14°Capitulo

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Leonardo Narrando. 

Foi engraçado ver a cara de pânico da Kaila. Eu poderia deixar ela sabe logo assim que ela chegou que era eu. Mas não resisti. 

– Leonardo? – Estávamos em silêncio a pouco mais de 10 minutos. 

– Fala. 

– Posso te pedir uma coisa?

– Manda.

– Uma ligação. Um jeito de meus pais saberem eu estou bem e viva. – Ela me olhava com aquela cara de cachorro que caiu da mudança. 

Respirei fundo. Eu poderia fazer isso, mas eu correria muitos riscos. 

– Um minuto e meio. Você tem um minuto e meio. – Tirei meu celular do bolso. 

– Por que um minuto e meio? 

– Por que demora dois minutos para polícia consegui rastrear uma ligação. 

– Então posso fazer várias ligações de um minuto e meio. 

– Dou uma mãozinha e já quer meu corpo inteiro. – Entreguei o celular para ela. – Um minuto e meio. 

Ela começou a digitar os números toda afobada. Ela botou para chamar, mas logo ficou com cara decepcionada. 

– Que foi? – Perguntei. 

– Meus pais não atendem. – Ela disse um pouco triste. 

– Liga para alguma amiga sua, e manda da o recado para seus pais. 

– Isso. 

Ela discou os números de novo, e ficou aguardando alguém atender. 

– Mateus? – Me vire e fiquei olhando para ela. – Ai amor estou com saudade. Avisa meus pais que estou bem, não avisa nada para policia que eu liguei. Não tenho muito tempo. Eu amo você. E fica calmo estou bem. 

Ela desligou o telefone, e havia um minuto e vinte seis de ligação. Eu não sei por que, mas eu fiquei irritado. Na realidade eu estava puto ao extremo. 

– Seu namoradinho? – Perguntei. 

– É sim. 

Senti algo ruim, muito ruim, vontade de matar alguém. Principalmente esse tal de Mateus. Mas que porra é essa? Não to gostando disso. 

– Ficou mudo por quê? 

– Não tenho nada para falar. 

– Esqueci que você é bipolar. 

– Eu não vou tocar em você, então a gente só espera até amanhecer e vamos embora.

– Eu quero conversar. 

– Conversa com o Mateus. – Falei e levantei da cama indo para o banheiro. Fiquei parado em frente ao espelho, me olhando. 

Idiota, é isso que você é. Que porra foi esse agora? Ceninha ridícula. – Pensei. Estava no banheiro á um pouco mais de 10 minutos me crucificando pela cena patética que acabei de fazer, agindo como se fosse um adolescente de 15 anos. Lavei meu rosto e me olhei pela última vez no espelho, destranquei a porta do banheiro e sai em seguida. Kaila estava parada na porta de braços cruzados. Ela não falou nada e nem eu, só ficamos nos olhando, o que tem se tornado algo rotineiro. Lembrei-me do dia da chuva, da sensação de beijá-la, e foi o suficiente para querer agarra-la ali mesmo, mas eu tinha que me controlar. 

– Você está bem? – Por fim ela quebrou aquele silêncio. 

– Estou. – Respondi baixo, acho que baixo até demais. – Eu, quero te beijar. 

Proibida para mimOnde histórias criam vida. Descubra agora