Capítulo 38

308 36 6
                                    

Isabelle

A mãe de Maya e do garoto estava em nossa sala abraçando seus filhos. Estavam vestindo nossas roupas.

-- Não sei como agradecer pelo que fizeram. -- ela chorava -- Sou segurança noturna de uma empresa, de repente me ligaram e... -- fungou.

-- Tudo bem mamãe, já passou. -- o menor disse.

-- Vamos para a casa do vovô. -- Maya disse, os bombeiros já haviam apagado o fogo, mas obviamente eles não tinham como passar a noite lá.

-- Vamos sim. -- beijou o topo da cabeça da filha -- Mais uma vez, não sei como agradecer à vocês por isso. Eles são o meu tudo. -- sorriu chorando.

-- Não precisa agradecer. -- Noah disse, uma pitada de confusão incomodou meu cérebro.

Ele quase morreu.

A pequena família caminhou em direção à porta, ele estava ao meu lado e se moveu comigo para acompanhá-los.

-- Tenham uma boa noite. -- dei um pequeno sorriso quando passaram pela porta.

-- Igualmente. -- contraiu os lábios finos, ela se curvou para sussurrar algo para os filhos que sorriram largamente.

Fui envolvida no abraço caloroso e forte do menino que tinha o mesmo nome que meu irmão, eu não poderia rejeitar seu abraço, não quando ele fazia aquilo com gratidão e um sorriso enorme em seu rosto.

Retribuí o gesto ao me abaixar e ficar de joelhos.

-- Seu tabelo é lindo. -- sussurrou para mim -- Você é toda linda. -- o canto de minha boca se ergueu num leve sorriso.

-- Obrigada, Luke. Seu nome é lindo. -- baguncei seus cabelos -- Você é todo lindo. -- sua risada gostosa ecoou em meus ouvidos.

Ele se afastou, pude perceber que Maya abraçou Noah, mas eles se separaram há mais tempo que eu e o pequeno de olhos castanhos.

-- Tchau. -- correu desajeitado e quase tropeçando na enorme camisa de Noah que cobria seu corpo.

Acenei com a mão, eles se viraram de costas e foram em direção ao elevador. Fechei a porta de casa e encostei as costas na madeira, meus olhos estavam fechados, mas mesmo assim eu conseguia sentir que estava sendo observada.

-- O que é? -- perguntei me afastando da estrutura de madeira escura.

-- Obrigado. -- sua voz estava rouca, sua respiração estava calma e tranquila.

O piso de madeira protestou quando ele começou a andar.

-- Precisa de um banho, está fedendo a fumaça. -- ele me abraçou sem se importar com o que eu disse -- O que deu em você? -- emaranhei os dedos em seus fios castanhos.

-- Quer ir comigo? -- beijou meu pescoço, num rápido movimento meu corpo girou e minhas costas se chocaram contra seu peito musculoso.

Suas mãos fizeram um caminho por dentro da minha blusa, acariciaram minha barriga e foram subindo até encontrarem meus seios livres. Ergui os braços e enlacei seu pescoço, meus dedos agarraram seus cabelos macios.

MY OTHER SIDE ♤CONCLUÍDA♤Onde histórias criam vida. Descubra agora