A "Verdade" - Capítulo 6

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Santana empurrava as rodas de sua cadeira com um pouco de dificuldade pelos os corredores. Havia sido um desafio convencer sua mãe deixa-la ir a escola, mas bastou dizer que Rachel a ajudaria em tudo que precisasse, que a mulher deixou rapidamente.

Rachel não havia aparecido ainda, Santana receou por um momento entrar na escola sozinha com a cadeira, mas pessoas felizmente lhe davam o espaço necessário para que pudesse passar sem bater em nada.

Em certo momento, uma garota um pouco mais baixa que ela, entrou em seu caminho fazendo sua cadeira parar. A garota tinha um sorriso largo em seu rosto e olhos castanhos lindamente brilhantes.

— Oi! — acenou com a mão. Santana não conseguiu evitar sorrir, a felicidade da garota era realmente contagiosa.

— Oi, Sugar. Precisa de algo? — Santana sorria embora suas sobrancelhas estivesse enrugadas.

— Na verdade, vim oferecer ajuda. — Sugar se posicionou atrás da cadeira e começou a empurra-la. — notei que esta com dificuldade para empurrar.

— Muito gentil, mas não é necessário.

— Claro que é, não seja orgulhosa — Disse com convicção e um silêncio se formou antes que ela voltasse a falar. — Sabe, não entendo como a Fabray deixou alguém como você pelo o Karofsky. Ele é um idiota.

— Uma pessoa como eu? – Questionou parecendo surpresa. — O que te faz pensar que sou um exemplo?

um sorriso se formou no canto dos lábios de Sugar.

— Se é um exemplo eu não sei, mas você é muito gostosa. — Disse parando a cadeira na porta da sala.

— uau, direta, gostei. — Santana teve sua atenção desviada para Rachel que havia acabado de chegar. — Ei pigmeu, onde estava?

— Obrigada por trazê-la sugar. — Ela disse e Sugar sorriu acenando com a cabeça.

— Você pediu pra ela me ajudar? — indagou Santana.

— Na verdade eu me ofereci. — Sugar se apoiou sobre a cadeira de santana e inclinou seu corpo até que seus lábios alcançasse seu ouvido — Quando precisar de uma motorista de novo, pode me chamar. A garota depositou um beijo na bochecha de santana e logo depois saiu.

— Acho que ela gosta de você. — disse Rachel.

— E quem não gosta? Eu sou perfeita. — disse enquanto Rachel a empurrava para dentro da sala.

Na ponta do corredor, Quinn havia observado toda a cena com o estômago revirado e quando Sugar deixou um beijo na bochecha de Santana, quase no canto de seus lábios, a raiva tomou  seu corpo. Mas tudo o que a garota poderia fazer era bufar. E ela bufou, bufou de raiva e se direciou para sua sala em passos duros. Para sua sorte, não era a mesma aula que Santana. Ter a garota por perto só aumentaria sua raiva.

Sentou-se ao lado de Tina e Blaine, massageando suas temporas tentando diminuir a dor de cabeça que todo o estresse estava lhe causando. Ela mal pode disfarçar o próprio mau humor, quando Tina lhe pediu uma centa emprestada ou quando Blaine lhe pediu respostas da atividade. Simplesmente passou a resmungar o quão Tina era descuidada e nunca tinha seus materiais, e que Blaine deveria estudar mais e parar de lhe encher em todas as aulas.

No fundo ela sabia que eles não tinham culpa de nada e que na verdade ela estava com raiva de si mesma. Tudo que ela precisava era uma saída, um lugar pra fugir de todos aqueles problemas.

O único problema era que, o único lugar em que  ela poderia esquecer de tudo, era nos braços de Santana. E embora tivesse se desapegado do aconchego que era os braços da garota durante os últimos dois anos, bastou uma noite para que ela voltasse a se acostumar com eles.

O acordo (Quinntana) Onde histórias criam vida. Descubra agora