — digo confuso mas já nervoso por falar dessa maneira, ele tá ficando louco?

Jean tira uma revista de baixo do braço e me mostra a capa dela lá estava minha mulher apenas de biquíni. Filha da puta, pego a revista da mão de jean e rasgo sem mais nem menos.

— VADIA. — grito fazendo todos olharem assustados para mim.

— Calma cara, é só umas fotos e..— pego ele pela gola da camisa antes de terminar de falar.

— NÃO É A TUA MULHER QUE ESTÁ IGUAL UMA PUTA EM UMA REVISTA, ENTÃO CALA A  PORRA DA TUA BOCA. — solto ele e saio cego de raiva.

[•••]

— eu quero que vocês comprem todas as revistas que Lia foi capa e depois quero que queimem tudo, e se algum de vocês ficarem com alguma revista, eu acabo com cada um de vocês  — aponto o dedo na cara de cada um.

— ok chefe. — disse um deles e assim foram.

Passo as mãos em meus cabelos, pego um vaso e sem pensar duas vezes arremesso com força contra a parede. Essa vadia vai ter o que merece, pego a chave do meu carro e saio da empresa.

..⃗. Lia Kristen Bennett

13:20 da AM

Estou em um profundo tédio, Thomas pegou meu celular e na tv não está passando nada que preste, resolvo ir tomar um ar na sacada, olho para baixo e vejo Thomas que  me olhou com um olhar mortal, sinto um medo crescer dentro de mim e corro para o closet e me tranco lá.

— CADÊ VOCÊ SUA VADIA. — escuto a voz alterada de Thomas e vou para mais fundo entrando no meio dos casacos.

— PORQUE NÃO ME DISSE QUE IA POUSAR PARA UMA REVISTA IGUAL UM PUTINHA? — disse chegando mais perto do closet, eu podia ver sua fisionomia.

Thomas tenta abrir a porta do closet mas está trancada, então ele da distância e chuta a porta fazendo quebrar, me escondo mais abaixo com esperança que ele não me visse. Em questão de segundos Thomas pega em meus cabelos e me joga no chão. Fico  olhando assustada e com medo, seu olhar era diabólico e seus punhos bem fechado.

— Eu te dou tudo, ajudo sua família de merda e até aquela sua irmãzinha doente e é isso que você me retribui. Pousando pelada para uma revista de merda. — me levanta sem nenhuma delicadeza.

— NÃO OUSA CHAMAR MINHA FAMÍLIA ASSIM, VOCÊ AJUDA PORQUE QUER, VOCÊ É UM FILHO DA PUTA..EU POUSEI SIM E POUSARIA QUANTAS VEZES EU QUISESSE PORQUE O CORPO É MEU, SÓ MEU. — tiro uma coragem de dentro de mim.

Quando termino de falar sinto minha face arder, coloco a mão em meu rosto, apenas fico o olhando assustada.

— Se sua irmã não morreu até agora foi por minha causa, eu que pago os melhores remédios. — cospe as palavras.  — agora você vai ter o que merece. — Ele vem em minha direção e tira meu roupão me deixando apenas de calcinha, tento correr mas Thomas me segura pelo o cabelo logo me dando um soco no estômago me fazendo arfar de dor, caio e sinto ele me dar um chute em minha costela grito de dor e vou me afastando mas sou arrastada até o quarto, chuta meu estômago e levanta pelo braço e me joga novamente no chão, bato a cabeça e fico inconsciente.

Fico jogada no chão sem forças para me mexer, a dor era insuportável, eu estava completamente machucada e sentia um forte cheiro de sangue. Ele vem até mim e agacha em minha frente e acaricia em meu rosto.

— você está estragando nosso relacionamento, Lia, olha o que você me fez fazer com você. — continua acariciando meu rosto.  — Se você me desrespeitar novamente eu irei fazer muito pior, eu poupei seu rosto..mas só dessa vez, e seu corpo pertence a mim, somente a mim.

Fico calada olhando para ele, eu não estava compreendendo muito pois estava com a minha visão turva. Thomas sai do quarto e volta com dona Marta que me olha espantada com a mão na boca.

— já sabe o que fazer. — diz rude.

Dona Marta vem até mim e tenta me levantar mas não consegue, ela é idosa e não tinha forças suficiente então Thomas vem até mim, me pega no colo, leva para o banheiro e me coloca na banheira vazia logo ligando a água fazendo ir em contato a minha pele machucada.

— você vai ficar bem amor. — fala como se não tivesse acontecido. — cuida dela Marta, não me espere para o jantar. — ele beija minha testa e sai.

Dona Marta vem até mim e passa o sabonete com muito cuidado em meu corpo mas mesmo assim doía muito.

[•••]

Ela me ajuda a vestir uma camisola folgada, me deita com delicadeza na cama e cobre com o edredom.

— meu estômago dói..— falo baixo olhando para fazendo uma careta pois estava doendo muito.

— eu vou trazer um remédio para dor, descanse senhorita Shanchez. — me olha preocupada e sai do quarto.

— é Bennett..— corrijo depois que ela sai do quarto.

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