5°Capitulo

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Esta é a Catarina Smith.

Chegamos na sala, as meninas estavam sentadas, Kaila estava sentada do lado do meu pai e Davi estava parado na porta.

— Então quer dizer, que essa belezura aqui não perdeu o cabaço? — Rodríguez disse e passou a mão na coxa da Kaila, a mesma se encolheu um pouco. — Você vai me render uma boa grana sabe? — Ele disse e passou o dedo em uma de suas bochechas.

— Preciso que você entre em contato com aqueles empresários. — Ele falou direcionado para mim. — E ver o que fizer a melhor oferta.

Assenti, ela matinha os olhos para baixo e mexendo no seus dedos. Kaila era diferente das outras meninas, as outras assim que chegaram, gritavam, faziam escandâlos, era sempre chato isso. Mas Kaila não, ela chorava em silêncio, talvez ela estivesse com medo, e seu medo fosse tão grande que ela não conseguisse expressar da maneira que todas faziam. Mas na realidade, nada disso me importava e muito menos tinha alguma coisa haver comigo. 

— Pode voltar para seu quarto. — Meu pai falou para ela.

Ela manteve a cabeça baixa e se levantou indo para o quarto.

— Hoje eu quero você Jaqueline. — A mesma forçou um sorriso. Ela assentiu e seguiu até o quarto. Meu pai foi logo em seguida.

Catarina se encostou na parede, e estava completamente pálida. E do nada, ela caiu no chão. Júlia correu para o lado dela, e eu só fiquei observando.

— Catarina, — Ela sacudiu a mesma devagar. — fala comigo. Pega algo para ela comer, deve ser a pressão.

— Ok. — Ana disse e saiu correndo. Minutos depois ela voltou com um pedaço de queijo e um copo d'água. Júlia fez a mesma tomar. Ela foi acordando aos poucos. — Deve ser o be...

Eu olhei para ela, e ela arregalou os olhos como se tivesse falado algo errado.

— Termina Ana. Deve ser o que? — Falei sério.

Ela olhou para Júlia que mantinha um olhar que iria matá-la a qualquer momento. Fiquei olhando aquel situação. E pensei, nos desmaio, na cen que vi hoje de manhã. Olhei para Catarina, e ela estava um pouco mais, digamos que com mais corpo do que ela realmente mantinha. 

— Ela está grávida. — Falei firme e baixo.

— Leonardo, pelo amor de Deus, não conta para seu pai. — Ana disse quase ajoelhando.

Ouvi alguns passos leves atrás de mim. Era leves demais para ser meu pai.

— E vocês esperam o que? Que eu esconda isso? E você acha que ele nunca vai descobrir? — Falei sendo óbvio. Senti uma mão no meu ombro, olhei para trás e era a Kaila. Olhei para ela, mas ela olhava dentro dos meus olhos. Aquele olhar me deu uma sensação estranha.

— Só um pouco, ela não está bem. Seu pai só vai piorar tudo. — Ela falou calma demais para aquela situação. — Apesar de você não ter coração, como você mesmo disse. Só um pouco de humanidade.

Eu permaneci olhando aqueles olhos verde-esmeralda. Que por algum motivo me manteve presos á ele. Seus olhos estavam tristes, eu não precisava saber o motivo deles estarem assim, na realidade foi por culpa minha. Culpa? Desde quando eu sinto culpa? Ouvi meu nome ser chamado. E alguma coisa que me dizia, que não era a primeira vez que ele era pronunciado.

— Só ela se sentir melhor. — Falei e desviei meu olhar do dela.

Ana e Júlia me olharam surpresas. Talvez pela minha atitude humana, que não combinava muito com as minhas atitudes normais. Deixei elas e sai da sala, indo para o quintal.

Proibida para mimOnde histórias criam vida. Descubra agora