《CAPÍTULO 2》

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Mais um dia se inicia no hospital. Hoje é dia de plantão, ou seja, eu estou mais estressada do que já sou naturalmente.

Entro na minha sala e vou direto pro cabide onde está pendurado meu jaleco.

— Bom dia, Doutora Sarah — Théo fala assim que entra na sala.

— Quantas vezes eu já falei pra você bater na porta antes de entrar?

— Descu...

— Saia e entra novamente, e pergunta se pode entrar.

E então ele fez como eu pedi. Théo saiu da sala e bateu perguntando se podia entrar.

—  Pode. — Ele entra — Não é tão difícil, viu?

— Precisamos conversar sobre o paciente que está pra chegar.

— okey.

— O nome é Jason Weber, sofre de Transtorno de personalidade antissocial — (Distúrbio mental caracterizado pelo desprezo por outras pessoas).

Pacientes que sofrem de Sociopatia tem de a ser mais agressivos, ou calmos até demais que chega a dar arrepios. São difíceis de lidar, só pensam neles, não suportam pessoas. Agem por impulso. Só lidei uma vez com pacientes desse tipo, tenho que estudar sobre a situação e o tamanho do grau da sociopatia.

— Tem fixa na prisão?

— Sim, os crimes ainda não foram revelados, mas não parecem ser pequenos, pois isso levou as autoridades julgar como um problema psicológico de Jason.

—  Quando ele chega?

— Ele chega hoje, e não precisa ficar algemado, mas necessita de uma solitária por causa da incapacidade de conviver com as pessoas.

— Okey, obrigada Théo. Pode ir embora.

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Duas horas mais tarde organizei uma breve reunião com a equipe para discutir sobre o novo paciente que estava para chegar.

— Temos que ter em mente de como que um sociopata se comporta, e creio que estudando por oito anos vocês sabem, correto? — Já estávamos na grande sala de reunião do hospital. — Correto? — Todos concordam com um aceno de cabeça. — Defina uma pessoa portadora de um transtorno de personalidade anti-social, Doutor Leon?

— Bom, eu não sei como...

— Como você não sabe? — Levanto batendo a mão na mesa — Olhem pra mim — Todos olham — Vocês tem noção da bomba que está vindo para esse hospital?

— Doutora Sarah, para de falar assim como se nos mandasse — Umas das medicas da equipe se levanta falando.

Eles acham mesmo que uma pessoa diagnosticada com sociopatia é tão inocente assim?

— Okey. Façam o que quiserem, só não diga que não avisei quando Jacob Weber cravar uma faca no nosso pescoço. — E assim saí da sala deixando pra trás umas expressões de impacto quando falei tão friamente a frase.

Andei pelos corredores indo para a sala onde a mãe da criança de ontem já estava a minha espera.

— Senhora Smith. Boa tarde! — Ela se senta na cadeira em minha frente. Ah esse olhar, o olhar de quem está totalmente perdida com a prévia do diagnóstico que dei a ela sobre seu filho.

— E então Doutora, saiu os exames? — Apressada com as palavras, pernas movendo rapidamente, a ansiedade está começando a se manisfestar na mulher.

— Sim, e não são agradáveis — Seu olhar se intensificou mais ainda — Depois de ter examinado as condições de seu filho, eu e mais um médico da equipe chegamos a conclusão de que ele sofre de um transtorno mental que se chama Cleptomania, é um transtorno que consiste quando a pessoa não consegue se segurar ao impulso de roubar.

— Mas ele é só uma criança — A isso de novo?

— Senhora, se eu esto... — Aumento um pouco do meu tom de voz, mas rapidamente volto ao normal — perdão. Como eu ia dizendo, um transtorno mental não precisa de uma mente totalmente desenvolvida para se manifestar.

— E como será o tratamento? Por que tem tratamento, correto? — Desespero toma conta da mulher e notado por conta de seu tom de voz.

— Sobre isso, tem sim um tratamento, mas não podemos tratá-lo aqui. — Faço uma breve pausa — Ele precisa ir para uma clínica infantil, onde terá um acompanhamento adequado.

Após finalmente compreender totalmente o problema do filho, a mulher já mais calma se retira do espaço. E enquanto isso, minha cabeça está totalmente focada no paciente que já está a caminho, em uma hora ele já deve está aqui.

Confesso não saber por onde começar de imediato, a primeira e última vez que tratei um paciente assim foi durante o meu estádio, e eu estava acompanhada de alguém mais especializado.

De repente me lembrei do dinheiro que fiquei de depositar para o meu pai, não sei do por que de ter que dar dinheiro pra ele, eu sou uma idiota.
Peguei meu celular e abri o aplicativo do banco, coloquei os dados da conta dele e digitei a quantia '$1000'. Pronto.

O telefone da minha mesa toca e rapidamente o atendo.

— Sim?.

— Jacob Weber chegou — Meu corpo arrepiou no momento exato que a frase foi dita.

《Mentes Imperfeitas》Onde histórias criam vida. Descubra agora