25 - Chá

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- Princesa, vai querer mais chá? A Sayuri perguntou, enquanto agarrava no bule como se estivesse preparada para me servir.

- É claro, obrigada Sayuri. Mostrei o meu melhor sorriso, enquanto esticava a chávena na direção da rapariga.

Uma semana tinha-se passado desde o incêndio que matou a minha avó e desde então que algumas coisas mudaram. Após o funeral que foi feito, eu voltei a dormir com o meu pai, mas isso apenas durou dois dias. Por alguma razão (deixem-me fingir que eu não sei), a Marie chamou a Hana para o palácio e as duas convenceram-me que eu deveria continuar a ser a mesma princesa animada de sempre. E então, após um pouco de conversa, decidi que iria organizar uma festa de chá com as minhas três novas amigas. E foi assim que chegamos ao ponto em que estou a ter uma festa de chá com a Sayuri, a Akemi e a Aria.

- É bom ver a nossa princesa a sorrir. Consegui ouvir a Marie conversar com o Felix, fazendo-me sentir mais calma.

- Então... princesa... Eu não queria interromper, mas já estou farta disto.

- Por favor, vocês as três são minhas amigas, podem chamar-me de Sakura. Disse sentindo um pouco de cansaço. Já tinha feito este pedido no início e mesmo assim elas insistiam em chamar-me princesa.

- Entendido. Então Sakura, tens alguém que gostas? A Aria perguntou, surpreendendo-me de várias formas. Não só ela aceitou o meu pedido muito rápido, mas também fez uma pergunta muito assustadora. Como é que eu respondo isto? Eu gosto do Al, mas... apenas o Lucas sabe.

- Sim ela tem, eu, o melhor amigo dela. Senti um braço abraçar-me por trás, enquanto ouvia o meu melhor amigo dizer aquilo.

- Por acaso estava a pensar em falar do Arham...

- Ias falar de mim bunny? Não sabia que gostavas assim tanto de mim. Da onde é que este saiu?

- Retiro o que disse. Assim que disse aquilo, percebi que o Arham ficou mais sério, enquanto aquelas três começaram a rir.

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Assim que a festa acabou, as minhas três amigas foram embora. Ainda fui até à sala do meu pai, onde conversei um pouco com ele mas não fiquei muito tempo. E por fim, vim irritar o Lucas.

- Temos o aniversário de alguém a chegar. O Lucas disse, enquanto continuava a fazer o seu experimento estranho. O que vais querer como presente?

- Estás sem ideias, é? Perguntei com um sorriso, enquanto ouvia ele rir. Sinceramente, de ti não quero nada.

- De mim não queres nada? Por acaso não gostas dos meus presentes? Percebi que ele ficou ofendido por eu ter dito que não queria nada dele.

- Não é isso. É só que... tu és o meu melhor amigo. Todo o apoio que tu me dás ao longo destes anos é mais do que o melhor presente que podias me dar. Disse enquanto desviava o olhar e sentia as minhas bochechas começarem a ficar um pouco quentes.

O Lucas não disse nada. Em vez disso, apenas senti o olhar dele na minha direção, enquanto eu insistia a olhar para o chão. Na verdade, eu estava a observar uma formiga que ali passava. Elas até que são uma boa distração quando tentamos evitar a situação em que estamos metidos. Após uns minutos, comecei a ouvir barulhos, fazendo-me entender que o Lucas tinha voltado à sua experiência.

- Já percebi a razão de ele insistir em chamar-te bunny. Tu lembras um quando ficas envergonhada. Ouvi aquilo, fazendo-me ficar confusa. Eu envergonhada pareço mesmo um coelho?

- Como é que eu pareço um coelho? Perguntei, olhando atentamente para o Lucas, enquanto aproximava a minha cara.

- Exatamente pelas tuas reações. Fiquei confusa agora. As minhas reações lembram os coelhos? São fofas como os coelhos. Ele... ele está a mesmo a brincar comigo só pode.

Mesmo assim, apenas ignorei o que ele disse, voltando a me sentar no sofá onde estava antes.

- Mas estás com dificuldades a pensar num presente para mim? Perguntei, voltando ao assunto de antes, com um pouco de curiosidade.

- Na verdade, acho que já sei o que vou te oferecer. Vamos ver quem é que te dá o melhor presente. Ele disse, voltando a mexer na sua experiência com um sorriso na cara.

- O que vais me oferecer? Perguntei com um sorriso inocente, esperando mesmo que ele me contasse.

- Surpresa. Mas tu vais gos... A tua magia está a ficar em níveis um pouco perigosos. Assustei-me quando ele disse aquilo. Não é nada estranho, ele costuma controlar os meus níveis de magia de vez em quando. Mas como ele disse desta vez foi um pouco assustador.

- Vamos para o meu quarto para normalizares? Perguntei, levantando-me do sofá e indo até ele.

- Sim, será melhor. Ele disse com calma, esticando a mão na minha direção. Assim que lhe dei a mão, fui teletransportada para o meu quarto e logo deitei-me na cama.

- Por favor sê rápido. Pedi. Por alguma razão, fico sempre nervosa quando chega à altura de ele normalizar os níveis da minha magia. E não é que magoe.

Fechei os olhos, ouvindo ele começar a sussurrar. Aos poucos, comecei a sentir o meu corpo ficar mais leve, começando a me dar sono. Aquela sensação de ter o corpo mais leve era perfeita para me pôr a dormir.

- Não adormeças ainda. Ele disse, fazendo-me começar a rir.

- É claro que não. Sentei-me quando ele disse que já estava, mas acabei por cair para trás na cama, provocando-nos vários risos.

The Loved One - 2Onde histórias criam vida. Descubra agora