"O que você busca?"
− O que você procura, visto que está disposto a deixar o mundo todo para encontrar? – Obstinado perguntou.
− Busco "uma herança que jamais poderá perecer, macular-se ou perder o seu valor" – disse Cristão (1Pd 1:4). – Está guardada em segurança no céu, e qualquer homem que a busca diligentemente a recebe. Leiam este livro e vocês compreenderão.
− Bobagem! – disse Obstinado. – Deixe esse livro pra lá! Você volta ou não conosco?
− Não – respondeu Cristão. – Já pus a mão no arado e não voltarei atrás (cf. Lc 9:62).
Obstinado acusa Cristão de loucura
− Venha, vizinho Volúvel – retrucou Obstinado. – Voltemos para casa sem ele. Esse louco não sabe o que diz. Considera-se sábio e incomparável a outros.
Volúvel, no entanto, respondeu: −Não zombe dele. Cristão é um homem bom. Se o que ele diz é verdade, acho que vou com ele.
− Quê! Mais um doido! – exclamou Obstinado, aborrecido. – É melhor você vir comigo. Quem sabe aonde esse louco o levará! Volte! Não seja tolo.
Cristão roga, mas Obstinado se recusa a ouvir
Cristão insistiu com obstinado: − Não lhe peça que volte! Venham os dois comigo. A felicidade e a glória de que lhe falei são verdadeiras. Se não acreditam em mim, leiam o que está escrito neste livro. Cada palavra é a verdade. O escritor do livro derramou seu sangue como garantia.
Então Volúvel diz a Obstinado: − Amigo, acho que vou acompanhar este bom homem e suportar com ele as provações.
E voltando-se para Cristão, continuou: − Amigo, acho que vou acompanhar este bom homem e suportar com ele as provações.
E voltando-se para Cristão, continuou: − Amigo, você conhece o caminho que leva ao lugar que procura?
− Evangelista mostrou-me que além desta planície há um portão estreito – respondeu Cristão. – Quando chegarmos lá, alguém nos apontará o caminho a seguir.
− Ótimo – disse Volúvel. – Então, vamos nós dois.
Obstinado volta para casa
− Não farei companhia a esse tipo de pessoa doida e ignorante – disse Obstinado. – Vou para casa.
Em meu sonho, vi Cristão e Volúvel avançarem lentamente pela planície, andando juntos e conversando.
− Vizinho Volúvel, estou feliz por ter-me ouvido e vindo comigo. Se, como eu, Obstinado tivesse sentido o poder e os horrores do mundo invisível, não teria desistido tão facilmente.
− Agora que eu e você estamos a sós, vizinho Cristão, conte-me mais sobre o lugar aonde vamos. Que tipo de prazeres existem lá e como podemos desfrutá-los?
− Quanto a isso, posso sentir melhor com o coração do que explicar com os lábios. Mas como você deseja compreender, vou ler-lhe as palavras do livro – disse Cristão.
Os dois homens caminham juntos
− Você acha que as palavras do livro são mesmo a verdade? – perguntou Volúvel.
− Sim, claro. Ele foi escrito por alguém que não pode mentir – respondeu Cristão.
− Conte-me o que diz.
− Diz que há um reino eterno onde a morte não pode penetrar e onde viveremos para sempre.
− Quem mais?
− Que ganharemos coroas de glória e vestes que nos farão brilhar como o sol.
− Maravilhoso! E o que mais?
− Naquele lugar não há tristeza nem chora. O Senhor daquela terra enxugará todas as lágrimas de nossos olhos (Ap 21:4) – continuou Cristão.
− Quem serão nossos companheiros?
− Criaturas celestes cujo brilho nos ofuscará os olhos. E também milhares e dezenas de milhares que foram para lá antes de nós. Todos são puros de coração, amorosos e santos – explicou Cristão.
Até o próximo capítulo.
Abraços!!!
#gratidãosempre
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O peregrino
SpiritualeO Peregrino - A Viagem do Cristão à cidade Celestial é um livro escrito pelo pastor batista reformado John Bunyan e publicado na Inglaterra em 1678. O livro é uma alegoria da vida cristã. O jovem peregrino chamado simplesmente Cristão, atormentado p...