Evangelista avisa dos perigos adiante
− Obrigado, Evangelista, por essas palavras animadoras – disse Cristão. – E como você é tanto profeta quanto evangelista, conte-nos mais sobre a estrada que ainda temos de percorrer e como podemos resistir aos perigos e vencê-los.
− Meus filhos, vocês já ouviram que é por meio de muita tribulação que se entra no reino de Deus (At 14:22). Como veem, estão prestes a sair do deserto. Logo chagarão a uma cidade onde serão atacados por inimigos que procurarão matá-los, e um de vocês ou ambos selarão o testemunho com o próprio sangue. Mas sejam fiéis até a morte, e o Rei lhes dará a coroa da vida (Ap 2:10).
Os peregrinos aproximam-se da Feira das Vaidades
Então vi em meu sonho que, ao saírem do deserto chegaram à cidade da Vaidade, onde se realizava uma feira, chamada Feira das Vaidades.
Vendem-se vaidades
Ora, a Feira das Vaidades não é um negócio novo. Há muito tempo Belzebu, Apoliom e Legião viram que os peregrinos que rumavam para a Cidade Celestial precisavam passar por aquela cidade e resolveram instituir uma feira permanente na qual se vendessem vaidades, como honras mundanas e deleites carnais.
Os peregrinos provocam tumulto
Quando os dois peregrinos aproximaram-se da feira, o povo se agitou, formando-se logo um alvoroço. Como a roupa dos peregrinos diferia da dos habitantes da cidade, todos olharam fixamente, julgando-os tolos ou loucos. Além disso, por falarem a língua de Canaã, ambos pareciam bárbaros incultos aos olhos dos homens deste mundo, que mantinham a feira.
Os peregrinos recusam as vaidades da feira
Fiel e Cristão davam pouco valor às mercadorias oferecidas e, quando os comerciantes os chamavam para comprar, tapavam os ouvidos e diziam alto: "Desvia os meus olhos das coisas inúteis" (Sl 119:37).
Um vendedor zomba deles
Observando o comportamento dos forasteiros, um vendedor zombava deles, dizendo: ‒ O que vão comprar?
Mas eles, muito sérios, responderam: ‒ Nós compramos a verdade.
Isso o fez desprezá-los ainda mais.
A multidão maltrata os peregrinos
Levantou-se na rua um alvoroço tal que toda semelhança de ordem desapareceu, e a multidão começou a ofendê-los. Uns insultavam, outros zombavam e alguns ordenavam que fossem espancados. Finalmente a notícia chegou ao maioral da feira.
Presos e interrogados
Cristão e Fiel foram presos e levados para interrogatório. Em resposta às perguntas, os dois disseram: ‒ Somos peregrinos e estrangeiros neste mundo; estamos a caminho de nossa pátria, a Jerusalém celeste.
Os interrogadores os espancam
Aqueles que os interrogavam, no entanto, por acharem que fossem loucos ou desejassem provocar agitação, espancaram os dois e enlamearam-nos.
Colocados numa gaiola
Depois puseram Cristão e Fiel numa gaiola de ferro, exibindo-os como espetáculo público. Os dois ali permaneceram, como objeto de escarnio e ofensas, sem que ninguém os defendesse. O maioral da feira ria, alto, de tudo o que lhes acontecia.
Os acusadores lutam entre si
Os peregrinos suportavam tudo pacientemente, retribuindo o bem pelo mal, e a bondade pelas injúrias sofridas. Alguns dos homens da feira, menos preconceituosos, começaram a censurar os demais por aqueles abusos. Mas estes, irados, voltaram-se contra aqueles, e as partes começaram a lutar entre si.
Até o próximo capítulo.
Abraços!!!
#gratidãosempre
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O peregrino
SpiritualO Peregrino - A Viagem do Cristão à cidade Celestial é um livro escrito pelo pastor batista reformado John Bunyan e publicado na Inglaterra em 1678. O livro é uma alegoria da vida cristã. O jovem peregrino chamado simplesmente Cristão, atormentado p...