Elizabeth:
A única coisa que me lembro é de ter ido até os limites da cidade e encontrar uma moça, e agora de acordar em algum tipo de caverna.
- Quem é você?.
Perguntei.
- Não lembra de mim?.
Perguntou retirando o capuz.
- Maya?.
- Que bom, está lembrada.
- Como ainda....
- Estou viva?.
- Aham.
- Esqueceu que sou uma bruxa?.
- Espera, então Amestía também está, cadê ela?
Perguntei esperançosa.
- Morreu.
- Mais você...
- O que?.
- Se está viva, por quê ela não?.
- Ai, querida...
- Eu estava disposta a perdoá- lá, juro que estava.
- Perdoá-la? Por que exatamente?.
- Não soube que ela me trancou em um caixão?.
- Soube, eu a ajudei.
- Então sabe do que estou falando, e estava disposta a esquecer tudo.
- Fala como se o que ela fez tivesse sido uma coisa ruim.
- Não foi?.
- Ela te salvou.
- De quê?.
- Você mesma.
- Como assim?.
- Amestía sabia que iriam descobrir em breve, quem tinha matado todos aqueles aldeões, então ela mesma contou, mas só fez isso por quê tinha um plano.
- Me enterrar viva.
Falei.
- Não seja mal agradecida.
- Mal agradecida? Ela me traiu, me jogou naquele buraco.
Falei e ela deu um tapa no meu rosto.
Quando tentei atacá-la por isso, usou a magia dela em mim, e quase derreteu meu cérebro.
- Não ouse falar mal da minha irmã.
Falou séria.
- Amestía fez o que fez para o seu bem, você estava descontrolada, matando todos que via pela frente, então pra evitar que te matassem, ela disse a todos quem era a assassina, e como poderiam se vingar. Ela os convenceu que passar a eternidade enterrada seria um castigo pior que a morte, passando fome e definhando.
- Que ruim pra ela, por quê eu não sofri nada.
- Óbvio que não, ela fez uma feitiço sobre os túmulos que protegeriam você e sua irmã, e pra selar o feitiço ela usou o próprio sacrifício.
- O que?.
- Pois é, você estava disposta a perdoá-la, mais na verdade nunca teve que existir perdão, mais sim gratidão.
- Ela se matou, por mim.
- Você era a vida dela.
Fiz uma coisa que há muito tempo não fazia, chorei.
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Damas da Noite
VampireNo fim do ano 1850, duas irmãs foram enterradas vivas, após uma série de assassinatos terem sido cometidos. Não sendo suficiente seus caixões foram trancados em jaulas de ferro, para que elas não tivessem sucesso caso tentassem fugir. Os cidadãos da...