《Mentes Imperfeitas》

《CAPÍTULO 16》

Entrei no hospital indo direto para o balcão da recepção, espero que tenham marcado o exame  de Ressonância magnética para Jason.

— Bom dia — Falei para a recepcionista que estava concentrada no computador — Você marcou o exame que te pedi?

— Marquei sim. O neurologista marcou para às 13:30 hoje.

— Okey.

E assim saí andando para um dia cheio. Fui para o corredor do quarto de Jason e passei em frente ao quarto, olhei para dentro já que a porta estava aberta, mas Jason não estava ali. Andei até o pequeno banheiro e bati n porta que estava fechada, mas assim que dei o primeiro toc a mesma abriu revelando ninguém. Vazio. Estranho.

Saí do quarto e comecei a andar pelos corredores próximos, virei na direita olhei rapidamente e nada do Jason. Subi para o terraço, ao chegar verifiquei cada canto da área externa, e então concluí que meu paciente também não se encontrava ali.

Onde você se meteu, Jason?

Desci para o andar de baixo novamente. Ele não está no quarto , não está no banheiro, nem no terraço, a porta para o pátio está fechada. Andando pelo piso liso ainda pensando em possíveis lugares que Jason poderia está, escutei um grito que me fez parar e olhar para porta da lavanderia que é de onde o grito forte saí.

Corri até a porta e abri a mesma, me deparei com Jason caído no chão se contorcendo de dor, olhei para o seu lado e havia o objeto a vapor que usam para secar as roupas. Arregalei meus olhos e andei até ele.

— Jason, o que aconteceu? — Perguntei rápido.

— Eu me quemei — Ele apontou para a perna queimada, olhei para a queimadura e fiquei espantada.

Corri até a porta

— Preciso de ajuda — Gritei — Paciente está ferido gravemente — Logo observei Cassian e mais um médico que provavelmente é de outro plantão correrem em minha direção — Aqui.

— O que aconteceu, Sarah? — Cassian olhou a queimadura na perna de Jason.

— Eu também não sei — Falei apressada. Alguém chegou atrás de mim e escutei rodas arrastarem no chão, olhei para trás e Théo estava com uma maca — Peguem ele, rápido.

— Vamos lá — Cassian falou ao desconhecido e fez um gesto indicando para ele pegar pelas ombros — um, dois, três — E então colocaram meu paciente na maca.

— Levem ele para a recepção, vou ligar para a ambulância, não temos recursos para tratar um ferimento assim.

Começamos a andar e eu coloquei o celular no ouvido, a chamada foi atendida rapidamente e passei a situação de Jason.

— Jason, o que aconteceu? — Perguntei pra ele enquato esperamos a ambulância chegar.

— Eu fui levar as minha roupas de... de cama — O mesmo fala com dificuldade — Porque eu as tinha sujado, e então aconteceu isso.

{...}

Escutei o barulho da sirene e olhei para a vidraçaria em minha frente, e vi a ambulância de aproximando. Dois enfermeiros ficaram encarregados de levar Jason até o carro do hospital, e o colocaram la dentro.

— Sarah, você vai? — Cassian perguntou.

— Não, eu vou ir daqui a pouco, tenho que pegar uns documentos. Por favor, vá um enfermeiro como acompanhante.

E em seguida a porta da ambulância se fechou e saiu em disparada para o centro, que demoraria apaixonadamente trinta minutos para chegar lá.

Entrei novamente no hospital e fui diretamente para minha sala.

Por algum motivo, eu sinto que tem alguma coisa errada com essa história. Minha cabeça está longe, assim que me sentei na cadeira da minha sala vazia, veio em minha mente que quando meus superiores ficarem sabendo disso, eu estarei muito ferrada. Um paciente se machucou enquanto está sob minha responsabilidade. O caso de Celena já foi o bastante para saber que não posso vacilar de novo, e agora Jason... Não sei o que fazer.

Não vou deixar que eu me sinta sem saída em uma situação assim, isso passa a imagem de que sou impotente e incapaz de lidar com o presente.

Levantei da cadeira e fui até o armário onde fica todos os registros dos meus pacientes, procurei pelo nome de Jason Weber e o encontrei rapidamente, abri a pasta a procura. Encontrei os documentos e os peguei, com os papéis em mãos saí da sala.

Andei na direção da recepção e encontrei Théo sentando em frente ao balcão.

— Fiquei sabendo o que aconteceu, vai para o hospital? — Meu colega de equipe pergunta ao notar minha expressão tensa e os papéis em minha mão.

— Tenho que esperar eles chegarem lá primeiro — Falei e me sentei ao seu lado — Jully — Chamei a recepcionista — Deram alguma notícia?

— Não, Doutrora Sarah. Mas devem está chegando.

— Okey

Assim que respondi, me lembrei de que preciso avisar a polícia de que Jason saiu do hospital em questão de emergência, e nesses casos assim eles tem que enviar seguranças para o hospital.

Liguei para o delegado responsável pelo caso de Jason e o avisei sobre o ocorrido. Ele me certificou de que enviaria uma pequena equipe para o hospital central.

{...}

Já se passaram trinta minutos, e nada de avisarem de que Jason já chegou no local para ser tratado, isso é total falta de responsabilidade.

Ansiedade começou a se manifestar em meu corpo, minhas mãos escorregadias por conta do suor comecou a deixar marcas no documento e Jason, então os coloquei encima do balcão.

— SARAH — Me assustei com o grito de Cassian e me virei, assim que observei seu rosto, total desespero o dominava — Jason fugiu.

O mesmo desespero que o dominava foi transmitido para mim diante da frase.

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Jason fugiu, desgraçado. Como... como ele foi capaz de machucar a si mesmo tão gravemente para fugir? 

Após a explicação de Cassian, aparentemente três carros pararam a ambulância enquanto a mesma realizava o trajeto. De acordo com o motorista, nove homens vestidos de preto e com máscara, ameaçaram os presentes no veículo com armas de fogo, pegaram Jason e o levaram para um dos carros. E ninguém fora ferido pelos homens.

Completamente perdida... sem estrutura, esse é o estado que eu me encontro no momento. Essa fuga está sendo planejada faz um tempo, mas como? Desgraçado. Desgraçado. Desgraçado.

Meu rosto perdeu toda sua cor, pálida como uma anemica.

— Avise os políciais... Avise que o maldito fugiu e enganou todos nós como se fôssemos crianças — Não vou deixar esse merda acabar comigo — Agora, Cassian — Gritei com o paralisado em minha frente, que logo é despertado pelo meu grito.

Corri até minha sala, chegando na mesma, soltei toda a minha raiva. Gritei e quebrei o vaso de flores próximo tendo em seguida vários pedaços da louça espalhado no chão branco.

{...}

Saí do hospital deixando avisado para cancelarem todas as sessões de hoje. Entrei no carro e dei partida para casa.

Se prepare, querido Jason.