Não posso acreditar que estava sendo vigiada o tempo todo, eu quero ir embora dessa casa, aliás desse país, agora ele me tirou tudo, eu não tenho porque continuar aqui.
O tapa que ele me deu ainda está doendo muito, mas não como minha alma. Eu te odeio Benjamin.
Meus pensamentos são interrompidos com as batidas na porta e logo em seguida se abre com Frida entrando junto com Kiara e meu almoço.
— Está bem cunhada? Me pergunta Kiara, mas não consigo falar somente choro. Então ela se aproxima e me abraça. E ficamos assim por um tempo, depois olho para Frida por cima dos ombros de Kiara ela está chorando também, então a chamo para perto de mim e lhe abraço em seguida.
— Não chore Frida eu estou bem. Digo tentando controlar as lágrimas.
— Filha, mas não sei porque Benjamin está agindo assim, ele sempre foi muito fechado, difícil de agradar, mas nunca agrediu ninguém. Diz e me dá um sorriso tentando conter as lágrimas.
— Eu sei Frida que você não mentiria pra mim, mas é tão difícil de acreditar que esse Benjamin existe.
— Mas não se preocupe comigo eu estou bem, e não há nada que possa fazer por mim, a não ser me ajudar a fugir daqui caso contrário não sei como será, minha vida. Agora ele me proibiu de ir a faculdade e de sair do quarto, isto é, sou uma prisioneira nesse lugar.
— Meu irmão não pode fazer isso! Diz Kiara indignada ela não entende que ele pode tudo o que quiser.
— Tanto pode como já fez, estou proibida de ter amigos, fazer faculdade e de sair do quarto, me sinto assim presa, mas eu tenho certeza que isso vai acabar um dia, mas por enquanto vou ter que aceitar. Digo chorando muito que minhas palavras falham, e assim ficamos em silêncio até consegui me acalmar um pouco.
— Agora coma tudo o que tem nesse prato. Frida diz me servindo.
— Obrigada Frida, mas não estou com fome. Digo e logo me lembro que tenho que comer porque Benjamin vai se aborrecer.
— Come filha, Benjamin pode não gostar. Me dá um sorriso, e assim começo a comer.
Depois que termino o meu almoço fiquei com Kiara, e Frida saiu levando o que restou do meu almoço.
— Serena você está pensando em fugir? Kiara me pergunta assim que Frida sai.
— Se eu pudesse! Sim, eu fugiria porque eu não sei como agir diante dele, tenho medo de falar ou fazer qualquer coisa e assim provocar a sua fúria.
— Quem poderia te ajudar a fugir? A olho assustada pois não pensei, em como.
— Eu não faço ideia de como fazer isso, eu tenho vontade de fugir, mas nunca pensei em uma estratégia pra isso.
— Mas se tiver uma possibilidade você fugiria mesmo? O que será que Kiara está pensando.
— Por que me pergunta isso Kiara? Tá pensando em que?
— Em nada eu só queria saber se você teria coragem pra isso. Diz e depois se levanta.
— Eu vou tomar um banho minha irmã chega hoje. Diz Kiara.
— Que bom, mas acho que nem irei descer pra recebê-la, melhor assim porque não quero que ninguém me veja assim.
— Seu rosto está um pouco vermelho e inchado, mas se Benjamin quiser que você desça para recebê-la terá que ir, mesmo porque minha irmã, vai querer saber o porquê você não desceu e Benjamin não vai querer explicar, pelo menos não pra ela.
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O amor e o Poder
RomanceUma História envolvente. Ela nunca procurou o amor, mas ele a encontrou. Entre o poder e o amor, ele pode tudo, ela ama mas que tudo. Essa é história da Serena de dezenove anos, sai do seu país contrariando a vontade de seu pai, para estudar artes m...