Angeline nasceu com um problema em seu coração, o que limitou a jovem escocesa a fazer muitas coisas. Ainda na infância, sua mãe a incentivou a pintar para passar o tempo, o que se tornou uma de suas paixões. Mais tarde, ela conhecerá Taylor uma gar...
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Angeline observava atentamente os pingos de chuvas caírem sobre a janela, o dia estava terrível do lado de fora, trovões e ventanias se apossaram da cidade. A moça então voltou até o seu quadro e analisou cada detalhe de sua obra que acabará de terminar, pois, em alguns dias sua nova pintura iria se juntar as suas outras obras na galeria de artes de Edimburgo, e será feito uma exposição para apresentar seus novos quadros ao público.
A moça resolveu tomar um banho para tirar os respingos de tinta sobre algumas partes de seu corpo. Ela entrou em sua banheira branca e relaxou sobre as espumas e a água quente, com uma esponja e um pouco de sabão ela espalhou pelo seu corpo delicadamente, até chegar em seus braços aonde ela percebeu a finura de seus pulsos, ela se assustou, pois, eles não estavam desse jeito. O tempo de sua cidade lhe obriga a vestir roupas longas e grossas para se proteger do frio, então é difícil notar seu corpo. A bulimia estava acabando com ela, e Angeline sabia que não poderia esconder esse outro problema de seus pais por muito tempo.
Angel saiu da banheira desesperada e correu até o espelho e começou a observar seu corpo, ela tocou seu quadril e viu o quão fino estava, em sua mente ela se denominava um esqueleto que esqueceram de enterrar, as lágrimas cotidianas saíram de seus olhos azuis, com raiva e tristeza, ela arremessa seu secador na frente do seu grande espelho.
Madeleine entrou no quarto de sua filha bem na hora e escutou um barulho de algo muito grande se quebrando, ela pensou que sua filha tivesse caído em alguma coisa e correu até a suíte de Angel. Madeleine encontrou a filha nua de bruços no chão, desacordada.
- Angel! Filha fale comigo! - Madeleine colocou a cabeça da filha em seu colo e deu alguns tapinhas na bochecha rosada da jovem, num ato de tentar, reanima-la.
Não era a primeira vez que Angeline desmaiava, sempre que ela se estressa ou faz atividades pesadas seu coração se cansa fazendo com que ela enfraqueça e desmaie. Sempre que isso acontece, seus pais ligam para o doutor, para ver o estágio do coração de Angel, pois, não se sabia se era grave ou não.
(...)
Angeline abriu lentamente seus olhos, e viu seus pais a observando, Angel olhou para cada canto do quarto, em poucos segundos ela se deu conta que estava no hospital.
- Pai? Mãe? Oque aconteceu? - Angel perguntou se levantando com dificuldade para se sentar na cama.
- Eu te encontrei desmaiada no banheiro filha, com vários pedaços de vidro ao seu redor, oque aconteceu? - Perguntou Madeleine se aproximando da filha.
- Penso que tive um ataque de pânico depois que... - Angel queria chorar só de lembrar daquela imagem horrível de seu corpo em frente ao espelho.
- Ataque de pânico porquê? - Perguntou Joseph alisando o antebraço da filha.
Angeline retirou o suéter (turquesa) que estava usando, ficando somente de camiseta, ela ergueu seus braços e mostrou o quão fino estavam ficando.
