Capítulo 89 - Serena Campbell

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A noite não foi fácil demorei dormir, mas vejo que ainda é muito cedo, acordo com uma dor no pulso ele tá o dobro do tamanho do dia anterior, vou até o banheiro e meu rosto tá bem inchado ainda, com um pequeno roxeado perto da boca, ele me acerto em cheio dessa vez. Faço minhas higienes e volto para o quarto, me sinto um pouco enjoada, ouço uma batida na porta. Logo em seguida peço que entre.

— Com licença senhora o café já está na mesa. Diz Hope bem assustada olhando pra mim.

— Primeiro me chame de você, e não precisa ficar assim me olhando assustada, pode acreditar poderia ter sido pior. E dou lhe um sorriso para deixar claro que está tudo bem.

— Hope eu não vou tomar café, estou sem fome. Obrigada por me avisar.

— Está bem. Quando ia sair ela volta e diz:

— Sinto muito pelo que aconteceu. Diz bem acanhada.

— Você ouviu? Pergunto e ela nervosa responde.

— Todos os empregados que dormem na casa ouviram senhora... me desculpe é força do hábito. Se desculpa por me chamar de senhora mais uma vez.

— Está tudo bem não se preocupe, você sabe que ele é controlador não é mesmo?

— Sim, mas eu só percebi isso com você, apesar que do tempo que trabalho nessa casa somente duas mulheres entraram aqui, você e dona Barbara. Eu me interesso quando ela cita o nome dessa mulher.

— É mesmo? E como ela era? Quero dizer aqui, como Benjamin a tratava?

— Na verdade ela nunca dormiu nessa casa, esteve aqui algumas vezes atrás dele. Ela nos tratava com indiferença é como se fossemos invisíveis, Benjamin não parecia apaixonado, pelo menos nunca vi troca de carinho dele para com ela. Eu não gostava dela, como gosto de você

— Obrigada Hope, eu também gosto de você, agora vai, eu vou deitar mais um pouco.

— Está bem, quer que eu traga alguma coisa para comer?

— Agora não, talvez mais tarde eu desça e coma alguma coisa.

Então Hope sai do quarto, eu não posso descer, meu rosto além do inchaço e o roxo do tapa, estou com olhos inchados de tanto chorar, meu pulso dói muito e me sinto enjoada, não estou disposta a encarar todos naquela sala de refeição.

Então vou até o armário do banheiro pego um analgésico e tomo, pra ver se melhora a dor do pulso e da minha cabeça que está começando a doer e volto para cama. Quando de repente Benjamin entra furioso no quarto e acaba me assustando.

— Eu mandei te chamar para tomar o café, você não tem mesmo amor a sua vida, vai descer.

Mesmo assustada prometi a mim mesma que não iria facilitar as coisa pra ele, não vou me acovardar.

— Você mandou e eu não obedeci, que pensa Benjamin, que vou fazer tudo o que você quiser assim? Não! Está enganado. Então ele vem pra cima de mim, me puxa da cama e acabo caindo no chão, então ele segura pelo meus cabelos firme bem na altura da nuca e me levanta, e me arrasta até a sala de jantar, e então com um soco ele me faz sentar, observo que todos na mesa me olham, quero dizer a mãe, as irmãs de Benjamin e Natalie.

Então diante de seus olhares eu abaixo a minha cabeça, que agora dói muito e me lembro que fiz uma promessa de ser forte, levanto minha cabeça e noto um sorriso em Natalie que está sentada a minha frente do lado da minha sogra, aquilo me deixa com muita raiva e no mesmo instante ouço Benjamin falar:

— Come!

Então o encaro e depois de uns segundos respondo com a voz falha, mas firme. — Eu vou repetir o que disse a Hope quando foi me chamar porque acho que você não entendeu. Então olho para Hope que está atrás de Benjamin muito assustada.

O amor e o PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora