8°Capitulo

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408 views nao acerdito!!

Mateus Narrando.

Se passaram 4 dias, sem notícias, eu estava a ponto de surtar. 

— Filho, come um pouco. — Minha mãe insistiu.

Era quinta vez que ela vinha me oferecer algo para comer, e se eu quisesse paz, era melhor aceitar de uma vez. 

— Ta mãe. — Estendi a mão e ela me deu o prato. — Eu estou ficando preocupada com você, eu sei que o aconteceu não está sendo fácil, mas você precisa reagir e a vida continua.

— Mãe?! Faz um favor? — Ela assentiu. — Me deixa.

Ela fez cara de chateada, mas logo saiu do quarto. Comi um pouco da comida que estava no prato. Minha vida estava resumida em ir para escola, ir na casa dos pais da Kaila e voltar para casa. Eu nunca fui de parar em casa, deve ser por isso a preocupação dos meus pais. Ouvi o barulho da porta e era a Marina.

— Ah, oi — Falei sem tirar os olhos da televisão.

— Como você está? — Sentou na cama.

Nesses dias a Marina tem sido uma boa amiga, afinal ela também não estava bem, então digamos que nos ajudamos. 

— Estou indo né. — Falei e ela me deu um sorriso torto. — E você?

— Está tudo uma bosta, ela é melhor amiga desde que eu nasci. — Ela disse com voz embargada.

Passei o braço pelo seu pescoço, e puxei-a para um abraço. Eu queria dizer para pessoas que estava tudo bem, mas eu sei que não estava. Mariana ficou aqui a tarde toda, a gente tentou se distrair vendo alguns filmes, anoiteceu ela foi para casa e eu fui para casa dos pais da Kaila. Pai dela abriu o portão.

— Oi Mateus, entra. — Pai dela disse me dando espaço no portão.

— Oi Kaio.

Ele fechou o portão, fomos até a sala. A Taila, parecia que estava só o corpo presente, seus olhos estavam com olheiras imensas, ela tinha emagrecido, estava muito abatida.

— A policia deu algum sinal? Falou alguma coisa? — Perguntei.

— Eles disseram que não pode ter sido pelo dinheiro, por eles não entraram em contato. Eles acham que foi vingança de alguém de algum inimigo meu, mas eu não me lembro de ter ninguém com esse nível de raiva de mim. — Kaio explicou.

— Eu entendi.

— Eles entraram em busca, peças cidades vizinhas. 

— Se Deus quiser, vão encontrar ela bem, alguma coisa me diz isso.

— Eu também, minha intuição de mãe diz que minha filha ta bem, que não estava de mal acontecendo com ela. — Taila disse. 

Leonardo Narrando.

Dois dias, minhas dores diminuiram, mas continuam aqui firme e forte. Devido a isso, Davi e Hugo estão levando as meninas. Era ruim ainda para me movimentar e ficar andando pela casa sozinho, mas eu não ia ficar pedindo ajuda de ninguém. Levantei da cama devagar e fui me apoiando na parede até chegar a sala, sentei no sofá e liguei a TV. Passei os canais e deixei em algum filme de ação que estava passando. Fiquei 20 minutos sozinho, até ver Kaila entrar pela sala, ela era tão pequena que chegava ser engraçada. Observei que ela estava com um casaco meu.

— Esse casaco, é meu. — Ela me olhou sem graça.

— É...que, está frio e o Hugo deixou comigo. — Ela se explicou. — Mas se você quiser eu te dou. — Ela segurou na borda e ameaçou a subir.

Proibida para mimOnde histórias criam vida. Descubra agora