S E V E N

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Pov - autora

No dia seguinte, Zulema foi a primeira a acordar, como de costume. Ao notar que a loira a abraçava, hesitou algumas vezes antes de realmente sair da cama. Sua tentativa de não acordar a mais nova, falhou, assim que Zulema virou para olha-la, Macarena estava com seus olhos vidrados na árabe.

- O que aconteceu? - perguntou a mais velha enquanto a mais nova a observava

- Suas pernas são muito bonitas. Nunca tinha reparado nisso. - respondeu Macarena com a voz frouxa, por ter recém acordado e por ter chorado tanto ontem a noite, enquanto a morena estava completamente vermelha de vergonha.

- Meu deus, sua pervertida! - jogou uma almofada na loira que se jogou pra trás logo caindo na gargalhada

- Fiquei com um puta tesão agora. Árabe maldita! - Macarena brincava em meio ao riso enquanto Zulema a olhava desacreditada.

- Porra Macarena, são... - olhou em seu relógio - 7:20 da manhã e você fazendo esse tipo de piada.

Macarena riu e depois percebeu o que a árabe havia dito.

- Zulema - chamou Macarena

- Fala - respondeu a mais velha

- Que horas são mesmo? - perguntou a mais nova

- Tu é surda ou não limpou o ouvido? - brincou a árabe enquanto Macarena a olhava incrédula

- É sério.

- São 7:22 agora. Por que? - perguntou curiosa.

- Zulema, que dia é hoje? - perguntou caindo na gargalhada

- Quarta-feira... Por que está rindo, boba? - perguntou a mais velha enquanto jogava outra almofada na loira

- A empresa Zulema, hoje temos que ir trabalhar ou acha que dinheiro nasce em árvore? - brincou a loira jogando uma almofada na árabe que desviou.

- Como sua "Futura esposa" - fez aspas com as mãos - eu diria "meu amor, fique mais um pouco. A empresa pode esperar." Mas como sua chefe... Levanta logo e vamos, não tenho todo o tempo do mundo! - Zulema falou séria

- É... Tá bom... Já estou indo. - Macarena se levantou às pressas e iria se dirigir até a porta quando foi barrada por Zulema.

- Estou brincando.  Trabalha junto comigo no escritório, daqui de casa, não precisa ir para a empresa hoje. - Falou Zulema e Maca assentiu. - quer me contar o que aconteceu ontem? - Zule perguntou e Maca se sentou na cama olhando para o chão

- Bom, Castillo me ligou ontem, ele falava comigo com a voz tremendo, eu perguntei o que havia acontecido e ele não soube medir palavras e foi melhor assim. - ela pausou para secar uma lágrima que estava caindo. - minha mãe está internada Zule, minha mãe tem câncer. - ela começou a chorar e Zulema se ajoelhou a sua frente.

- Ei ei, está tudo bem. Vai ficar tudo bem. Tua mãe é tão forte quanto você. Não se preocupe, ela vai se recuperar. - falava a morena enquanto acariciava a coxa da mais nova.

- Eu não quero perder ela, Zulema. Eu não quero nem pensar nessa possibilidade. Ela é a única que vai me entender sempre. - ela pôs sua mão em cima da de Zulema

- Você não vai perder ela. Eu prometo! - Zulema a abraçou

- Mãe, o cereal acab... - as duas a olharam- desculpa, não queria interromper. Eu vou comprar, não demoro.

Fátima se explicou e saiu.

- Obrigada. Por tudo! - agradeceu Macarena ainda no abraço.

- Não foi nada. Eu tô aqui pra isso, pra quando você precisar. - dizia a mais velha enquanto acariciava os cabelos da jovem.

- Eu sei. - Macarena se desfez do abraço e vidrou seus olhos nos dá árabe - é o que mais gosto em você.

Macarena mantinha seu olhar dividido entre os lábios e olhos da morena, hesitando um pouco antes de fazer o ato, Macarena se aproxima e sela seus lábios nos dá árabe, que nada fez, apenas permitiu que o fizesse. As duas queriam aquilo, talvez aquilo pudesse arruinar todo o plano delas ou apenas poderia melhorar a situação entre elas. Como nunca em sua vida, Zulema sentiu sinceramente no beijo. Não foi qualquer beijo de balada ou de um bar, era o beijo que faltava para ter certeza que ela queria aquilo. Isso estava estampada em sua cara pensativa assim que terminaram o beijo e ficaram em silêncio.

...

Após Fátima chegar, Macarena colocou a mesa e Zulema a ajudou picando algumas frutas e colocando-as em uma tigela.
Fátima fazia o café, e sentia o clima leve, desde então não sabia o que havia acontecido, e na verdade, nem queria.

Elas tomaram café como qualquer outra família normal, mas elas não eram nem uma família (ainda) e muito menos normais.

Bom, modesta parte, o plano da Zulema teria dado errado.
Mas bem, quem precisa de um plano não é mesmo?

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Oi vidas.
Espero que tenham gostado, bem curtinho pq a criatividade tá bem ruim.

Passando pra avisar que talvez a fic fique bem curtinha, de até 15/20 capítulos no máximo. Mas quem sabe eu comece outra depois, oq vocês acham?

Por hoje é só. Beijão ❤️

A Proposta - ZURENA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora