Capítulo 32

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Carter

Eu não sabia descrever a beleza daquela mulher, não existiam palavras suficientes.

O vestido de alças tinha um decote que deixava ela sexy. O que acontecia até quando ela estava com camisas mais largas ou de qualquer jeito.

Como prometido, o buffet parou primeiro em nossa mesa. Suas aulas de etiqueta estavam sendo colocadas em prova.

Cada movimento seu era semelhante ao de uma pluma.

-- Desse jeito vai inundar a festa com a sua baba. -- me tirou do transe.

-- O quê? -- perguntei confuso.

-- Você está parado boquiaberto, e está olhando para mim como se... nem sei o que caralhos é esse olhar! -- sussurrou.

-- Me desculpe, eu só -- respirei fundo, chega de desculpas -- eu não consigo parar de te olhar. -- falei apoiando o rosto nas mãos.

-- Primeiro, tire os cotovelos da mesa. -- revirei os olhos -- Segundo, não revire os olhos para mim. E terceiro, você também está gato pra caralho, por que acha que estou prestando atenção na comida e não conversando?

-- Como? -- ela respirou fundo e me analisou.

-- Quero tirar a porra desse terno de você! Mas ainda precisamos aguentar um tempo aqui. -- sussurrou novamente.

Coloquei a mão sobre a sua e a envolvi com meus dedos, seu olhar encontrou o meu.

Poderíamos dizer que estava muito tarde, e não estaríamos mentindo se o fizéssemos.

-- Não acha que está tarde? -- penguntei erguendo uma sombrancelha e acariciando as costas de sua mão.

Seu cenho franzido foi a resposta de que ela não entendia ao que eu me referia.

-- São duas da manhã, podemos ir para casa, dizer que está tarde. -- dei de ombros -- Que tal uma jacuzzi?

-- De onde tirou uma jacuzzi? -- perguntou com o deboche estampado em seu semblante.

-- Então você topa? -- ronronei batendo os cílios lentamente.

Um leve sorriso malicioso brotou no canto de seus lábios vermelhos. Seus olhos castanhos fecharam e se abriram tranformados por uma lascívia felina.

-- Com prazer. -- disse, a segunda palavra tinha um peso diferente em sua voz.

Levantei segurando sua mão, ela me acompanhou olhando ao redor. Jeffrey estava dançando com Carly, eles deveriam aproveitar a festa juntos.

Sairíamos sem que ninguém percebesse. Os passos de Angel eram calculados como sempre em tudo que fazia, seus olhos atentos avaliavam o local enquanto saíamos nos misturando com os outros convidados.

Um corredor de rosas e estaríamos nos portões do local. Seu celular tocou, mas ela não atendeu e continuou andando determinada a sair dali.

Alcançamos o carro, seu celular continuava tocando. Suas íris castanhas reviraram nas órbitas e ela atendeu finalmente.

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