《CAPÍTULO 3》

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Aqueles olhos... olhos que abriga um olhar totalmente manipulador, o olhar que procura uma "presa" fácil, e acabaria com uma mente fraca em um estalo de dedo.

Na minha frente estava Jason Weber, com uma expressão de divertimento estampada em seu bonito rosto, acompanhado por dois policiais. Jason passeou com seu olhar por todos os funcionários, inclusive por mim.

— O que eu estou fazendo aqui? — Ele pergunta para os policiais.

— Senhor Weber - Interfiro antes do policial responder, e imediatamente o sociopata dirige aquele olhar para mim — Me acompanhe — Assim que falei, os políciais já iam fazendo menção em segui-lo — Apenas o senhor Weber.

Olhei para uma enfermeira e fiz um gesto para ela me seguir.

Andamos pelos corredores até chegar em um quarto solitário. Dei espaço para Weber passar e assim ele fez, entramos no quarto, a enfermeira começa a colocar as coisas que ele precisará ao longo de seu tempo aqui.

— Meu nome é Sarah Brixton, serei a médica que vai acompanhar o seu tratamento.

— Eu não preciso de médico nenhum pra cuidar de mim, nem sei o que estou fazendo aqui. — Weber fala com um tom de indiferença.

Após a enfermeira fazer seu trabalho, eu a dispensei e então eu estava a sós com o sociopata.

— Sim, você precisa — Olhei para ele retribuindo seu olhar desprezível.

— Eu não vou ficar aqui por muito tempo, pode ter ter certeza.

— Veremos. Vista as roupas, sua primeira sessão de terapia começa amanhã. Na parte da tarde você tem direito de andar pelo pátio, mas sempre acompanhado. Suas refeições serão entregues no quarto, e..

— Doutora — ele corta a minha frase e eu o olho.

— Sim?

— Tenho uma dúvida — Com um breve aceno fiz menção para que ele continuasse — Já te falaram que você é gostosa?

Ele vai mesmo tentar por esse lado?

Soltei uma gargalhada exibindo meus dentes, ele também acompanhou... Mas então parei. Olhei no mais profundo de deus olhos e disse:

— Nem tante, Jason Weber — Ele imediatamente mostrou uma expressão de quem não gostou. — Bom, acho que é só isso, lenvante as seis da manhã.

E assim saí do quarto trancando a porta, o deixando lá dentro.

Ele não demonstrou nenhum comportamento agressivo, Jason é do tipo que quer apenas brincar com a sua cara e não se preocupa em ter que se fazer de bonzinho pra te destruir.

E mais uma vez no dia me encontrei andando pelos corredores do hospital. Entrei na recepção para olhar os dados de Jason.

— Sarah. — Cassian me chama, e eu olho pra ele — E aí, como foi com ele?

— Ele é do tipo calmo, é tipo diabetes te destrói silenciosamente — Cassian e a recepcionista já me olhavam atentamente.

— Vai conseguir lidar com ele sozinha?

— Sim.

E depois de pegar a pasta onde contém todas as informações sobre o sociopata, fui para minha sala.

{°•.✖°•.}

Já passavam das meia noite quando terminei de ler todos os dados detalhados sobre Jason Weber.

Os pais biológicos morreram quando ele tinha apenas sete anos, os parentes viraram as costas para ele, e então acabou em um orfanato, onde foi adotado por uma família que terrivelmente o maltratava, o que eles faziam não está especificado aqui, mas tenho que descobrir a partir do próprio Jason. Pra saber como lidar com ele preciso saber o que foi exatamente que o colocou nessa situação.

Resolvi ir até o quarto de Jason para ver se ele não havia aprontado nada. Falo como se ele fosse uma criança, quem me dera se fosse apenas comer terra que ele seria capaz de aprontar.

Olhei pelo vidro da porta do quarto, e lá estava ele, acordado olhando para o nada, distante, muito longe.

Abri a porta e imediatamente ele direcionou o olhar para quem estava entrando.

— As sessões só começam amanhã, correto? — Ele pergunta.

— Sim, mas por algum motivo eu sabia que você não dormiria e vim pergutar se quer um sedativo — Mostrei a agulha pra ele.

— Aceito — Andei até ele.

Desperado pra dormir e fujir da realidade.

— Desperado pra dormir? — Olhei pra ele e me encontrei com seus olhos cor turquesa.

— Sim, fujir é a melhor opção quando sua mente só te proporciona coi... Deixa pra lá, aplica isso logo. — Não vou insistir para que ele me conte, uma hora ele vai soltar.

Ele se deitou e eu apliquei a agulha em sua veia.

— Isso vai fazer com que você durma pesado, como um coma temporário de algumas horas, pela manhã irei te acordar. Boa noite — E assim ele apagou.

Agora é minha vez de dormir, retorno para minha sala novamente, arrumo o colchão e me deito. Apagando em seguida.

Agora tenho uma prioridade entre meus pacientes, uma pessoa que por causa de pessoas ruins acabou se tornando uma pessoa igual.

《Mentes Imperfeitas》Onde histórias criam vida. Descubra agora