Capítulo 4

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Capitulo do Leo

---Leo??? Meu filho, levanta senão você vai se atrasar para o seu primeiro dia de aula. Gritava minha vó que a essas horas já tinha posto o café na mesa, me pergunto o que traz ela a acordar 5 horas da manhã.

--- Já vou vó, só mais 5 minutos.

--- Em cinco minutos você vai estar dormindo de novo, e vai chegar atrasado mocinho, e se não estudar não vai poder ser o médico que você tanto quer ser.

--- Ta bom vó, irei me arrumar e já tó indo.

Essa e minha vó, mulher que me inspira, que vem me ajudando a ser quem eu sou hoje; infelizmente minha mãe morreu minutos depois do meu nascimento e desde então eu moro com essa mulher maravilhosa, cheia de energia mesmo estando com seus quase 90 anos de idade; meu pai ao saber que tinha um filho foi ao supermercado comprar meu leite e nunca mais voltou, não faço questão de procura-lo já que hoje devo toda minha vida a essa mulher, esse anjo que Deus colocou em minha vida, e que deveria ser imortal ou eterno.

Eu sou o Leonardo, mas as pessoas me chamam mais de LEO, um garoto bobo e cheio de qualidades, logico que sem esquecer os defeitos, um cara simples e humilde, de um coração enorme, cheios de sonhos e metas buscando realiza-las, para dar uma vida melhor para minha vó, e meus futuros filhos. Com meus 18 anos e talvez para minha infelicidade estou no segundo ano do ensino médio, já que era pra me está formando nesse mesmo ano, e entrar na faculdade dos meus sonhos que e medicina; amo ajudar pessoas necessitadas, pessoas que talvez não tenham a mesma condição que a minha. Tenho o sonho de ajudar mães na hora de seus partos, para que não aconteça o que aconteceu comigo, ou melhor, com minha mãe.

E mais um ano se inicia, mais 365 dias que teremos que aturar vários tipos de pessoas, algumas legais que dão prazer de leva-las para a vida toda, outras que se pudéssemos as matava ali mesmo no pátio da escola igual nos tempos dos cristãos, ou aquelas histórias de sacrifícios humanos; E, não seria ruim se fizesse isso com alguns garotos babacas de algumas escolas públicas. E quando eu falo de levar alguém para a vida toda, talvez eu esteja me referindo a menina mais linda de toda escola, pelo menos eu a achava, Luísa era uma deusa, sua beleza era monstruosa, seus olhos então impressionava qualquer um, seu corpo bem desenhado e formado deixava qualquer um de olhos arregalados.

Conheci Luísa no ensino fundamental, apesar que todos a conhece, por ela ser filha da diretora, mesmo não estudando na mesma sala que a minha, as vezes conversávamos um tanto rápido mas os poucos minutos se tornava os mais longos da minha vida; sempre estava por perto da mesma quando íamos em algum retiro, ou acampamento, ou alguns projetos que a escola proporcionava. Ela era sim, incrível. Mas as vezes me deparo perguntando, o porquê de toda essa maravilha sendo que a mesma não dá muito bola pra mim? Mas mesmo tendo vários obstáculos pela frente, vou lutar por ela, e tenho certeza que ainda vamos ser quem eu sonho.

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6;55 era o que mostrava no visor do meu celular, alertando que o sinal tocaria em apenas cinco minutos, e com certeza me atrasaria pra minha primeira aula, como minha vó tinha dito. Como as salas nos primeiros dias não permanecia aberta, o jeito era torcer pra que encontrasse um lugar bom na sala, pelo menos que não fosse no fundo, já que lá só os babacas ocupavam.

Entrei às pressas pelos grandes portões da escola, mesmo não podendo andar muito rápido por eu estar com mais dois cadernos em mãos e claro por ser uma regra da escola, não correr pelos corredores, adentei aquele grande prédio, o que parecia mais uma prisão e que em parte todos nós sabemos que e, ando desesperadamente pelos corredores indo em direção a secretaria buscar alguns livros que ainda restava pegar, me sentindo um burrinho de carga da escola, depois que aparece alguém ai com dor na coluna não sabem explicar o motivo, e nesses turbilhoes de pensamentos sentir o impacto brutal e rápido, a cena dos meus cadernos caindo pelo chão foi em câmera lenta e eu já sabia o que aconteceria depois; provavelmente iria ser desferido vários murros pelo meu rosto, e vozes dizendo pra ser mais esperto. Mas por incrível que pareça não foi bem o que aconteceu pois o culpado estava ainda ali na minha frente parado, e parece que estava mais assustado do que, a cara de perdido era nítido sobre seu rosto, mostrando claramente que ele era mais um dos vários novatos.

O Filho da VizinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora