Inocente

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Pietra Stone
Rancho Neverland, Los Olivos
29 de Novembro de 1995
12:53

 Ando depressa até a casa, preciso tomar um copo de água e me acalmar. Eu não costumo ser ciumenta, não mesmo. Eu preciso manter a calma. Ando rapidamente até a cozinha. Vou até o balcão onde tem uma jarra de água e alguns copos compridos, pego um dos copos e me sirvo. Viro o copo de uma vez. Eu estou extremamente incomodada com essa situação. Não me orgulho disso mas sou como um maldito putibull territorialista e ciumento. Nada nem ninguém pode tocar no que é meu. O que é meu é meu! AH QUE ODIO! QUEM AQUELA MALDITA ACHA QUE É? PRA CHEGAR AQUI E SIMPLESMENTE BEIJAR O MEU HOMEM? Eu não costumo brigar por homem, de jeito nenhum, eu faço pior. Eu mostro a eles o que estão prestes a perder caso pule do barco

– Pietra! Pelo amor de Deus isso foi completamente sem o meu consentimento, ela é uma amiga e eu nunca tive nada intimo com ela eu juro! Essa situação... - apenas com um aceno peço para que ele pare de falar, ele para e me encara, sua cara de desespero não é o bastante pra mim

– Eu não fazia ideia de que ele estava noivo! Eu sinto muitíssimo - ela diz entrando na cozinha e vindo até nós. A encaro com um enorme e sarcástico sorriso

– São amiguinhos há quanto tempo? E como você se chama? - pergunto em um tom assustadoramente calmo. Ela com uma cara bem sínica se aproxima mais, passa por Michael e vem até mim

– Me chamo Joana, fui assistente de Michael por alguns anos. Tive que sair para cuidar dos negócios do meu pai! - ela diz enquanto estende a mão direita para mim. Seguro a mão dela e me aproximo para um meio abraço, como homens heteros e inseguros fazem. Aproximo minha boca de seu ouvido

– Não tenho o costume de brigar por homem mas, ele não é qualquer homem. Toca nele de novo e eu juro, eu vou arrastar você pelos cabelos! - digo baixinho para ela que me olha espantada e se faz de vitima, olha para Michael e sai choramingando como se eu tivesse dito algo terrível para ela. Michael sem me entender e com aquele olhar péssimo de reprovação vem até mim

– O que você disse a ela? O que aconteceu foi completamente inocente, ela não fazia ideia de que eu estava com alguém Pietra! - ele diz indignado para mim. Por que ele esta a defendendo? Me aproximo dele, fico a centímetros dele

– Eu sou competitiva, sou competitiva e territorialista, espero que você saiba que você é meu! - digo firmemente para ele – Sendo meu não pode sair beijando bocas alheias! Tenho o sexo como arma e você como brinquedinho, e ninguém toca nos meus brinquedos! - o deixando completamente sem folego saio da cozinha e sigo pelo corredor em direção ao hall de entrada. Subo as escadas e andando rapidamente pelo corredor chego até o quarto. Entro

 Escuto a porta bater. O barulho é bem alto. Me viro devagar para Michael que sério vem até mim. Ele parece estar furioso. Se aproxima. Sinto sua mão em minha cintura. Ele me puxa com ignorância para ele. Sua respiração esta ofegante e ele me olha de um jeito... Temos aqui um louco por poder? Eu gosto. Vamos lá Michael, me mostre do que você é capaz!

– Só vou dizer uma vez, lá fora você é dona de tudo. É dona de mim, do rancho, do meu dinheiro, do que você quiser! Mas na cama, eu mando! Dentro dessas quatro paredes eu sou o rei! - ele diz entre dentes

– Deixa eu ver se entendi - empino meu nariz e o olho de cima – Eu fora do quarto, sou a rainha! Soberana e dona até de você, mas, dentro do quarto eu sou o que pra você? - pergunto em um tom firme

– Você é a minha rainha, minha dama e minha vadia! Mas é claro que eu pretendo deixar você ciente do que eu quero que seja - ele morde o lábio e desce seu olhar até meus seios

