A Bruxa Pistoleira

Capítulo 46

Acordei. Não faço a mínima idéia do que aconteceu e de onde eu estou.

Levantei com cuidado para não fazer nenhum barulho, estou em uma salinha, não tem quase nada aqui, a não ser algumas cômodas encostadas nas parede.

Percebi estar dentro de um círculo com símbolos, me chamou atenção algumas linhas vermelhas.

É sangue humano, e é recente, o cheiro está fresco.

Isso aqui é para prender demônios, eu sou má, mas não virei uma demônia, ainda não.

Caminhei até a porta que está a alguns uns metros de distância, quando eu ia sair do círculo fui barrada.

Não é possível!

Tentei desfazer ele com magia, mas não funcionou. Não sei quem me prendeu aqui, mas que vá dando adeus a vida.

-TEM ALGUÉM AI!!! - berrei e não obtive resposta.

Um tempo depois a Rowena entrou, encarei ela com um olhar pedindo explicações.

-Me desculpa Ana...eu não queria fazer aquilo com você, eu não podia deixar você matar o Dean - ela falou com o ar de superioridade de sempre.

Pareceu que alguém estalou os dedos bem na frente do meu rosto, as lembraças vieram rapido.

-Eu vou matar você, Rowena - falei e ela vacilou no olhar duro - Eu ajudei você sua ruiva dos infernos!! E é assim que me retribu!? Me traindo pelos Winchester e me prendendo aqui?! - dei um risada sombria - Eu não vou te perdoar Rowena...perdão...essa palavra nem no meu dicionário existe mais.

-Foi necessário!!! - ela cuspiu as palavras - Mas não importa, você não entende, mas vai entender, eu não posso fazer você ligar as suas emoções, mas posso obrigar elas a voltarem.

-Você não é louca!! Minhas emoções estão enterradas, nem você seria capaz de trazer elas de volta.

-Minha querida, a magia faz tudo, nada é impossível para ela, mas sempre tem um preço, até para você que usa e abusa dos seus poderes - ela sorriu.

-O que pretende?! Me deixar aqui até dar um jeito de trazer minhas emoções de volta? 

-Exatamente - debochou e deu as costas para mim, caminhando para a porta.

-Não me deixa aqui!! - falei alto.

-Não perca seu tempo tentando sair, nem tão cedo você vai conseguir - disse antes de fechar a porta.

-VACAA!!! - gritei.

Me joguei no chão e me arrependi ao sentir a dureza dele.

-Droga...

Eu vou sair daqui, como ela disse a magia faz tudo, essas porcarias que ela fez não vão me conter para sempre. Concentrei a minha audição do lado de fora, não ouvi nada e bufei sentindo minha garganta seca.

(...)

Já passou um bom tempo, ninguém veio aqui, nem para me oferecer um copo de água, bando de sem educação, eu sou visita aqui!

Vou matar todos eles quando eu sair daqui, e a Rowena vai ser a última, pois vou fazê-la sofrer, me vendo arrancar a cabeça de Dean Winchester.

Pra tentar chamar atenção comecei a cantar alto uma musica brasileira, não é porque não cresci lá que não conheça a cultura da minha terra natal.

-O QUE OS OLHOS NÃO VÊ O CORAÇÃO NÃO SENTE...EU TENHO UM JEITO DE AMAR BEM DIFERENTE - comecei escandalosa depois melhorei o tom de voz pra parecer uma melodia - O QUE VOCÊ NÃO VÊ É QUE AS OUTRAS MENTEM, EU TO DIZENDO A VERDADE NA SUA FRENTE… - esqueci a continuação então pulei para o refrão - EU ESPERO QUE VOCÊ ENTENDA, QUE MEU AMOR, É AMOR DE KENGA, EU NÃO QUERO, QUE VOCÊ SE PREN-  -parei de cantar quando a porta foi aberta com força.