Primeira vez

102 5 2
                                    

A campainha tocou e eu passei depressa meu spray corporal de baunilha, conferi minha aparência no espelho e então desci correndo as escadas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A campainha tocou e eu passei depressa meu spray corporal de baunilha, conferi minha aparência no espelho e então desci correndo as escadas.
Quando finalmente abri o portão, ele parecia confuso e assustado ao mesmo tempo, e eu entendia o porquê, ele nunca tinha vindo aqui.
Nós não estávamos mais nos vendo e saindo juntos, partes porque minha vida estava uma loucura, e também porque sempre saíamos com a Monalisa, mas ela e Raquel não faziam mais parte do meu ciclo de amizade, então nós nos contentávamos apenas à uma amizade sustentada por mensagens.

—Eai— joguei o peso do meu corpo em uma das pernas tentando fazer uma pose mais sexy, e percebi que seu olhar foi parar na minha parte de baixo, eu nunca usei um short tão curto e apertado como esse de pano azul bebê- que na verdade era um dos meus shorts de pijama, que mostravam a poupa de minha bunda, então minhas coxas totalmente de fora o surpreenderam.

—Ah, oi, eai, beleza?— ele disse desconcertado, voltando a olhar para o meu rosto.

—Entra— o segurei pela mão e o puxei para entrar, e ele veio relutante.

—Tem certeza? É que...

—Relaxa, não tem ninguém aqui— o acalmei e ele pareceu aliviado— pode deixar aí— disse enquanto fechava o portão e ele colocou seu skate no chão.
Passamos pela sala, e ele olhava em volta como se estivesse em um museu, prestando atenção em tudo, eu achava aquilo um pouco indelicado.

—Sua casa é muito bonita— ele elogiou e eu sorri.

—Obrigada.

—Onde é a piscina?— ele perguntou enquanto espiava a cozinha curioso.

—É nos fundos, a gente pode nadar depois— talvez precisaremos de um banho mesmo— vem, vou te mostrar meu quarto— chamei e fiz questão de subir as escadas devagar em sua frente, e tinha certeza de que ele olhava para minha bunda praticamente de fora.
Passamos pelo corredor, até chegarmos na porta do meu quarto, eu entrei sendo seguida por ele— está meio bagunçado, mas não repara nisso— sempre tinha algo fora do lugar, como as roupas jogadas ao lado da escrivaninha, e os livros de qualquer jeito nas prateleiras, fora toda a maquiagem espalhada na penteadeira.

—O meu é bem pior— isso era verdade— mas então, do que você estava precisando?.

—Uma coisa que eu acho que só você consegue me ajudar.

—É com alguma coisa da escola? Você sabe que eu sou péssimo com estudos— eu quase ri da sua inocência.

—Não, não é da escola— disse mexendo no meu cabelo enquanto olhava fixamente para ele, acho que ele estava um pouco assustado.

—O que então?— ele sorriu sem graça.

—Senta ai, eu já te mostro— apontei para a cama, e ele se sentou timidamente na ponta.
Fiquei parada na frente dele, e ele olhava para cima e para os lados, mas não para mim.

A Irmã ExemplarOnde histórias criam vida. Descubra agora