XVII. Ponto Zero {3}

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O FESTEJO DA MADRUGADA, era a celebração pela vitória passada, e se os Deuses permitissem, de outras tantas, foi bruscamente interrompido pelo homem de barba grossa e corpanzil robusto que brandia seu machado com força na direção dos que se aproxi...

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O FESTEJO DA MADRUGADA, era a celebração pela vitória passada, e se os Deuses permitissem, de outras tantas, foi bruscamente interrompido pelo homem de barba grossa e corpanzil robusto que brandia seu machado com força na direção dos que se aproximavam. Ele fazia as labaredas das fogueiras dançarem e as garrafas se estilhaçarem enquanto os soldados do acampamento o cercavam.

― Venham seus vadios, me agarrem se puderem! Me ataquem com suas melhores armas, aquele que me ferir terá o respeito dos Deuses! ― O homem gritava e gargalhava como um louco.

Sua sanidade poderia ser colocada em dúvida, mas a força de seu robusto corpo não, aquela altura da noite ele já derrubara quinze homens bem treinados que ingenuamente julgaram ter a aptidão necessária para detê-lo.

Abidalha, um dos homens mais respeitados dos Homens Livres, surgiu perto de meia dúzia de soldados que admiravam o espetáculo sem ter coragem de interferir.

― Quem é esse homem?

― Líder de tropas! Graças aos Deuses, o senhor chegou. Não sabemos quem é o sujeito, ele não se apresentou, disse apenas que gostaria de ver a General e marchou para dentro do acampamento sem permissão.

― Ele grita coisas sem sentido e ataca quem ousa se aproximar, meu senhor.

Abidalha fez um movimento de cabeça que indicava compreender, com um gesto pediu que os soldados abrissem passagem e se afastassem.

O robusto homem ao perceber que todos se distanciavam dele, celebrou:

― Muito bem, moças! Abram caminho, nenhum de vocês tem culhões para me enfrentar.

― E que tal eu? ― Disse Abidalha ao sacar sua famosa espada curva.

O imenso homem observou bem seu próximo adversário, por alguns instantes até conteve suas bravatas, mas não demorou muito.

― Ora, ora... Um Ahmedário legitimo! Seu povo é famoso por sua lâmina afiada, julga que pode me acertar? Sou um alvo grande!

Abidalha não era homem de conversas e bravatas, tudo que lhe interessava era atacar antes de ser atacado. Com um corte diagonal de sua lâmina curva ele alvejou o imenso alvo, e em uma de raras ocasiões em sua vida de guerreiro, surpreendeu-se com o resultado.

O cabo do machado do misterioso homem conteve seu ataque, e com a força de seus enormes braços ele o empurrou para trás e rodopiou o machado em um ataque que partiria uma pessoa de velocidade média ao meio, mas Abidalha curvou todo o corpo e observou a lâmina passar a centímetros de sua face.

Todos os membros do esquadrão e os poucos civis que faziam parte do acampamento assistiam atônitos aos dois sujeitos bradarem suas armas um contra o outro. Alguns tentavam cercar o homem, mas o líder de tropas fazia sinal para que ninguém interrompesse o confronto.

De alguma forma estavam em um empate, andavam em círculos sem dizer uma única palavra e seus semblantes carregados indicavam que o próximo ataque seria mortal.

TRÍADE - Filhos dos DeusesOnde histórias criam vida. Descubra agora