XXV. O Amigo, a Assassina e o Caçador ⚔️PARTE VIII⚔️

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O caçador respirava como um homem exausto, ofegante ele puxava o ar como uma pessoa que acabara de correr o percurso de sua vida

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O caçador respirava como um homem exausto, ofegante ele puxava o ar como uma pessoa que acabara de correr o percurso de sua vida. Não apenas cansado, o homem à frente dos jovens tinha feridas leves e sujeira por todo o corpo.

Ele não falava, mantinha-se calado e sério, suas espadas ligeiramente erguidas indicavam que aquele bloqueio na estrada era uma ameaça. Nassor deu um passo e se colocou entre Garuda e os jovens.

― Meu nome é Nassor, gostaríamos de passar por essa estrada sem nenhum combate desnecessário, eu sei quem é você, e sei que você não busca sangue inocente.

― Eu não quero combate com nenhum de vocês, mas preciso levar o filho de Aaron Khan comigo. Deixem-no e podem seguir o caminho.

O homem parecia sério e tais palavras tão absurdas soavam com naturalidade estranha. Tudo que Nassor sabia sobre Garuda envolvia seu passado como aliado dos Homens Livres durante as Guerras Sombrias e as criaturas terríveis que ele matou em busca de uma vingança que ninguém sabe ao certo o motivo. Nada disso tinha relação alguma com a família Khan.

― O que você quer com esse garoto? ― Retorquiu o jovem Walun'tun em sinal de desafio.

― Não quero nada com ele, quero apenas usá-lo como uma isca para atrair e matar Aaron Khan.

Um suor frio desceu pela espinha de Nassor, instintivamente ele moveu o braço para trás como um sinal para que Eliah e Theodore não se aproximassem.

O menino desceu da carroça e, com o semblante irritado, aproximou-se dos dois.

― Por que você quer matar meu pai?

― O sangue dele vai me trazer a resposta que preciso. Não gostaria de envolver você nisso, meu jovem, todavia, em meu atual estado não posso enfrentar os soldados de seu pai e ainda derrotá-lo. Preciso de alguma vantagem por isso vou levá-lo comigo, por bem ou por mal.

Eliah puxou o menino para perto e o deixou envolto em seus braços, Nassor fitou bem o homem à sua frente e constatou que a ameaça não poderia ser evitada, Garuda faria qualquer coisa para levar o garoto e ele não poderia permitir isso de forma alguma.

O jovem de pele negra se apoiou na carroça de madeira e removeu a capa branca e a corda que mantinham sua Aori'ki em segredo, segurou o imenso cabo da arma e respirou fundo, com dificuldade conseguiu erguê-la em posição de combate.

― Essa é Aoria'ki, correto? Você deve ser o filho de N'Dohgan o bravo. Seu pai foi um guerreiro formidável, um verdadeiro Walun'tun.

― Bem... se você sabe quem é o meu pai e quem são os Walun'tun... Deve saber que não posso deixar que leve o garoto.

Garuda fez um sorriso contido.

― Imaginei que diria isso. Seu pai teria alguma chance contra mim, mas você ainda não tem o nível dele. Seu olhar é determinado, talvez em alguns anos você consiga alcançar a força da sua família. Deixe-me levar o filho do Khan e viverá mais algum tempo para saber o seu verdadeiro potencial.

TRÍADE - Filhos dos DeusesOnde histórias criam vida. Descubra agora