Capítulo 16

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Santana correu para dentro de sua casa, com a ansiedade corroendo seu peito e torcendo para que não fosse tarde de mais. Dentro de si, crescia ainda mais a vontade de colocar tudo no passado e seguir em frente a partir dali.

Abriu a porta em um solavanco, assustando um pouco a garota que, estava em seu pijama, sentada no sofá da sala assistindo tv.

Quinn virou-se para a latina de respiração ofegante, agora encostada na porta fechada, parecendo que tinha corrido dez quarteirões. Mas na verdade, era só emoção. Santana sentia seu coração batendo como louco no peito, só de se imginar feliz novamente com Quinn.

A loira  manteve seu olhar sobre ela, esperando a resposta, de uma pergunta que sequer tinha feito ainda. Quando notou que Santana sorria para ela, algo que não acontecia a algum tempo, chegou até pensar que a garota estava mais uma vez bêbada.

— Está tudo bem? – Quinn franziu o cenho por tamanha curiosidade e então Santana começou a se aproximar. Seu coração começou a pular, quando viu que o cheiro de bebida não existia em Santana naquele momento. — Você não parece bêbada. – concluiu.

— É porque eu não estou. – Santana sorriu ainda mais largo. — Não ingeri nenhuma gota de álcool, eu juro.

— Está sorrindo pra mim?

Mesmo sem perceber, seus olhos brilhavam. Ter a latina sorrindo novamente para ela, era um sonho, o maior que Quinn tinha no momento. Talvez criar esperanças, poderia lhe causar dor, mas a verdade é que Quinn nunca tivera realmente as perdido. Ela tinha certeza que nunca sentira algo tão forte por alguém na sua vida, que algo tão simples como o sorriso da garota que ela amava, era o suficiente para jamais desistir.

— Depois de tanto tempo... – sorriu fraco. — Por que?

— É, eu sei. – Santana mordeu o lábio inferior. Era difícil saber o que dizer, principalmente seus sentimentos estavam uma confusão. — Desculpa, eu não sei por onde começar... Dizendo que te amo? Pedindo desculpas? Porque eu também fui uma idiota nesse último mês com você. – Balançou a cabeça negativamente. — Eu não sei por onde começar isso, mas eu sei onde eu quero que termine.

— Onde? – Disse quase implorando pela resposta, até mesmo sua a voz estava enfraquecida.

Santana suspirou forte. Ela só queria seu amor de volta, poder tê-la de volta em seus braços, porque em seu coração ela sempre esteve e nunca vai deixar de estar.

— A gente, na nossa cama...– Santana mordeu o lábio inferior imaginando. — E planejando nossa viagem. Nossa vida juntas.

— Então a gente começa aqui.

Quinn se aproximou mais ainda da garota, a ponto de colar suas testas.

Ela sabia que Santana não queria mais desculpas e Quinn também não queria que elas voltassem para aquele assunto. Elas só precisavam de mais um beijo e Quinn não hesitou em começa-lo.

O beijo era lento, apreciavam cada segundo em que seus lábios estavam colados. Nenhuma das duas queriam realmente parar, mas precisaram ou acabariam morrendo por falta de ar.

Sorrisos ainda mais radiantes se formaram nos lábios das duas, ao pararem o beijo e se encararem com as testas ainda coladas.

Que mágico momento.

Santana não poderia se sentir melhor, assim como Quinn.

— Você acha que ainda conseguimos aquele apartamento em Connecticut?

Quinn entrelaçou suas mãos, levantou do sofá e a puxou. A garota lhe olhava com felicidade, como se tivesse esperando por aquele momento, aquela pergunta.

— Eu deixei reservado. – suspirou. — Eu ainda tinha esperança.

Aquele momento parecia o fim de um ciclo. Elas estavam encerrando um parte de sua vida e de um jeito que jamais esperavam, mas que no fundo desejavam. Juntas. No podiam pedir por algo melhor e talvez não existisse algo melhor do que se ter em suas vidas.

No mesmo dia em voltaram, compraram suas passagens sem nem pensar duas vezes, estavam decididas a pegarem o primeiro vôo para Connecticut que tivesse para o dia seguinte. Quinn por sua vez não estava nem um pouco preocupada em falar com sua mãe e não sentia remorso algum de ir embora sem se despedir, na verdade ela não sentia dor alguma ao deixar aquela cidade. Mas claro, ela sentiria falta de seus amigos e de sua sogra que foi uma mulher incrível ao acolhe-lá em sua casa, até mesmo no momento em Santana e ela não estavam mais juntas. Quinn era extremamente grata por isso.

Santana contou ao seus amigos por ligação e falou com sua mãe quando a mulher chegou em casa após o trabalho. E provavelmente foi a conversa mais chorosa que tivera em toda sua vida. Era tão difícil para Maribel ver sua filha partindo, mas ela sabia que aquele momento chegaria e que era a melhor coisa do mundo ver sua filha evoluindo. Santana também chorava muito, não podia negar que doía em si ao ter que ir embora, afinal era sua mãe e cidade cuja qual passou toda sua infância. E apesar de existir pessoas horríveis ali, também tinha pessoas maravilhosas como seus amigos e Quinn. O amor da sua vida.

Era o hora de ir, ter uma nova vida. Ambas mereciam uma vida nova, um lugar só delas.

Na manhã seguinte, acordaram radiante, porém emocionadas. Era a despedida definitiva, mas antes de irem, Santana e Quinn queriam fazer uma coisa da qual nunca fizeram antes. Correr juntas.

Nunca fizeram suas corridas matinais juntas, até porque Quinn fingia odiar Santana, mas isso era só início. Ainda fariam muitas corridas matinais lado a lado.

Após a corrida, como combinaram com seus amigos e Maribel, Quinn e Santana estavam indo encontrá-los no aeroporto.

ou pelo menos era como deveria ser.

Em meio a risadas, se aproximaram do carro e selaram seus lábios.

— Adimita, eu ganhei. – Quinn cruzou os braços negando com a cabeça. Ela odiava perder. — Adimita, vai.

— Você trapaceou, fingiu que estava com dor e me fez parar.

— Mas você não disse que não podia trapacear quando propôs a corrida.

Quinn se aproximou mais ainda com um sorriso torto nós lábios.

— Eu só não vou ficar zangada porque seu prêmio era me beijar. – Quinn selou novamente seus lábios.

Quando se afastaram, de início Quinn mantivera seu sorriso, mas ele logo morreu e sua feição mudou para uma irritada.

— Você?

Santana tentou se virar para ver de quem Quinn falava, mas antes mesmo de conseguir sentiu uma forte pancada em sua cabeça, o que a fez desmaiar.

— Desculpa meu amor, mas foi necessário. – Brittany falava quase choramingando.

— Você ficou maluca? Eu vou... – uma mão tapou sua boca com um pano úmido. Quinn era incapaz de ver, mas Karofsky a segurava fortemente para que não escapasse. Aos poucos a loira ia apagando, mas ainda conseguiu ouvir Brittany falar.

— Eu disse a você, ela vai ser minha.

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Oii, voltei, amaram?

Espero que tenham gostado do capitulo. Provavelmente vai ter mais alguns antes de eu encerrar e fazer a segunda parte a fanfic. Tentarei voltar logo ❣️


O acordo (Quinntana) Onde histórias criam vida. Descubra agora