32°Capitulo

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– Leonardo Silveira você está preso. – Um policial disse com arma apontada para mim.

Kaila me olhava sem acreditar no que estava acontecendo, ele me encostou na parede, me revistou, e por fim me algemou. 

– Vem, sua família está lá embaixo. – Um policial disse, jogando uma espécie de manta nos ombros da Kaila.

– Eu prometi que você ia para casa, nem que pra isso eu tinha que me fuder, lembra? – Ela estava chorando. Talvez nem ela percebeu que ela estava chorando. 

Policial me guiou até sairmos do quarto, desci as escadas. Ao chegar do lado de fora, pude perceber que havia vários carros de policia. Ana estava abraçada a uma senhora que deveria ser sua vó, Júlia estava abraçada á um casal, que eu acho que eram seus pais. Jaqueline estava abraçada a um homem, que chorava bastante, não consegui identificar o que ele era. Havia um casal e um garoto parado, deveria ser a família da Kaila, deveria não, com certeza era. Kaila era igual à mãe, o cabelo, os olhos. Aproximei-me do camburão, Hugo já estava lá dentro de cabeça baixa. Policial segurou na minha cabeça, e me empurrando para dentro, entrei no mesmo, me sentei na frente do Hugo, ele me olhou e assentiu.

– Fizemos a coisa certa. – Ele falou e eu assenti. 

Eles desceram a porta, trancando a mesma. Mas eu ainda tinha vista de lá de fora, avistei Kaila saindo, ela correu e abraçou a mulher, o abraço deve ter demorado minutos, em seguida ela abraçou um homem, que também foi um abraço demorado. Por último e mais doloroso, ela abraçou o menino, ele a beijou. Mas estava tudo certo, ela deveria seguir a vida dela, nós nunca iriamos ter uma chance. 

Kaila Narrando. 

Eu estava feliz em estar com meus pais. Mas ver o Leonardo algemado entrando dentro daquele carro de policia, me quebrou por dentro, eu não podia deixar transparecer. Quem iria entender, que eu me apaixonei pelo cara que me sequestrou? O abraço dos meus pais, era tão reconfortante, me trazia paz. Antes que eu pudesse tomar qualquer atitude o Mateus me beijou, eu retribui, pelo visto ele estava meio desesperado, não queria ser injusta, mas não prolonguei aquilo. Me separei dele e olhei para o carro, onde Leonardo estava nos encarado. Ele deu um sorriso torto, e eu retribui. Eu estava me segurando muito, para não desabar, mas estava difícil, muito difícil. 

– Meu amor você está bem? Eles te machucaram? – Minha mãe estava um pouco desesperada. 

– Calma mãe, eu estou bem. – Falei firme. 

– Nós sabemos que você não está, mas vai ficar tudo bem minha filha. – Meu pai falou e deu um beijo na minha testa.

– Agora você vai para casa meu amor. – Mateus disse e passou o braço pelo meu ombro, eu apenas forcei um sorriso. 

Um policial se aproximou de nós. 

– Boa tarde Kaila. – Eu assenti em forma de resposta. – Primeiramente você irá fazer um acompanhamento médico, e depois vamos pegar seu depoimento. 

Olhei para o lado, e avistei Júlia se aproximando. Ela me olhou abriu um sorriso fraco e me abraçou, só as meninas sabiam o verdadeiro motivo.

– Vamos nos ver ainda né? – Júlia disse me soltando.

– Vamos sim, temos que ir para balada. – Nós duas rimos. 

O policial ainda estava parado entre nós. 

– Eles dois. O que vai acontecer com eles? – Perguntei direcionado ao policial.

– Vão responder, por carcere privado que isso pode levar de um a três anos, e também pelo crime de prostituição de menor, que pode ser a até três anos de prisão. – Policial disse, como se fomos ficar satisfeita em ouvir aquilo, mas foi totalmente ao contrário. Júlia me olhou com olhar triste e eu respirei fundo.

– Relaxa amor, eles vão apodrecer na cadeira e vão pagar por tudo que eles fizeram com vocês.

