"Palavras. Às vezes inofensivas. Às vezes nem tanto. Às vezes tão óbvias, outras tão confusas. Contudo, são poderosas de uma forma que não podemos imaginar. Elas podem se tornar escadas, abrigos, faróis, barcos e até seu próprio quarto, desde que esteja disposto a ouví-las ou quem sabe lê-las e até escrevê-las. Elas deixam marcas. Deixam pegadas. Sempre deixam vestígios, seja um sentimento não correspondido, uma felicidade incandecente ou uma tristeza fria e amarga que não pode ser capturada em uma fotografia ou engolida como um gole de café em um dia de inverno. Elas carregam segredos que um sussurro não pode esconder, emoções que preferimos não compartilhar e até dores que queremos ocultar mesmo que estejam nos corroendo por dentro. Podem ser traiçoeiras, mas muitas vezes são a nossa salvação quando estamos na beira de um penhasco ou em uma cama de hospital com um coração fraco. As palavras podem repelir, podem unir. Podem destruir e reconstruir. Tirar-lhe a última gota de esperança ou te encher de algo bom que você não consegue explicar. Qual é o nome mesmo? Ah! Amor. Porém, mesmo com tantas controvérsias, elas permanecem onde queremos recebê-las: em uma folha de papel, na parte de baixo do copo de isopor ou no coração, mudando o que deveria ser apenas 370 dias em uma eternidade de momentos que jamais vamos esquecer..."