– Eu prefiro ser vadia, porque é isso que sou! - ele pisca um par de vezes mas tenta não esboçar nenhuma reação, e não precisa eu já sei o que ele pensa. Mas, é muito bom que ele já sabia porque eu não estou disposta a mudar nada em mim – Não é assim que chamam as mulheres que gostam de sexo? Não tente me tratar como uma dama porque eu não sou uma dama - sussurro em uma voz arrastada – Quer realmente me satisfazer na cama? Não me trate feito uma boneca de porcelana, me abraça, me aperta, me bate na bunda mas não me trata como algo de cristal - digo firme a ele que assente com a cabeça

– Devo avisar que na maioria das vezes vou te tratar como a minha rainha - diz enquanto respira fundo – Porque, eu daria tudo por você - seus olhos enormes me passa a verdade do que ele esta falando

– Eu também daria qualquer coisa por você. A cada dia que passa mais louca por você eu fico - o abraço carinhosamente. Ele apoia o queixo em cima da minha cabeça 

– Como é bom escutar isso de você - ele diz calmo, sua voz esta suave e tão firme ao mesmo tempo – Eu quero fazer amor com você, agora - ele sussurra – Quero arrancar suas roupas e te jogar na cama, mas ao mesmo tempo, quero tirar suas roupas lentamente. Beijar cada centímetro do seu corpo e te fazer minha - diz enquanto me aperta em seus braços

– Foi bom a gente finalmente ter tido essa conversa - digo baixinho a ele, escuto um sorrisinho – É bom falarmos mais sobre isso, principalmente sobre a nossa intimidade, eu quero que nosso casamento dure para sempre, então, precisamos de muito dialogo - me afasto dele, o olho bem nos olhos. Ele esta muito feliz, se nota por seu semblante, aquele olhar tão triste que eu costumava ver sempre, sumiu

– Nosso casamento - ele diz entre risadinhas. Se afasta completamente e me tira do chão. Ele gira comigo pelo quarto enquanto gargalha sem parar – Eu te amo! Eu te amo! - ele diz enquanto para. Aproxima seu rosto lindo do meu. Seus lábios gentis beijam minha boca com ternura. Fecho meus olhos e me deixo levar. Sua boca desliza até meus seios. Com ignorância ele abaixa meu vestido tomara que caia. Aperta meu seio direito com força e leva a boca até meu seio esquerdo.

– Senhor Jackson! - alguém diz da porta. Michael para e morde a boca. Passa a mão pelo rosto e respira fundo. Se ajeita e vai até a porta – Senhor, uma garota acaba de cair e torcer o pé! Ela pediu para chamar pelo senhor! - Michael corre para fora do quarto. Mas que palhaçada é essa? Vou atrás dele. É difícil o acompanhar ele corre muito rápido. Desço as escadas o mais rápido que consigo, passo pelo hall de entrada e vou até a porta. Da porta consigo ver a sem vergonha sentada no chão. Ela esta chorando, bem, aparentemente esta mas eu não acredito nela. Ele a pega no colo e a trás. Saio do caminho, ele a leva para a sala. O sigo. Ele a coloca em uma das poltronas. Cruzo meus braços e o observo

 Dayse trás para ele uma caixinha. Dessa caixinha ele tira algo para passar no calcanhar dela. Ele passa o que parece ser uma pomada e logo atrás enrola uma faixa. Se levanta e vem até Dayse que esta parada ao meu lado. Ele diz algo no ouvido dela e sai da sala. O que ele disse? Ando até ele que já esta subindo as escadas

– Michael! O que você disse a Dayse! - pergunto enquanto o sigo. Ele não para e continua andando – Michael! - digo firme e ele para, se vira para me encarar e respira fundo

– Ela vai ficar aqui até que o pai dela venha a buscar! - ele diz e termina de subir as escadas. Mas, como assim? Um dos seguranças não pode levar ela embora?

– Senhora, a garota esta te chamando! - Dayse diz em um tom calmo. vou até ela. Dayse deve conhecer essa garota

– Quantos anos essa criatura tem? Há quanto tempo ela frequenta a casa? - pergunto tudo de uma vez

– Ela deve ter seus 30 anos, e me desculpa não responder a outra pergunta senhora Stone, mas, por enquanto eu trabalho apenas para o senhor Jackson! - ela diz firme e se retira. quer saber, eu mesma vou descobrir. Volto para a sala. Ando devagar até ela que esta com o vestido quase todo torcido mostrando demais, acho que ela esperava que ele voltaria. Eu não sei não. Isso não parece ser só uma amizade como ele diz e inocente é meu ovo.

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