Não dá mais.

113 7 8
                                    

*Rafael Mantovani*

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

*Rafael Mantovani*

Eu estava ansioso, ansioso para a Sarah chegar e acabar com isso de uma vez.
Eu não aguentava mais ceder as vantagens dela, ela sabia muito bem o que dizer e o que fazer para me fazer ficar, mas eu não queria mais ficar.
Quando ouvi seu carro parar em frente da casa, minha ansiedade aumentou, eu fiquei de pé para esperá-la, e não pude evitar andar de um lado para o outro.

O portão se abriu, e depois a porta, me lembrei de que precisava pegar a chave dela de volta. Ela apareceu, arrumada demais para uma simples conversa, o cheiro doce do seu perfume invadiu a sala.

Eu me lembrava de quando a vi pela primeira vez, e de como fiquei encantado com a beleza dela, a minha primeira impressão foi de que ela era tão perfeita por dentro como era por fora, mas bastou alguns meses de namoro para eu começar a perceber que não era bem por aí.
Ela tinha defeitos, é claro, como todo mundo, mas além disso, nós não combinávamos, e eu só percebi isso depois de conhecer a Samantha. Mas já estava envolvido demais, a Sarah já estava envolvida demais, e sempre era um sacrifício tentar resolver as coisas.

—Oi meu bem— ela veio até mim de braços abertos e eu não consegui evitar o abraço. Coloquei meus braços em volta dela por alguns segundos, queria ser o menos cruel possível.

—Então, sobre o que queria conversar?— me afastei dela.

—Sobre nós— ela se sentou no sofá. Estava sorrindo e animada, como se nada tivesse acontecido— senta aqui— ela se levantou rapidamente apenas para me puxar pelas mãos e sentar ao lado dela— estava com saudades de você, mal nos falamos esses dias.

—E com razão, não é?— eu estava estranhando aquilo, seu comportamento era normal.

—Tá, eu sei, eu sei— ela fez cara de emburrada— eu admito que dei uma leve surtada aquele dia.

—Leve?— perguntei irônico— Sarah, você soltou os cachorros.

—Mas eu tive motivos, tá? Me falaram que você está me traindo.

—Sarah, eu queria falar sobre isso— tentei começar, mas ela me interrompeu.

—Eu pensei bem nos últimos dias, e percebi que não existe namoro sem confiança— ela não confiava mais em mim e ia terminar, é isso?— e eu confio em você— o que?— se você disse que não aconteceu nada, não aconteceu nada.

—Mas você acreditou piamente nisso— eu estava confuso.

—Foi na hora da raiva, eu não pensei direito— ela segurou minha mão e levou até os seus lábios— mas é como a Samantha me disse, qualquer pessoa pode ter feito aquilo em um aplicativo, ou forjado uma conversa, não é uma prova concreta— ouvir o nome dela me dava borboletas no estômago, era o nome mais lindo que eu já ouvi.
Aquilo era ruim, muito muito ruim. Ela tinha que terminar comigo, eu estava contando com isso, se fosse o contrário ia acontecer a mesma coisa de sempre, eu já não aguentava mais.

A Irmã ExemplarOnde histórias criam vida. Descubra agora