Angeline nasceu com um problema em seu coração, o que limitou a jovem escocesa a fazer muitas coisas. Ainda na infância, sua mãe a incentivou a pintar para passar o tempo, o que se tornou uma de suas paixões. Mais tarde, ela conhecerá Taylor uma gar...
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Taylor estava sentada no banco, rodeada de pessoas ao seu lado, dentro do aeroporto, a jovem estava a tremer segurando sua passagem, impacientemente ela aguardava seu vôo para o Reino Unido. Tudo oque ela mais odiava era ter que esperar, sua impaciência era grande perante tudo.
Ela fica mais aliviada ao ver Will chegar, seu noivo de fachada para morar fora do país. William trouxe um copo de capuchino para Taylor, oque não a agradou muito.
— Eu não quero café, eu só desejo sair logo desse país! — Taylor pisou duas vezes no chão com suas botas (coturno), ela estava furiosa e, ao mesmo tempo, olhava para os lados com medo de uma certa pessoa chegar.
— Desculpa Taylor, bem… Nosso voo já está chegando, não precisa ficar com medo, ele não terá coragem de vir aqui.
Um dos motivos para Taylor querer tanto ir embora dos EUA era seu padrasto Paul, ela o odiava de todas as formas. Paul é um homem ranzinza que sempre viveu no pé dela, ele adorava irritar sua enteada, sem contar as tentativas falhas de assedia-la.
— Não mencione nada sobre esse demônio, entendeu? — Disse Taylor apontando seu indicador no nariz de Will que arregalou os olhos.
— Ok, não irei mais falar sobre esse… Demônio.
Uma voz suave ecoou por no ambiente, avisando de que o voo para Edimburgo já havia chegado, e todos os passageiros se levantaram.
— Finalmente! Vamos Will.
Taylor pegou apenas sua bolsa preta e deixou o resto das bagagens para William levar, ela sabia que Will gostava dela e com isso a moça se aproveitava da boa vontade dele.
(…)
O coração de Taylor palpitava de emoção pelo fato dela finalmente se sentir livre de todo seu pesadelo, agora a jovem estadunidense começará uma nova vida na Europa.
Com os fones no ouvido ela relaxava, e olhava para as nuvens que pareciam algodões. Taylor não é muito de abrir um sorriso, mais ali dentro daquele avião indo para longe de seu padrasto, ela sorriu. William estava ao seu lado, deslumbrado pela jovem moça que seria sua esposa em alguns dias.
Ele passou os dedos na mão de Taylor, fazendo com que a garota se assustasse e retirasse no mesmo instante sua mão de perto dele.
— Oque pensa que está fazendo!
— Perdoe-me, é que como iremos nos casar, quero me aproximar mais de você.
Taylor segurou no maxilar do rapaz, afundando suas unhas pretas na pele branca dele, fazendo com que avermelhasse.
— Eu só irei me casar contigo para me tornar uma residente do país, entendeu? — Will balançou a cabeça assentindo, logo Taylor o soltou.
Taylor teve poucos namorados, era difícil dela se dar bem com alguém por muito tempo, uma mulher tão cabeça-quente como ela não era fácil de se aturar, o único até o momento que conseguiu ficar horas ao lado dela foi William, o rapaz “morre” de amores por ela desde que a conheceu na escola, durante seu intercambio nos Estados Unidos, ele ficou tão fascinada na jovem dos cabelos dourados que resolveu voltar para a América.
(…)
Após horas cansativas dentro daquele avião, finalmente eles haviam chegado ao Reino Unido, após a comissária de bordo avisar a todos os passageiros que a Aeronave iria aterrissar no aeroporto de Edimburgo. Taylor despertou de seu sono leve, ainda meio sonolenta ela observa pela janela, o céu cinza e a nuvens formando chuvas.
— Esse lugar parece tão deprimente.
— Não, aqui só é bastante frio e chuvoso. — Disse William sorrindo feito um bobo para Taylor.
— Uau! Que clima “adorável” para ir até à praia!
(…)
Após o avião pousar, todos saíram, e Taylor parou por alguns segundos para observar seu novo lar. Ela respirou fundo e sentiu o clima diferente do país. Sem mais fugas ou medo, pois, agora em sua mente ela se sentia no paraíso.
— Taylor? Está com frio? — Perguntou William tirando a jovem de seus devaneios.
— Agora que percebi que estou tremendo. — Disse Taylor pegando o sobretudo azul que Will lhe emprestou.
Na saída do aeroporto, eles pegaram um táxi até a casa de Will, ele morava no bairro New Town, no centro em um pequeno apartamento.
Taylor olhava de tudo e um pouco pela janela do carro, como as pessoas se vestiam e principalmente os homens, alguns usavam as famosas saias “Kilt”. A jovem começou a rir, em sua mente ela achava aquela roupa ridícula.
— Eu não sabia que iria rir tanto nesse país. — Disse Taylor dando uma cutucada no braço de William.
— Oque você achou engraçado, minha dama?
— Essa saia xadrez que os homens usam, é tão esquisita.
William não achou engraçado, ele não compreendia a graça de Taylor sobre as saias, já que na Escócia é algo totalmente normal.
— Meu pai usa esse saia chamada de Kilt.
Taylor mordeu seu lábio interior para se conter do riso. O celular da jovem começou a vibrar dentro de sua bolsa, ela não sabia quem era, pois, o contato não possuía nome, e ela não conhecia o número.
— Alô? — Uma risada monstruosa ecoou do outro lado da linha, deixando Taylor com ódio, pois, ela reconheceu aquela gargalhada.
— Vou te caçar, putinha! — Disse Paul seu padrasto furioso, Taylor ficou com tanto ódio que jogou o celular pela janela, lagrimas de raiva queriam escorrer de seu rosto, só de ouvir aquela voz, ela se lembrava do pesadelo que passou em Nova Orleans na mão de seu padrasto nojento.
— Taylor porque fez isso? — Perguntou William assustado enquanto olhava para trás, observando o celular no asfalto.
— Aquele filha da… Teve a audácia de me ligar e ainda me ofender!
— Não se preocupe Taylor, irei lhe defender. — Disse William passando seu braço em volta do pescoço de Taylor.
— Eu não preciso que ninguém me defenda, Will. — Taylor retirou bruscamente o braço do rapaz de seus ombros.
