A noite não foi fácil demorei dormir, mas vejo que ainda é muito cedo, acordo com uma dor no pulso ele tá o dobro do tamanho do dia anterior, vou até o banheiro e meu rosto tá bem inchado ainda, com um pequeno roxeado perto da boca, ele me acerto em cheio dessa vez. Faço minhas higienes e volto para o quarto, me sinto um pouco enjoada, ouço uma batida na porta. Logo em seguida peço que entre.
— Com licença senhora o café já está na mesa. Diz Hope bem assustada olhando pra mim.
— Primeiro me chame de você, e não precisa ficar assim me olhando assustada, pode acreditar poderia ter sido pior. E dou lhe um sorriso para deixar claro que está tudo bem.
— Hope eu não vou tomar café, estou sem fome. Obrigada por me avisar.
— Está bem. Quando ia sair ela volta e diz:
— Sinto muito pelo que aconteceu. Diz bem acanhada.
— Você ouviu? Pergunto e ela nervosa responde.
— Todos os empregados que dormem na casa ouviram senhora... me desculpe é força do hábito. Se desculpa por me chamar de senhora mais uma vez.
— Está tudo bem não se preocupe, você sabe que ele é controlador não é mesmo?
— Sim, mas eu só percebi isso com você, apesar que do tempo que trabalho nessa casa somente duas mulheres entraram aqui, você e dona Barbara. Eu me interesso quando ela cita o nome dessa mulher.
— É mesmo? E como ela era? Quero dizer aqui, como Benjamin a tratava?
— Na verdade ela nunca dormiu nessa casa, esteve aqui algumas vezes atrás dele. Ela nos tratava com indiferença é como se fossemos invisíveis, Benjamin não parecia apaixonado, pelo menos nunca vi troca de carinho dele para com ela. Eu não gostava dela, como gosto de você
— Obrigada Hope, eu também gosto de você, agora vai, eu vou deitar mais um pouco.
— Está bem, quer que eu traga alguma coisa para comer?
— Agora não, talvez mais tarde eu desça e coma alguma coisa.
Então Hope sai do quarto, eu não posso descer, meu rosto além do inchaço e o roxo do tapa, estou com olhos inchados de tanto chorar, meu pulso dói muito e me sinto enjoada, não estou disposta a encarar todos naquela sala de refeição.
Então vou até o armário do banheiro pego um analgésico e tomo, pra ver se melhora a dor do pulso e da minha cabeça que está começando a doer e volto para cama. Quando de repente Benjamin entra furioso no quarto e acaba me assustando.
— Eu mandei te chamar para tomar o café, você não tem mesmo amor a sua vida, vai descer.
Mesmo assustada prometi a mim mesma que não iria facilitar as coisa pra ele, não vou me acovardar.
— Você mandou e eu não obedeci, que pensa Benjamin, que vou fazer tudo o que você quiser assim? Não! Está enganado. Então ele vem pra cima de mim, me puxa da cama e acabo caindo no chão, então ele segura pelo meus cabelos firme bem na altura da nuca e me levanta, e me arrasta até a sala de jantar, e então com um soco ele me faz sentar, observo que todos na mesa me olham, quero dizer a mãe, as irmãs de Benjamin e Natalie.
Então diante de seus olhares eu abaixo a minha cabeça, que agora dói muito e me lembro que fiz uma promessa de ser forte, levanto minha cabeça e noto um sorriso em Natalie que está sentada a minha frente do lado da minha sogra, aquilo me deixa com muita raiva e no mesmo instante ouço Benjamin falar:
— Come!
Então o encaro e depois de uns segundos respondo com a voz falha, mas firme. — Eu vou repetir o que disse a Hope quando foi me chamar porque acho que você não entendeu. Então olho para Hope que está atrás de Benjamin muito assustada.
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O amor e o Poder
RomanceUma História envolvente. Ela nunca procurou o amor, mas ele a encontrou. Entre o poder e o amor, ele pode tudo, ela ama mas que tudo. Essa é história da Serena de dezenove anos, sai do seu país contrariando a vontade de seu pai, para estudar artes m...