《Mentes Imperfeitas》

《CAPÍTULO 13》

— Jason — O chamei de novo —O que aconteceu? — Perguntei com a voz calma — Confia em mim, Jason.

Seus olhos apenas me fitavam, nenhum movimento. Ele não saiu da posição que o encontrei.

— Atrás dessa porta — Apontei para a porta e diminui o tom de voz — Tem três seguranças que queriam te algêmar, mas eu não deixei. Eu não quero o seu mal, Jason, estou aqui para ajudar. O que aconteceu?

— Eu... eu não sei — Sua voz grossa soou.

Me levantei rapidamente e arrumei sua cama, depois trocariamos o colchão. Fui até ele novamente e peguei suas mãos.

— Vem levanta — O ajudei, e ele se levantou — Deite na cama — Jason se deitou e eu desabotoei os três primeiros botões de sua camisa, coloquei o estetoscópio sobre seu peito. Coração acelerado, indicando ansiedade. Talvez um possível ataque de pânico tenha o feito ter essa reação. Olhei para o rosto do meu paciente, e seu olhar agora está fixado no teto branco. — Quer conve... — Parei de falar ao perceber uma reação de Jason, seu peito começou a subir e descer freneticamente, a respiração acelerou de repende. Outra onda de surto está começando. MERDA — Jason, se acalma — Corri até a porta destranquei a mesma e abri — Me dê um sedativo, forte — Uma enfermeira me entrega o sedativo. Eu não queria resover isso assim, mas não tenho opção. Jason se sentou na cama com um movimento brusco. Fui até ele rapidamente, passando meus braços pelo seu pescoço na tentativa de acalma-lo um pouco.

Apliquei a agulha em seu braço, e logo senti unhas arranhando meu pescoço. Mesmo com suas unhas me machucando, desci a cabeça de Jason até o travesseiro e ele apagou. Soltei o ar preso dos pulmões e saí do quarto.

Me encostei na porta fechada atrás de mim e olhei para meus companheiros, sentindo meu pescoço ardendo, levei minha mão até o local. Pelo visto, Jason tirou sangue de mim, mais uma vez.

— Ninguém entra no quarto, fazem ronda aqui pelas próximas oito horas, revezem entre vocês — Falei já me preparando pra sair — Cassian — O mesmo que estava distraído, olha pra mim — Na minha sala agora.

Caminhamos até minha sala, chegando na mesma, fechei a porta e Cassian se sentou na cadeira em frente a mesa.

— O que aconteceu, Cassian?

— Foi de repente, Sarah. Escutamos uns gritos e corremos até o quarto de Jason, tudo estava bagunçado já, e ele estava extremamente alterado.

— E os arranhões? — Perguntei e Cassian hesitou um pouco, mas acabou falando.

— Ele se arranhou — Suspirei alto e passei as mãos pelos cabelos os puxando pra trás.

— Bom, eu vou ir em casa trocar de roupa, pegar meu carro, e volto pra cá.

— Seu pescoço está sangrando — Eu tinha me esquecido disso.

— Eu cuido em casa, tchau Cassian.

Fui até a recepção para fazer algumas exigências em relação a Jason, e saí do hospital. Quando coloquei o pé do lado de fora do hospital, avistei o carro de Isaac. Por que ele não foi embora?

Andei até o sujeito que conheci faz uma hora.

— O que faz aqui? — Perguntei pra ele

— Achei que precisaria de uma carona para voltar — Isaac fala e seu olha desce para meu pescoço machucado — Você está bem?

— Isso não é nada demais, faz parte — Soltei uma risada nasal — Mas já que está aqui, vou aceitar a carona.

Entramos no carro, coloquei meu endereço no seu GPS e Isaac deu a partida.