Eu confesso.

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–Eu espero que você esteja pronta para morrer– Raquel esbravejou enquanto caminhava até o portão para destranca-lo para mim

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–Eu espero que você esteja pronta para morrer– Raquel esbravejou enquanto caminhava até o portão para destranca-lo para mim. Gritar não deu certo, então eu tive que ligar umas três vezes para o seu celular até ela acordar.

–Desculpa amiga, eu nem vi que horas eram– ela abriu o portão e me deu as costas, andando rápido para dentro e eu a acompanhei.
Atravessamos sua casa até chegarmos ao seu quarto, onde ela se jogou na cama e cobriu o cobertor até sua cabeça.

–Eu estou esperando você me explicar o que foi aquilo ontem à noite– disse me deitando na cama ao lado dela.

–Eu te explico quando acordar– ela se virou de costas para mim.

–Agora Quel– puxei o cobertor de sua cabeça, e a puxei pelo ombro para me olhar.

–Você tem a oportunidade de estar com o amor da sua vida, mas prefere vir para minha casa as sete da manhã encher o meu saco?– pelo jeito alguém estava de mau humor.

–Porque eu estou preocupada com a minha amiga, e ele não é o amor da minha vida– ela me olhou entediada, e por fim se sentou na cama vencida.

–É a namorada do Augusto– eu demorei alguns segundos para assimilar aquilo, até eu abrir minha boca espantada e dizer o que eu sempre sobe que uma hora ou outra diria.

–Eu te avisei!– exclamei alto e ela bufou revirando os olhos.

–Eu sei, eu sei, eu sei, nem começa– ela colocou a mão sobre a minha boca.

–Mas como ela descobriu?

–Eu sei lá, ela me mandou uma mensagem super ameaçadora no Facebook ontem, mas eu ignorei, não achei que ela estivesse falando sério– eu coloquei a mão na testa, julgando a burrice dela, qualquer ameaça devia ser lavada a sério.

–Mas como ela sabia que você estava lá?

–Não faço ideia, mas desconfio que ela tenha visto que eu fiz check-in lá para pegar internet de graça– ela cruzou os braços, a Raquel estava desanimada, era estranho vê-la assim, ela sempre sorria não importava o horário ou situação.

–Viu, você deixa seu perfil público, da nisso.

–Sem lição de moral agora, Sam, minha boca ainda dói– ela colocou os dedos em cima do pequeno corte no canto de seu lábio inferior. –Eu estou muito puta com ele, além de ter namorada ela está grávida, eu fui uma burra, deveria ter te escutado– não sei se era impressão minha, mas vi seus olhos marejados, eu a abracei de lado para dar apoio.

–Não fica assim amiga, não tinha como você saber– comecei a fazer cafuné na sua cabeça– você já falou com ele?

–Ele mandou uma mensagem ontem a noite avisando que ela estava indo lá, mas eu não vi a tempo– ela pegou seu celular e entrou na conversa dele no WhatsApp– e algumas horas depois perguntou se eu estava bem.

A Irmã ExemplarOnde histórias criam vida. Descubra agora