• Larry & Ziam fanfic • (Reescrita)
"O romântico perde o brilho na vida real bruta.
O afeto se da em parcelas dispersas e impermanentes.
Somos essencialmente impermanentes."
Sabendo da impermanência das coisas e pessoas em um mundo de relações líq...
Chegar no clube não é fácil. A tensão que permeia o corpo e se aloja nas extremidades - mãos, principalmente - é expressiva, até que finalmente o portal que liga o desespero ao alívio seja atravessado. Elas demonstram o caos interno que ressoa incessantemente e é temporariamente controlado, muitas vezes, com um cigarro. Se não o cigarro, há sempre algo as preenchendo. Celular, alça da bolsa, a própria barra da camiseta, o colarinho... algo precisa trazer materialidade para que o mental não consuma a existência. Talvez seja esse um dos propósitos do exercício físico: um desligamento completo da mente, uma supervalorização do movimento, do terreno, do físico, de tudo que não seja mental.
A fonte de saúde de quem pensa demais.
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A saída do clube é mais serena. O cansaço é muito superior à capacidade mental de reflexão e isso traz serenidade, se não um desligamento parcial do cérebro. As mãos estão ocupadas, mas com movimentos muito menos calculados e supervisionados. O suor gelado que escorre pela nuca e pelas orelhas causa um desconforto, as mãos são levadas pelo simples objetivo de conter tal desconforto, coçando a região ou sacudindo o cabelo úmido. As vezes recaem ao lado da bolsa, as vezes contêm uma tosse, um arroto, ou qualquer tipo de refluxo que o estômago recém colocado à total movimentação expila em reclamação. As mãos voltam a ser apenas mãos - membros do corpo humano destinados a auxiliar a existência e sobrevivência do homem - e deixam de ser extensões da alma nervosa e agitada. As mãos exprimem nossa capacidade de botar as "mãos na massa", de fazer a vida acontecer através de ações. Somente o movimento permite a ação e por consequência, a mudança.
A vida é movimento. Somos pura mudança.
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