Um

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Embry

O mar estava tão calmo, com pequenas ondas que iam e vinham de maneira pacífica e lenta, olhar a imensidão azul me faz sentir pequeno, me faz sentir perdido e ao mesmo tempo sozinho.Eu me sentia sozinho, apesar dos meus amigos e da minha familia, e como se faltasse algo, eu só não sei exatamente o que falta, só sei que me sinto incompleto, incompreendido, sem rumo. Um verdadeira enxurrada de sentimentos que não sei bem descrever e também não quero falar com ninguém sobre e apenas confuso e solitário.

— Você vem?—aceno positivamente e levanto tirando a areia da bermuda.

— Acho que vou pra casa está ficando tarde— falo olhando o sol se por.

— Até amanhã, então cara— Quil se despede e me deixa sozinho, era assim que eu me encontrava ultimamente.

O tom alaranjado meio rosado do céu parecia ter sido pintado por algum artista, a maneira como as cores pareciam dançar e completar uma a outra só deixava a paisagem mais linda.A reserva Quileute e um lugar lindo, cheio de Cultura e belezas naturais e claro meu lar desde de que eu nasci, nunca fui para outra cidade e agora com minha atual situação não poderia sair. Eu estou ligado a essa terra, estou ligado a todas essas pessoas.

Ser um lobo é algo incrível mais ao mesmo tempo e assustador ter que lutar com vampiros.Lembro da minha transformação, a dor que eu senti e todos os meus sentidos aguçados meu corpo estava em chamas e eu só conseguia seguir meu instinto, pra mim não foi muito difícil de controlar sendo que sempre fui um caro sossegado e calmo mas para outros como o Paul e um verdadeiro desafio mais graças a Rachel ele melhorou bastante.O que me faz lembrar que todos arrumaram alguém, tirando eu e Leah.

— Oi filho, vai tomar um banho que a janta está quase pronta.

Um hábito ruim que eu adquiri foi andar por ai sem perceber de fato aonde estou indo, apenas fico vagando por ai por isso não notei quando cheguei em casa.

— Já estou indo mãe— o desânimo em minha voz e grande.

— O que meu bebê tem?—pergunta e me faz vida e me faz bufar com o apelido bobo.

— Não é nada demais mãe— respondo.—E não me chame de bebê eu já sou crescido.

— Você sempre será meu bebê, agora vai tomar banho— ela bagunça meus cabelos e deixa um beijo na minha bochecha.

Vou em direção ao meu quarto com toda certe a o mais bagunçado da casa.A cama de casal perto da janela com várias roupas jogadas em cima, algumas delas rasgadas por alguns incidentes que aconteceram, uma mesinha em outro canto com meu computador e alguns papéis de salgadinhos e caixas de pizza.Se minha mãe tivesse visto isso ela possivelmente teria me matado.

Tomo meu banho e desço para o jantar que foi feito em silêncio, minha mãe notou pela minha expressão de desânimo que eu não queria conversar.Os últimos dias vêm se arrastando de maneira lenta e repetitiva, e o pior só faltava dois dias para que as aulas retornassem.

— Filho?—me viro vendo minha mãe na porta do quarto.— Esse quarto está um chiqueiro, você pode tratar de arrumar isso amanhã sem desculpas.

— Veio só brigar comigo?

— Não. O que está acontecendo querido, você anda triste.Sabe pode me contar tudo não é ?— ela se senta ao meu lado na cama e me deito em seu colo aceitando seu carinho.

— E se eu não tiver ninguém? Digo praticamente todos já acharam seus pares, até o Seth que é o mais novo do grupo e eu nada sabe, talvez eu não tenha ninguém é tenha nascido pra ficar sozinho— desabafo o que vem me incomodando esse tempo todo.

— Ah filho, tudo ao seu tempo.Você pode não ter encontrado ninguém ainda mais tenho certeza que essa pessoa também está por ai louca para te conhecer e quando isso acontecer você vai perceber que todo esse tempo valeu apenas porque vocês vão se amar muito.As vezes procuramos tanto alguém para completar nosso coração que não percebemos que talvez só estejamos usando as outras pessoas como um estepe sabe.Você vai ser feliz só tenha paciência.

— Obrigada mãe— sorrio por suas palavras.Mãe sabe mesmo o que fala.

— Agora vai dormir,  pois amanhã você tem que levantar cedo—manda e me ajeito na cama.

Antes de pegar no sono peço aos deuses para que eles tragam a garota dos meus sonhos e deixo o cansaço ganhar.

— Acorda princesa— escuto uma voz e me viro para o outro lado da cama.

— Me deixa em paz—murmuro ainda sonolento.

— Cara, eu vou comer todo o bolo que a sua mãe fez.

— Não toca no bolo— me levanto rápido e acabo caindo da cama.

Vejo Quil parado ao lado da cama rindo muito pelo meu tombo, como vingança pego meu travesseiro e jogo nele que para de rir.

— Agressivo—sussurra mais ainda posso escutar devido a super audição.

— O que você está fazendo aqui?

— Posso nem passar pra dar bom dia pro meu amigo?—lanço um olhar raivoso pra ele.—Tá bom e que eu amo o bolo da sua mãe.

— Tenho que falar pra minha mãe não ficar deixando você entra aqui, agora vaza tenho que trocar de roupa e é bom você deixar bolo pra mim —empurro ele pra fora do quarto.

Quil e meu amigo a muito tempo mais e um tremendo folgado, sempre que minha mãe faz bolo ele aprece aqui pra tomar café.Tomo um banho rápido e visto uma bermuda e uma regata.

— Mãe, você não pode ficar deixando ele entrar aqui— aponto pro ser que está com um enorme pedaço de bolo na boca.

— Não seja assim filho—briga comigo.
—Sabe que adoro receber o Quil aqui.

— Também não te conto a novidade— ele fala.

— Que novidade?—eu e minha mãe falamos juntos.

Não somos nem um pouco curiosos.

— Vai ter gente nova na reserva—fala de boca cheia.

— Por que alguém se mudaria pra cá?
— minha parece tirar as palavras da minha boca.

— Sabe a bruxa...digo a amiga do Bill que mora mais afastado de todos?—balanço a cabeça sabendo quem é.—Bom os filhos dela estão  vindo morar ai com netos e tudo.

— Devem ser estranhos iguais ela—dou de ombros não achando o assunto importante.

— Eles chegam hoje.

— Talvez devêssemos fazer uma recepção— só pelo sorriso da minha mãe sei que aquilo vai sobrar pra mim.

— E eu acho que não devemos fazer nada.

— Talvez ela tenha uma neta gatinha— Quil sorri.

— Você não toma jeito não é— digo.

— Falo por você cara, tu sabe estou muito bem comprometido— mostra a aliança em seu dedo.

Quem sabe o restante desse ano não ficasse mais interessante com a chegada dessas pessoas, talvez isso acabe um pouco com o tédio daqui.

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Primeiro capítulo (grintinho de animação)

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