A Proposta - ZURENA (CONCLUÍDA)

N I N E

Alguns dias depois...

26/05/2018 - 7:00

Pov - Macarena

Passou seis dias da nossa primeira vez, e aquela mulher consegue me surpreender em cada transa nossa.

Voltamos a empresa a alguns dias, e aquele lugar anda muito movimentado.

Estamos na época de verão, e lançamos a pouco tempo nossa nova coleção de biquínis e roupas frescas. Madrid pode parecer fresco, mas é tão quente quanto as terras Brasileiras.

Zulema anda bem nervosa, e nada que um café possa lhe acalmar.

Peguei dois copos de café, e levei até nossa sala.
É verão, eu sei, mas café nunca é demais. Ainda mais tão cedo assim.

- Oi Zule, trouxe café. - falo adentrando a sala e fechando a porta com o pé.

- Leu meus pensamentos, Rúbia. Estava pensando em ir buscar, mas aí lembrei que tenho secretária. - brincou e eu dei um sorriso sem graça entregando seu café.

- Muita coisa pra hoje? - perguntei sentando na minha mesa.

- Não só alguns e-mails, por que? - respondeu me encarando

- estava pensando em sairmos pra almoçar juntas, o que você acha? - perguntei indo até ela e me inclinando um pouco.

- eu acho ótimo. - respondeu e me deu um selinho.

Voltei para minha mesa para assinar alguns papéis, e depois fui conversar um pouco com Saray e Kabilla sobre o casamento.

...

- Tá ansiosa? - perguntou a de cabelos cacheados

- Nem me fale. É só um cartório e eu já estou em nervos. - respondi enquanto pegava um café

- Isso é uma loucura, parece brincadeira. - bom, era pra ser né.

- Saray, essas coisas acontecem. Pessoas se apaixonam. - Respondeu a namorada da cigana.

- Bom meninas, tenho que ir. Vou almoçar com a minha noiva. - respondi sorrindo.

- Que ela não seja a comida. - gritou Saray logo recebendo um tapa da namorada, o que fez ela colocar a mão no local, com dor e eu ri.

- Oi meu am.... - entro na sala e dou de cara com Helena e Zulema com os lábios grudados. - Eu não precisava ver isso. - Digo olhando aquela cena com os olhos marejados, logo elas se separaram, Zulema me olha triste e Helena me olhava debochada.

Eu cheguei bem perto das duas, e deixei um tapa no rosto de Zulema, o que a fez gemer baixo e Helena vir pra cima de mim.

Ela me deu um tapa e eu lhe devolvo outro.

- Chega disso. Helena, sai da minha sala. AGORA! - ela grita quando a mesma não deu importância para a primeira frase.

- Eu te juro que eu não precisava ver isso. - digo em meio as lágrimas

- Maca, não é o que você tá pensando, eu juro. - ela segurava meu braço me fazendo olhar nos olhos dela

- Eu não tô pensando Zulema, eu vi e continuo revendo olhando em seus olhos. Porra, eu queria fingir que isso não me afeta, mas é mentira. Tu faz dos meus dias os melhores e eu entro na sua sala - aponto o dedo indicador em seu peito - pra te contar as novidades do nosso casamento e você me recebe assim. - abaixo o dedo, olhando nos olhos da árabe enquanto me derramo em lágrimas - Se o seu plano desde o início, era fazer sua secretária se apaixonar por você e depois a machucar dessa forma. Parabéns, a vitória é sua! - virei as costas e sai, pude ouvir ela gritar meu nome algumas vezes, mas foi em vão, eu estava decidida que não voltaria atrás.

...

Estava na recepção já fazia umas duas horas, conversava com cachinhos tentando me acalmar. Ela dizia que poderia ser um engano, que eu pudesse ter visto errado ou que foi tudo provocado pela Helena. Eu queria acreditar nisso, eu queria poder acreditar e confiar na Zulema mesmo depois de ter visto aquilo. Mas isso não aconteceu.

...

Eram nove e meia da noite e a estávamos indo para casa. O caminho inteiro não trocamos se quer uma palavra.

Chegamos em casa e não foi diferente,  cumprimentei Fátima que estava no sofá mechendo em seu celular e fui direto para o meu quarto. Separei uma roupa e fui para o banheiro. Tomei um banho e me sentei ao pé da cama para pensar.

Pensei na possibilidade da minha mãe viver e na possibilidade de eu ter visto tudo errado naquele dia. Eu chorava pelos dois motivos.

- Maca, me deixa entrar. Vamos conversar. - Zulema batia na porta do meu quarto

- Não temos o que conversar, Zulema. - respondia em meio a soluços, mas com a voz firme

- Por favor, me deixa explicar. Não precisa acreditar em mim, mas por favor..... Me ouça. - ela implorava do outro lado da porta. Eu cedi e então destranquei a porta do meu quarto.

- Fique pelo menos dois metros longe de mim, não quero acabar com sua raça e ficar na prisão sem ver a cara da desgraçada da Helena. - respondi e ela sentou em uma poltrona perto da porta.

Ela respirou fundo e começou a falar.

- Eu não queria fazer aquilo. Eu juro, ela fez de propósito, ela ouviu seus passos e fez aquilo para nos afastar.... Macarena, eu te juro que não queria fazer aquilo, ela só... - a interrompi.

- Ela só queria te beijar? Me poupe Zulema. Quando não queremos o beijo de alguém, nos afastamos, não ficamos que nem estátuas paradas vendo o pior acontecer. - respondi com os olhos marejados de novo

- Macarena, você entrou assim que ela me beijou. Não rolou nada. - ela se explicava

- como eu vou poder acreditar em você? - perguntei a olhando, triste

- Macarena... - ela respondeu olhando nos meus olhos

- Sai do meu quarto... Agora, antes que eu desista desse seu plano filho da puta! - ela hesitou antes de abrir a porta e ainda de cabeça baixa, ela falou

- ...Eu realmente te quero. - ela me olhou - Eu te quero, sorrindo, cantando, calada ou falante. Eu te quero com mãos dadas, grudadas, separadas, com roupas, mas de preferência sem. - ela sorriu e eu a olhei nos olhos - Eu te quero de todo jeito, defeito, sem me importar com nada. Eu te quero, e só isso importa. - ela termina de falar e uma lágrima escorre em seu rosto.

Num impulso eu pulo da cama e a beijo, um beijo cheio de sentimento. Eu gosto dela e a quero, e isso não vai mudar. Aquela Helena vai me pagar.... Bem caro.

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Oi vidas, mais um capítulos pra vocês.

Um capítulo bem bonitinho, só por que o próximo vai ser tenso.

Amo vocês, KISSESSSS😗❤️