Capítulo 16

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 Em baixo das cobertas, Taylor dormia profundamente

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 Em baixo das cobertas, Taylor dormia profundamente. O vento forte do lado de fora não a incomodava, mesmo  batendo na janela, a jovem mau se mexia. Quando um barulho diferente, fez com que Taylor despertasse assustada.

     - O que diabos foi isso? – Disse Taylor, esfregando os olhos.

  Taylor vestiu seu roupão felpudo azul, e foi andando em direção ao barulho, que pareceu ser de vidro quebrado.

      - William? É você? – Perguntou Taylor, ascendendo às luzes da casa.

  Uma silhueta apareceu na cozinha, Taylor não estranhou, pois pensou que poderia ser apenas Will.

     - Você me assustou, Will... – Taylor arregalou os seus olhos, ao ver que a pessoa na cozinha não era William, e sim, o homem dos seus pesadelos.

    - Olha só... Se não é a minha garotinha! – Disse Paul, dando um sorriso diabólico para Taylor.

    - O que você está fazendo aqui! Seu rato imundo! – A jovem se afastou, e lágrimas de ódio desceram de seus olhos.

     Paul pegou uma faca encima do balcão, e apontou o objeto para Taylor, em uma tentativa de assustá-la.

    - Achou que iria me roubar, e escapar desse jeito! – Gritou Paul, se aproximando de Taylor, com a faca na mão. 

    Desesperada, Taylor saiu correndo, e se trancou no banheiro. Paul chutava e batia na porta, gritando para a jovem, sair.

     - Vai embora, seu imbecil! – Gritou Taylor, encostada na porta.

    Aquela mesma cena de anos atrás, estava se repetindo. Desesperada, Taylor abriu todas as gavetas debaixo da pia. Havia somente escovas de pentear, pomadas e pastas de dente.

       - Droga! Não é possível que o William não guarde uma faca no banheiro.

     As batidas na porta foram se intensificando, e Taylor já não sabia o que iria fazer para enfrentar Paul, pois, ela precisava de uma arma, qualquer coisa que fosse afiada o suficiente, para ela dar um fim em seu padrasto.

      - Vamos facilitar as coisas Taylor! Abre logo essa porta, porra! – Gritou Paul, girando a maçaneta, que estava trancada.

    Taylor retirou todas as gavetas, e as jogou no chão. Em uma delas, havia uma pequena tesoura.

      - Agora quero ver! – Disse Taylor, enquanto analisava o objeto em sua mão.

    Quando Taylor menos esperou, a porta foi arrombada, e Paul, soltou uma risada maquiavélica.

   Tay acordou com a respiração arfante, após ter um pesadelo com Paul. Gotas de suor escorreram de sua testa. Ela olhou para os lados, com aquele medo e desconfiança no olhar. O quarto estava escuro, e somente algumas frestas de luz da janela, iluminava o cômodo. A cabeça de Taylor estava tão atordoada, que ela própria duvidou de sua sanidade, pois ela acreditava que Paul poderia estar escondido em seu quarto, atrás das cortinas grossas ou a observando ao lado da porta aberta.

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