Cap. 7

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Uma sombra escura perseguia o Rei de Ouros.

  Sem saber de seu observador silencioso, o Rei Kozume Kenma fez seu caminho silenciosamente pelo castelo em sua caminhada noturna habitual para seus aposentos particulares.

   A sombra o seguiu, rastejando como um predador oculto esperando a chance de atacar uma presa tola.

  Kenma continuou em frente - passando pela cozinha movimentada com os criados, pela biblioteca onde a Rainha e Valete podiam ser ouvidos discutindo, passando até mesmo os aposentos dos Cavaleiros, onde dezenas de guerreiros do reino podiam ser preparados a qualquer momento. Passando por tudo isso, o Rei entrou em seus aposentos privados, onde poderia se retirar completamente sozinho para passar a noite.

  A sombra esperou, observando.

  Passando a mão pelo cabelo, Kenma franziu a testa e olhou ao redor da sala.

  A sombra permaneceu invisível.

  Kenma voltou para sua mesa, pegando um livro de cima dela. Ele lentamente fez seu caminho para a varanda do quarto, onde nenhum som, exceto o ar da noite, podia ser ouvido.

  A sombra se preparou.

  Kenma encostou-se na varanda, abrindo o livro onde o marcara.

  Acima dele, a sombra se moveu e-

  "Shoyo, gostaria que você parasse de fazer isso," o Rei comentou suavemente.

  Hinata caiu, girando silenciosamente do telhado.

  "Aww, Kenma, como você sabia que eu estava lá?" Ele fez beicinho, tirando a máscara do rosto. "Eu poderia jurar que você não me viu."

  Um pequeno sorriso passou pelo Rei normalmente passivo e ele pôs de lado o livro.

  "Eu não sabia, mas sabia que você viria. Esta é a primeira vez que fiquei sozinho desde que você chegou na cidade, então achei que poderia tentar me surpreender."

  Hinata franziu o rosto.

  "Eu sou tão óbvio?"

  "Só para quem te conhece," assegurou Kenma, recuando para o cômodo. "Volte para dentro antes que alguém veja você."

  O Ás sorriu, seguindo o Rei de Ouros de volta para dentro antes de cair na cama macia do Rei.

  "Ughhh, Kenma, não consegui encontrar nada," Hinata reclamou, olhando para o teto.

  Kenma veio se sentar ao lado dele.

  "Bem, você só está aqui há um dia. Tenho certeza de que ainda há tempo."

  Hinata estremeceu, se sentindo um pouco culpado.

  "Hmm, três dias, na verdade. Acabei de me registrar no palácio hoje."

  Kenma cantarolou levemente.

  "Eu me perguntei por que você demorou mais dessa vez."

  "Eu só queria uma chance de procurar os caras antes que seus rostos atingissem a patrulha de guarda," explicou Hinata. "Você sabe que eles vão desaparecer quando perceberem que alguém está atrás deles."

  "Suponho que não haja nenhuma razão para Kuroo configurar uma busca então?" Kenma comentou preguiçosamente.

  "Não, não, a busca ainda é definitivamente uma ideia incrível," Hinata respondeu, não querendo que Kenma pensasse que ele tinha apenas esperado seu tempo. "Tsuki diz que, uma vez que os panfletos mencionam apenas o assassinato do comerciante, os caras que procuramos presumirão que não sabemos sobre as Marcas ou algo assim."

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