PRIMAVERA - 4

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Pelo que Kakashi revelou, algumas crianças começaram a desaparecer no país da terra e imediações. O alerta veio quando o filho de um rico comerciante desapareceu, descobriu-se, então, que outras crianças também haviam sumido, primeiro órfãos sem lar, depois crianças pobres. Após as investigações, descobriram um laboratório improvisado nas montanhas, estava abandonado, mas material genético das crianças foi encontrado, por isso haviam comunicado aos outros kages.

Eu devia levar o pergaminho com novas instruções diretamente a Sakura e integrar seu time nas investigações. Teria saído imediatamente, mas Kakashi me prendeu pelo resto da tarde com questões sobre os últimos relatórios que eu havia enviado. Por isso, parti para a missão antes do amanhecer do dia seguinte. A viagem demoraria dois dias em ritmo normal, mas eu pretendia chegar lá bem antes disso.

A pousada em que devia me hospedar ficava em uma elevação de encosta em frente ao mar, em meio a um bosque, logo na entrada daquele vilarejo. A cidade se espalhava pela encosta até a praia, uma vila de pescadores e agricultores.

Era o fim da tarde. Nenhum dos ninjas daquela missão se encontravam na pousada, esperá-los fazia mais sentido do que sair a esmo pela cidade. Estava comprando bolinhos de arroz em uma barraquinha de uma praça próxima quando senti que aquele chakra se aproximava. Virei-me e meus olhos pousaram em uma Sakura congelada a alguns passos de distância.

-Sa...Sasuke...- kun – murmurou incrédula.

- Boa tarde, Sakura.

- Eu achei que estivesse vendo coisas, mas é você mesmo! - Ela correu até mim, seu sorriso brilhava mais que o sol de verão.

- O Rokudaime me enviou para encontrá-la.

Seus cabelos estavam longos, no meio das costas. Tempo demais havia se passado. Então, seus olhos brilharam focando algo atrás de mim.

- Olhe, Sasuke-kun, bem a tempo do pôr do sol!

Passou por mim até um banco solitário no jardim da pousada. Sentei-me ao seu lado e lhe ofereci um dos bolinhos de arroz que tinha comprado. A missão poderia esperar até depois daquele momento tranquilo. Comemos em silêncio enquanto o sol mergulhava no horizonte, transformando o mar em uma imensidão de fogo líquido. De repente, ouvi uma risadinha ao meu lado e olhei para Sakura intrigado.

- O que foi?

- Nada... é que isso parece até um encontro – Ela respondeu olhando o bolinho que segurava.

- Pode ser... um encontro - Respondi sério.

Ela me encarou com grandes olhos verdes, que foram desfocando lentamente enquanto seu rosto era tomado por um tom vermelho e ela abria e fechava a boca sem pronunciar nenhuma palavra. Não entendi o que estava acontecendo, até que ela desmaiou no banco agarrada com seu bolinho de arroz. 

SASUKE: RedemptionOnde histórias criam vida. Descubra agora