– Não. – Eu acho que falei alto demais. Mas não liguei, olhei para o policial novamente. – Mas eles se entregaram, para nos salvar, isso não diminui a pena deles?

– Talvez sim, o juíz pode dá isso como um ponto extra para eles.– Ele disse. – Bom, acho que é melhor irmos.

Me despedi da Júlia e das outras meninas. Olhei o Leonardo pela última vez, dessa vez ele estava de cabeça baixa, então talvez fosse a última vez que eu fosse ver ele. Isso me dava medo, e um certo aperto no coração. Fomos para um hotel, tive um tempo para tomar um banho, comer alguma coisa. Eu estava com saudade dos meus pais e sei que eles também estavam morrendo de saudade de mim, sei do que eles passaram esses meses, mas eu queria um tempo só para mim. 

— Está na hora de irmos. — Ouvi a voz da minha mãe, olhei para mesmo e forcei um sorriso.

— Então é isso, vamos para casa. — Falei e fiquei em pé. 

— Foi muito duro esse tempo, mas eu sabia que você estava bem, algo aqui, — Ele colocou a mão no peito. — sabia que você estava bem. Posso perguntar uma coisa?

— Pode sim mãe.

— Pode ser sido loucura da minha parte, mas foi só impressão minha ou você realmente não gostou dos rapazes serem presos? — Claro que ela deve ter percebido. Minha mãe sempre percebia as coisas antes mesmo de eu falar com ela. 

— Podemos conversar quando chegarmos em casa?

Ela assentiu e me deu um beijo na testa. Troquei de roupa, e já estava pronta para viajar. Meu pai apareceu na porta dizendo que o táxi estava nos esperando. Minha mãe pegou sua bolsa e eu fui atrás dela. Descemos, entramos em um táxi, o caminho foi em total silêncio. Chegamos no aeroporto, fizemos tudo que tínhamos que fazer e logo estávamos dentro do avião. Eu fui na cadeira do canto, Mateus foi ao meu lado segurando minha mão e meus pais foi na cadeira ao lado. Fechei meus olhos enquanto o avião decolava. Eu só conseguia pensar, pensar e pensar. Não consegui dormi nem um minuto, mas eram apenas 40 min de voo então também não deu tempo. Quando avião pousou confesso que senti um frio na barriga. Estava de volta ao meu mundo, as pessoas me encheriam de perguntas, ou se não me olhariam com aquele olhar de pena. Eu sai daqui eu era uma menina mimada, e hoje eu cresci percebi que nem tudo gira em torno de mim, que existe outras coisas importantes além de revistas de moda e fofocas de famosos. Saímos do avião, meus pais pegaram as malas, Mateus não me soltava nem por um segundo. Depois de tudo certo, fomos em direção a porta de embarque, assim que vi a Mariana, eu soltei o Mateus e saí correndo, ela fez mesmo. Nosso abraço tinha tanta força, que era capaz de conseguimos quebrar algum osso. Percebi meu ombro molhar, percebi que a Mariana estava chorando, ai que eu abracei a mesma com mais força. 

— Calma amiga, eu to bem, eu já estou aqui com você. — Falei baixo. 

— Eu fiquei com medo de acontecer algo de ruim com você. Fiquei com muito medo de te perde. — Ela falou já soluçando de tanto chorar.

Enchi sua bochecha de beijos e ela abriu um sorriso. Mateus se aproximou.

— Vamos meninas? 

— Vamos sim. — Falei. 

Fomos abraçadas atrás do Mateus, na parte de fora do aeroporto tinha um carro nos esperando. O homem deu a chave do carro para o meu pai, entramos no carro e seguimos para casa. 

Amores eu tive a contar os capitulos restantes e so tem mais 5 :'( Mas a boa noticia é q a segunda tempurada ja ta a ser postada, so q o escritor ta com muitos problemas e eu so vou comecar a segunda temporada quando ele acabar!! Desculpem-me! Pode ser q enquanto espero poste outra n sei !!

Proibida para mimOnde histórias criam vida. Descubra agora