O amor e o Poder

Capítulo 33 -Benjamin Sprouse

Estou voltando para Cork e vou direto para meu casamento, fiquei preso em uma nevasca sem nenhuma possibilidade de comunicação, não falei com Serena esses dias, espero que Markus ou Justine tenham tranquilizado ela, mas de qualquer forma, eu também não vou ligar agora, preciso me arrumar e ir direto para o cartório. Chego em casa e vejo o alívio de Frida sei que ela esteve muito preocupada comigo, lhe dou um abraço, e logo subo para meu quarto me preparar, não conto nada a ela, sobre o grande dia, porque ela irá me questionar porque não falei nada antes, e o sermão iria demorar uma vida.

Coloco um terno preto e desço correndo, tentando sair sem Frida me ver, o que isso é impossível, ela me surpreende entrando assim que desço e começa a falar quando lhe dou um beijo e digo que estou com pressa.

Saio e encontro Dylan chegando de carro, o cumprimento com um abraço dou uma desculpa qualquer, entro no meu carro, e acelero, estou bem atrasado.

Enquanto dirijo um filme passa em minha cabeça, de tudo que já vivi, parece loucura eu estar casando, mas um dia o homem precisa fincar raízes, precisa se posicionar, e se tornar chefe de família, dos meus irmãos somente um se casou, e das irmãs, a mais velha também se casou e já tem um divórcio mal resolvido na conta.

Eu sempre tive medo de me prender a alguém, mas com o tempo veio a maturidade, e mesmo Serena sendo tão nova, e eu bem mais velho que ela, eu sei que será pra sempre, bem pelo menos é o que espero, meus pais estão casados até hoje, mesmo sabendo que minha mãe nunca foi apaixonada de fato pelo meu pai, ela sempre esteve ao seu lado, foi companheira, e uma super mãe. Já meu pai sempre foi louco por ela, mas sempre teve seus casos extraconjugais, o que de fato não entendia, mas escutando algumas conversas paralelas, descobri que mamãe não era muito romântica, ela estava casada, precisa estar, meu avô, nunca permitiria o divórcio, acho que ela desempenhou bem seu papel de esposa dedicada para a sociedade, mas dentro de casa sempre foi muito fria com ele. Ela sabe do meu desejo de casar e ter filhos, mas sempre me alertou sobre a possibilidade que eu levantava de casar para ter uma família, dizia que tinha que me apaixonar e ter certeza do que faria, por isso o casamento em segredo e rápido ela nunca iria aceitar, e se tivesse falado para Frida, minha mãe já estaria aqui, para tentar me impedir.

Chego à frente do cartório vejo o carro de Markus e de Justine, falta apenas cinco minutos para começar, estou bem tranquilo em relação ao casamento. Logo que entro vejo Markus e Justine, me recebem com um sorriso de boas-vindas.

— Como vai pensei que tivesse fugido do casamento. Diz Markus rindo e olhando para Justine que também acaba rindo diante da brincadeira de Markus.

— Jamais sou um homem de palavra, você sabe muito bem disso. Olho em volta e não vejo Serena.

— Onde está Serena? Ainda não chegou. Minha expressão é de preocupação.

— Ainda não! Diz Markus abrindo suas mãos sem entender o motivo do atraso.

— Nenhum de vocês foi buscá-la. Pergunto sem entender o motivo dos meus padrinhos deixarem minha noiva vir sozinha ao casamento.

— Na verdade eu tentei falar com ela Benjamin, mas cai direto na caixa postal. Diz Justine agora com um ar de preocupação também.

— Então eu vou buscá-la e vocês fiquem aqui. Digo me virando para sair quando Justine me chama de volta.

— Benjamin, deixa que eu vou, na verdade deveria ter ido, fica porque se ela chegar, você pode pedir para qualquer pessoa assinar como testemunha, e assim se casar tranquilamente. Diz segurando em meu ombro e saindo logo em seguida.

— Falou com ela esses dias Markus? Pergunto já irritado.

— Depois que você foi viajar somente uma vez, ela estava bem, então fiquei tranquilo também, e depois pensávamos que você estava entrando em contato com ela, somente ontem descobrimos a nevasca, sabe que tive que me ausentar da cidade também por uns dois dias. Diz tentando se justificar, mas sem sucesso.

O juiz de paz nos perguntou se haveria casamento devido as horas estarem passando, e mesmo Markus já ter ido explicar, eles estavam questionando.

Depois de meia hora Justine está de volta, mas sem Serena o que me deixa mais irritado ainda.

— Cadê Serena? Pergunto caminhando de encontro com Justine.

— Não sei, achei que ela tivesse chegado aqui, pois a mulher do hotel, me informou que hoje era casamento dela, e que ela já havia fechado a conta no hotel, não estava mais lá.

— O que será que houve? Deve ter acontecido alguma coisa, precisamos encontrá-la. Diz Justine.

Markus me olha de um jeito e logo diz o que eu também estava pensando.

— Ben, será que Serena não veio de propósito? Me diz passando a mão pelo rosto, bem preocupado enquanto Justine nos olha sem entender a afirmação de Markus. Nunca falei sobre meu passado com Justine apesar de sermos amigos confidente eu quis deixar isso tudo enterrado no passado, mas pelo jeito alguém desenterrou.

Olho para Markus, e lhe dou uma ordem antes de sair do cartório. Encontre Serena, e não apareça na minha frente sem ela. Ele sai atrás de mim me perguntando onde poderia encontrá-la. Eu paro e olho para trás com meus punhos cerrado e digo logo em seguida isso é problema seu. 

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