Garotinha inocente.

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Quase duas semanas depois, minha vida e meu psicológico continuavam uma bagunça

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Quase duas semanas depois, minha vida e meu psicológico continuavam uma bagunça. Por mais que eu tenha tentando-ou fingido para mim mesma que havia tentado- eu não consegui me afastar de Rafael, e nossa relação continuava do mesmo jeito, escondida e perigosa, porém linda e entusiasmante.

Talvez seria mais fácil continuar com ele sem me sentir a pior pessoa do mundo se a Sarah continuasse sendo cruel comigo, mas isso estava mudando, eu ia amar ter uma irmã carinhosa em outras circunstâncias, mas nesse momento só piorava as coisas para mim. Ela sempre puxava assunto comigo e era gentil, até se ofereceu para ajudar com meus estudos, e eu não tinha ideia do motivo pelo qual ela mudou repentinamente.
Tanto, que quase parecíamos melhores amigas, isso porque ela me contava sobre tudo o que vinha acontecendo entre ela e seu noivo, e o papel mais difícil era manter a postura e não surtar.

Dias atrás Sarah havia desabafado comigo dizendo que estava desconfiada de que o Rafael tinha outra, por varios motivos: ele andava muito afastado, por todas as tentativas de término-que ela dizia não se concretizar porque ele voltava atrás por conta própria, mas eu sabia que não era esse o motivo- e por também já o ter ouvido falando de forma muito íntima e carinhosa com outra pessoa no telefone. Eu tinha que me segurar para não chorar de desespero ou rir com tamanha ironia, ela desabafava da possível infidelidade do namorado exatamente com a "outra"

—Eu sei que nós não somos as mais próximas do mundo, mas ultimamente eu só tenho a você para conversar sobre isso— ela disse uma noite quando entrou no meu quarto e quase me pegou ao telefone com o noivo dela— a minha única amiga com quem eu conversa sobre tudo é a Nanda, mas eu não posso confiar mais nela— ela disse enquanto segurava a minha mão.

—Por que não?— perguntei confusa.

—Ela também tem agido estranho, quando eu falo do Rafael ela muda de assunto, e ela tentou fazer minha cabeça dizendo que não era o momento certo para pedir ele em casamento— espera, ela estava desconfiada da Nanda?— o que isso parece para você?

—Sarah, isso não diz nada, ela deve estar ocupada e com a cabeça cheia com o lance do pai dela, e sobre o casamento foi só a opinião dela— eu dei de ombros— na verdade, acho que qualquer pessoa pensaria que era cedo demais para isso— falei sincera.

—Mas não é só isso, eu sempre notei que ela olhava diferente para ele, e o meu sexto sentido está apitando.

—Isso é coisa da sua cabeça, você está com tanta paranóia que já está até inventando a amante que ele nem tem— as vezes eu ficava chocada com a minha própria falsidade— o Rafael nunca faria isso com você.

(...)
Era sexta-feira, e naquele dia que eu já tinha planejado ir para escola apenas fazer a recuperação de matemática que seria na primeira aula, e sair em seguida, por ser semana de recuperações eu não precisaria da autorização de algum responsável para aquilo.
Eu mal consegui fazer a prova de tão ansiosa que eu estava para as próximas horas que passaria com o amor da minha vida, a Sarah estaria apresentando um seminário super importante na faculdade e não nos atrapalharia até as 22h30 da noite.

A Irmã ExemplarOnde histórias criam vida. Descubra agora