Fui parar no mundo de League Of Legends (+18)

Última noite juntos

No dia seguinte acordamos ao mesmo tempo e ficamos abraçados lembrando sobre a noite anterior, sem falar uma palavra, apenas trocas de olhares e risinhos sem graça, resolvemos levantar e ir tomar café, vestimos nossas roupas e Ahri desceu na frente, peguei a roupa de cama e carreguei para fora do chalé para lavar.
Voltei a cozinha e todas estavam sentadas me olhando curiosas, desviei o olhar e sentei do lado da raposa que comia devagar recebendo os olhares delas.
- Que noite ein. - Akali disse e e Kai'Sa deu uma cutucada na amiga.
Evelynn ergueu uma sobrancelha olhando hora pra mim e depois Ahri, deu de ombros e colocou as massas na mesa para cada um comer.
- Ah entrou um morcego no meio da noite, foi uma loucura. - Respondo e sinto meu rosto ficar vermelho então evito olhar nos olhos delas, principalmente da raposinha.
- A guerra foi declarada e começam a unir as formas pro campo de batalha amanhã. - Akali jogou um papel envelhecido sobre a mesa com as instruções de locais, tribos que estariam presentes e coordenadas .
As garotas leram com atenção e eu senti um pressentimento estranho de que logo chegaria minha hora, de uma jeito ou de outro iria pra casa ou morreria ali, me fez sentir estranho e fechei a cara sem nem tocar no café, levantei da mesa e me retirei indo pra fora do chalé sentindo as lágrimas querendo sair mas resisti, peguei a lança de treino e me afastei a longos passos seguindo minha rotina de treino e escuto passos leves atrás de mim, não preciso virar para saber quem é.
Ahri me abraça por trás e enfia o rosto sobre meu ombro ficando ali por quase um minuto antes de começar a falar.
- Tá tudo bem Dan, você vai voltar pra casa.
- E se minha casa for aqui? E se eu não quiser voltar ou... morrer nessa guerra?
Ela me solta e caminha até minha frente, pela primeira vez a vi chorar, segurou meu rosto e me beijou, pude sentir o gosto salgado das lágrimas misturados no beijo.
- Eu não vou deixar nada te acontecer lá.
- Você tem que focar em ganhar essa guerra, Ahri, custe o que custar, você precisa da pedra para voltar e descobrir suas origens.
- Você precisa mais que eu, Dan. - Ela disse essas palavras com dor que pude sentir na alma.
Me virei dando as costas não querendo chorar na frente dela e voltei ao treino mais disposto do que nunca, treinando como se minha vida dependesse disso, na verdade depende mas não quero arriscar a vida dos meus companheiros.
- Eu vou dar o meu melhor! - Murmuro sozinho levantando a lança estocando em algum inimigo invisível.
De longe Ahri me olhava com uma expressão triste apertando as mãos contra o peito.
Levei mais tempo que o normal no treino, estava frustrado e não muito bem emocionalmente, dei uma pausa e fui pra cachoeira tomar um banho rápido e não parava de pensar na noite anterior, amava Ahri mas ela tinha razão, meu mundo era outro.
Esfreguei os braços com raiva tirando o excesso de grama e poeira e sai vestindo as roupas, subo em uma das pedras e Evelynn estava em pé parada encostada de lado em uma árvore, me assusto com o aparecimento dela e quase caio de volta para a cachoeira.
- Eeve!! Que susto, quer me matar antes da guerra? Seria uma preocupação a menos...
Ela esboça um sorriso e senta do meu lado, olhando o horizonte.
- Sabe, Dan. A Ahri gosta de você, bem mais do que qualquer outra pessoa que eu conheça e se você for embora sei como ela vai sofrer, todas nós sabemos disso mas você também precisa voltar pro seu mundo, compreende?
- Eu entendo, eu queria ter mais tempo com ela ou, levar junto comigo, teria como vocês virem me ver? - Pergunto com brilho mor olhos.
- Humm, eu não sei Dan, quem entende dessa pedra é Ahri, não sei como funciona, sinto muito. - Ela tinha um semblante triste, mesmo por trás de toda seriedade o tempo com elas me fez aprender mais sobre cada uma.
- Obrigado, Eeve, você é a melhor.
Ela sorriu e gesticulou com as mãos fazendo um " ok " , nesse tempo comigo acabou aprendendo alguns gestos e gírias da Terra, levantou e se virou caminhando de volta pro chalé usando a ponta de umas das suas " caudas " para bagunçar meu cabelo.
Me perco nos pensamentos e fico olhando de longe a cidade grande de Demácia ao Oeste começando a escurecer.
Levanto dando uma última olhada e volto pro chalé, hoje está estranhamente silencioso e melancólico, Kai'Sa, Akali e Evelynn estão arrumando os preparativos, subi para o quarto não muito empolgado e Ahri estava deitada com a cara para a parede.
Deito na cama e abraço seu corpo aconchegando no meu e ela vira o rosto me olhando, dou um beijo carinhoso e a olho nos olhos.
- Queria que viesse comigo, por favor, vem comigo Ahri. - Minha voz falhou no final e virou um sussurro.
- Eu iria com toda certeza, mas tenho coisas a fazer por aqui, quando conseguir a pedra resolvo essas coisas e prometo ir te encontrar.
Ouvir essas palavras melhoraram mil vezes o meu dia e não pude deixar de sorrir bobo enchendo de beijos apertando ainda mais o corpo dela no meu, era nossa última noite juntos mas me agarrei aquela promessa no momento.
Trocamos carícias e beijos por longos minutos antes de nos despir e encarar por alguns segundos, não tínhamos a certeza de que seria a última vez então resolvemos aproveitar e curtir o momento enquanto podemos, olho no olho, mãos entrelaçadas, não tinha contato tão íntimo como esse, nossos corpos suados juntos entre os gemidos abafados queimando de tanta paixão, ficamos por horas nessa truca de posição até não restar mais fôlego e forças.
Ainda ofegante lembro de um objeto guardado por baixo da blusa e tiro o mesmo colocando por cima da cabeça da raposinha e solto vendo o cordão cair sobre seus seios.
- Isso é um brasão da família Paige, minha família, quero que fique com ele.
O brasão era dourado mostrava uma águia no meio com fogo nas laterais.
Ela pegou o objeto olhando cada detalhe admirada com o símbolo e fez uma cara de choro me agradecendo.
- Dan!! Obrigada! Eu não tenho nada para te dar. - Ela resmunga se encolhendo.
Abraço ela com mais força e começo a rir dando um tapa curte na bunda dela fazendo estalar.
- Já me deu por quase duas horas, já é demais.
Ela ri ficando sem graça e me da um tapa de leve no peitoral subindo em cima do mesmo encostando a cabeça fazendo carinho enquanto arranha de leve fechando os olhos fitando o cordão sobre a mão, vejo ela pegar no sono e respiro fundo com um sentimento positivo pro dia seguinte, jogo a coberta por cima da gente e abraço a raposinha pegando no sono minutos depois.