Capítulo 5

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Não conseguia parar de pensar no que meu psicológico poderia estar falando com o Metawin. Eles estavam sozinhos naquela sala já tinha quase meia-hora, essa era a primeira vez que eu não estava gostando dela ser aprova de som.
Os dois saíram da sala sorrindo juntos. Me levantei da cadeira que estava sentado e fui até os dois.

-Posso dizer que você tem sorte de tê-lo Bright.-Metawin foi parando de rir aos poucos até que suas bochechas ficaram vermelhas.-Ele realmente se importa com você.

-Era o que eu deveria ter percebido antes.-Olhei para ele mas o mesmo desviou o olhar virando seu rosto.-Antes de ir podemos conversar um pouco?-Perguntei olhando para Korn que levantou uma sobrancelha na minha direção percebendo algo de errado.

-Claro, entre por favor.-Ele diz abrindo um espaço na porta.

-Me espere no carro, daqui a pouco eu estou indo.-Disse segurando as suas duas mãos olhando para seus olhos que se permitiram levantar para me olhar.

-Aconteceu alguma coisa?-O seu olhar de cachorrinho perdido e a sua voz meio manhosa me fez da sorriso de lado.

-Não aconteceu nada demais. Não precisa se preocupar.-Acariciei sua bochecha e em seguida dei um pequeno beijo rápido na mesma fazendo ele sorrir de lado.-Agora vai.-Soltei sua mão e ele começou a ir.

Me virei para Korn e vi que ele estava de costas para a porta agora, provavelmente para poder dar o mínimo de privacidade para mim e para o Metawin. Entrei em sua sala e em seguida ele fechou a porta.

-Por favor se sente-se.-Ele disse apontando para as cadeiras enquanto se aproximava de mim.

-Eu não vou demorar muito, só quero saber de uma coisa.-Falei de um jeito formal colocando as mãos dentro do bolso da calça.

-O que é?-Ele perguntou me olhando como se tivesse um ponto de interrogação sobre sua cabeça.

-Você não falou sobre o meu passado para o Metawin não é?-Isso era uma das coisas que eu mais evitava falar na vida. Contei para Korn por que ele era meu psicólogo e não poderia falar para ninguém.

-Ele não perguntou sobre isso. Mas se perguntasse, eu deveria ter contado?

-De maneira alguma!-Exclamei com o susto só de imaginar de como Metawin fosse reagir se descobrisse sobre isso.-Ele não precisa saber sobre isso.

-Mas algum dia você vai ter que contar. Não tem como esconder uma coisa dessa por tanto tempo. Não se você quiser realmente ficar do lado dele pra sempre.-Odiava quando ele tinha razão, me fazia me sentir inferior.-Pode-se dizer que o Metawin é uma espécie única e em extinção. Poucos tentariam alguma coisa denovo depois de tudo o que aconteceu. Ele se importa com você mesmo assim e está disposto a esquecer tudo do passado. E isso tudo por você.

-Você quer dizer que eu não dou muito valor a ele?

-Estou falando que qualquer um mataria por ter o Metawin como parceiro. Como eu disse, você tem sorte.-Ela incrível como ele conseguia ler todo mundo. E para ler o Metawin ele não precisou de nem meia-hora direito.

-Obrigado, Korn. Prometo que vou cuidar dele.-Talvez essa conversa tenha aberto mais os meus olhos, nunca tinha percebido esse lado do Metawin. Sai da sala e fui embora pensando muito no caso.

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O dia já estava para acabar quando Mali entrou na minha sala sem ser anunciada. Diferente das outras vezes que ela vinha eu não coloquei nenhum sorriso no rosto ou expressei algum sentimento, diferente dela que estava com um sorriso de lado e se sentou na cadeira em frente a mesa.

-Hoje eu não saio daqui até você concorda em sair para beber comigo.-Ela diz jogando o cabelo para trás da sua orelha esquerda.

-Se eu sair o que você vai fazer? Me dopar como você fez há um ano?-Apertei bem os olhos na sua direção demonstrando que eu estava falando sério.

-Do que você está falando?-Mali diz sorrindo, ela sabia fingir bem.

-Você acha que não, mas eu me lembro.-O sorriso em seu rosto sumiu na hora quando ouviu eu dizer isso.-No dia que você foi lá no meu apartamento e o Metawin saiu nos deixando sozinhos.

-O que aquele moleque te falou?-A sua expressão seria e meio de nojo, quando eu toquei no nome do Metawin, tomou conta do seu rostinho bonito e sorridente.

-O Metawin, não me disse nada. Eu apenas me lembrei que no meu apartamento tinha câmeras.-Ela soltou um ar pesado e parecia ser consumida pela raiva gradativamente.-Não vai dizer nada?

-Se eu fiz o que fiz é por que ele não era digno de você. Ela não tinha o direito de tocar no seu corpo!-Ela gritou batendo as mãos na mesa.

-Metawin nunca tocou no meu corpo!-Disse no mesmo tom que ela.-Eu nunca deixei, assim como também nunca deixei você me tocar.

-Ele é só um pirralho, o que você viu de especial nele?-Mali se levantou da cadeira e me olhou com uma expressão séria que nunca tinha visto.

-Ele não queria só sexo comigo, como você e todos os outros quiseram. Pra você eu posso ser um objeto mas para o Metawin eu sou muito mais que isso.

-Não diz o nome dele...-Ela passou a mão na minha mesa derrubando todas as coisas que havia nela no chão. O seu outro lado, que ela nunca havia me demonstrado, foi libertado.

-Sai da minha sala...-Apontei para a porta olhando para seus olhos vermelhos de choro.-E não volta mais. Se algum dia eu tive um sentimento afetivo por você eu matei ele hoje.-Mali bufou e pegou a sua bolsa do chão. O seu cabelo, que nunca estava bagunçado, agora estava desarrumado.

-Você ainda vai se arrepender por isso.-Eu conseguia ouvir o ódio em sua voz, esse seu lado eu não conhecia mas sabia que Mali odiava ser enfrentada e que sempre conseguia o que queria.

-Eu vou esperar esse dia chegar.-Apontei novamente para a porta e ela revirou os olhos se virando de costas para mim começando a andar, pisando forte no chão, até que saiu da minha sala batendo a porta com força.

Agora que me livrei da Mali poderia, finalmente, levar um relacionamento normal com Metawin.

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Call Me Love - BrightWin - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora