Capítulo 6

33 6 26
                                    

Taylor estava ao lado de William, naquela multidão

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Taylor estava ao lado de William, naquela multidão. Ela se sentia perdida, por não conhecer absolutamente ninguém, por isso ela não se desgrudava de Will, para se sentir mais segura.

— Vamos ver os quadros, Tay? — Perguntou Will, pousando sua mão no ombro de Taylor.

— Foi para isso que viemos, então vamos. — Disse Taylor sendo direta como sempre.

Taylor não gostava muito de usar vestido, então ela ficava se contorcendo a cada minuto. Os saltos também eram desconfortáveis para ela, já que a impedia de apressar os passos.

(…)

A jovem moça estava vidrada em uma das pinturas. A obra mais recente de Angeline, com o nome de “O jardim cinzento”, ela conseguiu sentir a energia dele, e o quão triste era.

— Essa foi a última obra que eu fiz, antes da exposição. — Disse uma moça com um vestido de rosas, bochechas rosadas e um belo par de olhos azuis.

— Você me deu um susto. — Disse Taylor com a mão no peito.

— Oh! Perdoe-me, não foi minha intenção, eu só vi o quão admirada você parecia estar com a minha pintura, então resolvir vim lhe cumprimentar.

Taylor estranhou a forma calma e gentil que aquela mulher tinha, sem contar o olhar inocente e doce que ela a observava.

— Relaxa, moça, eu estou bem, e realmente eu gostei da sua obra.

Taylor percebeu as bochechas coradas da moça, e o quão perfeita ela era. A jovem americana nunca haverá de conhecer alguém assim, pela primeira vez, ela sorriu de verdade, e ambas ficaram se olhando, até Will chegar e acabar com os olhares de ambas.

— Desculpe pela demora, Taylor, é que eu estava cumprimentando alguns amigos. — Disse William ofegante, após dar longos passos até Taylor.

— Demora? Você só ficou dois minutos com seus amigos. — Disse Taylor de um modo debochado.

A moça de vestido olhou para baixo e soltou uma risada baixa, por algum motivo ela achou engraçado o jeito como Taylor falou com Will.

— Vejo que você já conheceu a dona dos quadros. — Disse Will sorrindo para a moça.

— Sim, eu já conheci, só não me lembro o seu nome. — Disse Taylor olhando cada detalhe do rosto daquela mulher.

— Que péssimos modos os meus. Meu nome é Angeline. — Disse a jovem moça das bochechas coradas.

Taylor percebeu que Angeline aparentava estar nervosa, pois, a mulher apertava com força a barra do vestido, e o rosto dela estava bem corado.

— Você está legal, Angeline? — Perguntou Taylor segurando no braço da moça.

— Estou… Só preciso de ar.

Uma mulher elegante apareceu, e esbarrou em Taylor. A mulher parecia preocupada com Angeline.

— Filha, você está bem? — Disse a mulher com um longo vestido verde musgo, segurando no rosto da moça.

— Estou, mãe, eu só preciso ir um pouco lá fora. — Disse Angeline sem tirar os olhos de Taylor.

Taylor não gostou nada de ter sido esbarrada pela mãe de Angeline. Will percebeu a fúria se formando no rosto da jovem, e a puxou para trás.

— Acho melhor irmos ver outros quadros ou… Beber algo. — Disse William, segurando o ombro de Taylor.

— Eu preciso de um copo de vodca. — Disse Taylor, saindo o mais rápido possível dali.

(…)

Taylor estava no balcão do mini bar que tinha na Galeria, ela observava as pessoas enquanto dava um gole em sua vodca. As mulheres chiques, com vestidos longos que aparentavam ser caríssimos, e os homens usavam “smoking”. Aquilo tudo era muito novo para Taylor, já que ela nunca esteve em um evento assim, com pessoas importantes e com muito dinheiro.

— Eu estou me sentindo uma estranha nesse lugar. — Disse Taylor virando seu segundo copo de vodca.

— Porque? Você não está gostando? — Perguntou William enquanto virava uma garrafa d'água em seu copo.

— As pessoas desse lugar, são tudo um bando de metido, e eu sou apenas uma Americana fugida. — Disse Taylor rindo de nervosismo.

— Eu penso que você já bebeu demais. — Disse Will, empurrando o copo de vodca para longe de Taylor.

— Vamos embora? Eu quero escutar música e em algum lugar. — Disse Taylor levantando da banqueta.

William assentiu, e ambos se retiraram da galeria. Taylor se jogou no banco traseiro do mini Cooper, enquanto William retirava os saltos do pé dela.

(…)

Taylor retirou o vestido vermelho que Will havia lhe dado, e jogou na poltrona que tinha perto de sua cama. Apenas de trajes íntimos, ela deita na cama, e começa a pensar em Angeline, e pensar que ela foi a única pessoa que foi simpática com ela, naquele lugar, a forma como a moça falava, o olhar dela, parecia diferente daquelas pessoas mesquinhas.

— Aí Taylor… Você realmente bebeu demais para estar pensando em uma desconhecida. — Disse Tay, para ela mesma.

Ela pegou o celular que havia ganhado de Will, conectou os fones e os colocou em seu ouvido. Taylor fechou os olhos enquanto escutava a batida da música, e em menos de instantes, ela acabou adormecendo.

(…)

Na manhã seguinte, Taylor preparou "waffles" para ela e Will. Os dois estavam comendo na varanda do apartamento, enquanto olhavam para a vista da cidade.

— Você gostou do nosso passeio ontem? — Perguntou William, em um tom calmo e com medo da resposta da Americana.

— Não muito, tirando a parte daquele quadro e… Da artista. — Disse Taylor dando um meio sorriso.

— Pelo menos você gostou de algo. — Disse William um pouco desconfortável, pois, ele sentiu ciúmes do jeito como Taylor falou de Angeline, sem nem mesmo conhecê-la.

Stages Of a HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora