XXIX. Sangue na Floresta ⚔️PARTE III⚔️

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Eliah começava a retomar o controle de sua ansiedade, gradualmente o fôlego retornara ao normal e as mãos já não tremiam e suavam como instantes atrás. Ter o mestre Puriak por perto de alguma forma acalmava seu desespero. O animal analisava o corpo ensanguentado, estirado na pequena carroça, com muita atenção.

― Minha jovem, preciso que você segure o braço decepado de Nassor. ― Disse o animal.

Ela balbuciou positivamente algo inaudível até para ela mesmo, com cautela e medo ergueu o braço que estava abandonado em um canto do veículo de madeira. Era agonizante levantar uma parte do corpo de alguém tão querido.

― Muito bem, suba na carroça e tente encaixar o braço no seu local de origem, preciso que segure firme até chegarmos à cidade. Athos, preciso que você puxe a carroça até à cidade. será necessário alertar Aaron Khan e pedir ajuda para a Anciã Khan.

― A Lena Khan? Avó do Han? ― Perguntou a jovem com perplexidade.

― Exatamente. Talvez ela consiga salvar Nassor e com a ajuda do meu organismo restaurar seu braço perdido antes que seja tarde.

― Isso é maravilhoso, mestre!― A jovem se encheu de esperança. ― Rápido Athos, precisamos correr!

― Pelos Deuses, senhorita Eliah! Não creio que entre as minhas habilidades se inclua puxar essa carroça de madeira com vocês nela. Não possuo a habilidade física necessária, não é como se eu fosse o mestre Handriak e ainda mais considerando o tortuoso caminho até a cidade temo que não cons...

― Droga, Athos! Puxa logo essa carroça! O Nassor precisa de você! ― Vociferou Eliah em um raro momento de descontrole da doce jovem.

Com os olhos esbugalhados o pálido e franzino homem se calou por alguns instantes e se revestiu de coragem.

― Tudo bem... ― posicionou-se entre as traves e começou a puxar o veículo de madeira ― Que os deuses me deem forças para tal tarefa, oh céus!

Com dificuldade ele arrastava a pesada carroça na direção da cidade, Eliah posicionou com firmeza o braço de Nassor e Puriak regurgitou uma estranha substância alaranjada no peito cortado do jovem.

O caminho era longo e o tempo escasso.


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A floresta se estendia do centro da ilha ao ponto leste da praia, era uma vegetação densa que encontrava alivio na clareira. Garuda posicionara seus pertences em um acampamento improvisado próximo à árvore onde amarrara Theodore que estava desacordado. Na tentativa de conter os poderes da Deusa ele cobriu o rosto do menino com uma velha e grossa sacola para carregar batatas.

TRÍADE - Filhos dos DeusesOnde histórias criam vida. Descubra agora